Erasmo Carlos e Ultraje a Rigor misturam anos 80 com Jovem Guarda no Rock in Rio

DO TEXTO:
Duas gerações do rock brasileiro, Ultraje a Rigor e Erasmo Carlos, se encontraram no Palco Sunset neste sábado (26), penúltimo dia do Rock in Rio 2015, relembrando o clima de azaração dos velhos tempos. O som no palco secundário estava ruim e o encontro sofreu com o andamento em algumas músicas, mas foi irresistível, até para os mais novos, ouvir Erasmo em fase mais roqueira cantar “Terror dos Namorados” e “Minha Fama de Mau“, da ingênua época da jovem guarda.

Já o Ultraje a Rigor focou nos hinos dos anos 1980, como “Inútil” e “Filha da Puta“, assim como na apresentação no Rock in Rio de 2001. “Isso vai para o pessoal que faz a gente pagar a conta. Eles cagam e a gente paga”, dedicou o vocalista, Roger Moreira, vestindo uma camiseta preta com os dizeres: “A gente não sabemos escolher presidente. Inútil”.

Pena que na parte em que Erasmo cantou apenas com sua banda versões pesadas de “Quero que tudo vá para o Inferno” e “Negro Gato”, o som estava ainda mais embolado. Estava ali a antítese de Roberto Carlos, com meia-lua na mão e repetindo a palavra “inferno”. Diferente do primeiro festival, quando foi vaiado pela plateia mais roqueira, agora o cantor saiu ovacionado pelas diferentes gerações presentes.

Na plateia, Osir Zimmermann, 55, era um dos mais animados. “Estou realizando o sonho de conhecer o Rock in Rio. Quero chegar aos 70 anos como o Erasmo, com todo esse gás”.

Já seu filho, Marcus André, 24, preferiu mais os hits do Ultraje. “Conheço mais. Ficou muito legal esse contraste de sucessos em um dia em que artistas muito mais novos se apresentam”. 

De resto, foi dispensável Erasmo cantar “Marilou”, do Ultraje, mesmo que a sequência de sucessos da banda tenha sido o ponto alto do show.


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