Publicada por
Derbson Frota

![]() |
Caetano Veloso, Gil e Roberto Carlos | Cleo Guimarães |
Cleo Guimarães
Estava tudo certo. Há 40 anos fora de seu repertório, “Quero que tudo vá pro inferno” voltaria a ser cantada anteontem por Roberto Carlos, na gravação de seu especial de final de ano da TV Globo. Foram duas semanas de ensaio, tudo parecia caminhar para um final apoteótico — interpretá-la na frente dos convidados seria uma importante vitória pessoal do cantor em sua luta contra o TOC.
Mas o intervalo que antecedeu a apresentação da música estava demorando demais e deixou algumas pessoas desconfiadas. “Gente, tá demorando, né?”, disse Susana Vieira para Barbara Paz, na primeira fila. O pessoal estava achando que Roberto poderia estar cansado, já que ele teve de repetir não só a gravação de “Ainda bem”, com Marisa Monte (a plateia vibrou quando soube que teria um replay), mas também um bloco da Jovem Guarda em que RC contracena com ele mesmo, num telão.
![]() |
Marisa Monte e Roberto Carlos | Cleo Guimarães |
Que cansaço, que nada. No camarim, Roberto avisou à equipe: “Bicho, acho que não vou cantar aquela, não.” Boninho, o diretor, e Guto Graça Mello, diretor artístico, saíram da sala de edição e foram conversar com ele. “Canta, Roberto! É só uma expressão”, disseram todos ali, quase em coro. Roberto queria deixar para o ano que vem, mas foi convencido de que a hora era essa. “Tá bom, vamos lá”. Ele fez então uma introdução rápida “nem lembro a última vez que cantei essa música”... e a cantou todinha, de primeira, respirando fundo dramaticamente antes do refrão que tanto o incomodou: "E que tudo mais... Vá pro inferno!”.
![]() |
Felipe Andreolli, Rafa Britter e Isabella Santoni | Divulgação/TV Globo |
A plateia foi à loucura e pediu bis. Foi a deixa para ele contar o que houve nos bastidores. “Vocês não imaginam a pressão que eu sofri agora para cantar essa música. Eu tinha desistido! Mas melhorei do TOC e só vim porque o arranjo é maravilhoso e eu fui obrigado”, disse, rindo. Depois, aliviado, repetiu a frase que havia escutado: “É só uma expressão...”
Foi a primeira vez na história que o trio se apresentou junto. Eles ainda cantaram “Marina”, de Dorival Caymmi (mais uma prova de que melhorou do TOC, já que a palavra “mal”, que Roberto passou anos sem pronunciar, foi repetida à exaustão na hora do ‘Eu tô de mal com você/ De maaaal!’).
E Marisa Monte? Bem, na hora em que ela apareceu no palco, RC, que a anunciou para o público chamando-a de “diva”, não se conteve: “Marisa toda de branco! Que coisa linda!”. Os dois cantaram juntos duas músicas (“Vocês não sabem como é bom cantar com ela”, disse) e dançaram juntinhos, abraçados, numa cena bonita de se ver.
![]() |
Susana Vieira e Barbara Paz | Divulgação/ TV Globo |
Susana Vieira, que cantou a bola de que seria uma das primeiras a ganhar uma rosa ao final do show (não só ganhou, como Roberto ainda disse: “Meu amor!” ao lhe entregar a flor), se emocionou mesmo na hora de “Cavalgada”. “Olha, fiquei até arrepiada”, disse ela, mostrando para Barbara Paz o braço com os pelos eriçados. Foi esse o clima.
- Obter link
- X
- Outras aplicações
3
Comentários
Comentários
🌟Copie um emoji e cole no comentário: Clique aqui para ver os emojis
O nosso querido Roberto consegue tudo a que se dedica. Que assim continue sendo, amor.
ResponderEliminarPelos comentários ,o RC 2016,vai ficar para história,como alguns exibidos em anos anteriores.Deus te abençoe, ROBERTO . Você é o cara!!!
ResponderEliminarRoberto é O passo do compasso.. É a rima que combina.. É o amor em prosa e verso.. É o carisma que fascina.. P'rá Sempre, Roberto Carlos!!! �� �� ��
ResponderEliminar