Com uma duração de 68 minutos, o filme conta com texto da escritora Agustina Bessa-Luís e vozes de Diogo Dória e Teresa Madruga.
O filme inédito de Manoel de Oliveira, "Visita ou memórias e confissões", rodado em 1982 para ser mostrado publicamente só após a sua morte, vai ser exibido a 5 de maio, na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa.
De acordo com a programação desta entidade preparada para maio, o filme de 68 minutos - com texto da escritora Agustina Bessa-Luís, e vozes de Diogo Dória e Teresa Madruga - será exibido às 21:30 do dia 5.
Manoel de Oliveira faleceu a 2 de abril, aos 106 anos, em sua casa, no Porto.
De acordo com a programação da Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, "Visita ou memórias e confissões" permaneceu inédito durante mais de trinta anos, conservado e preservado nos cofres da instituição, embora tivesse havido algumas "muito estritas exceções", respeitantes a exibições privadas.
Entre elas, conta-se uma projeção na Cinemateca em 1993, no contexto do Ciclo "Oliveira: O Culto e o Oculto", numa apresentação restrita, especialmente autorizada por Manoel de Oliveira.
A Cinemateca refere ainda que o interdito de exibição mais alargada ao público manteve-se, "motivada por razões ligadas ao pudor envolvido na exposição autobiográfica".
No dia da morte do cineasta, José Manuel Costa, diretor da Cinemateca Portuguesa, em declarações à agência Lusa, revelou que o filme "começa por ser uma referência à casa onde vivia, que teve de deixar por vicissitudes da sua vida". "Tem um caráter pessoal que, devido a isso, ele pediu para só ser divulgado amplamente depois do seu falecimento", referiu José Manuel Costa.
Segundo o responsável, Manoel de Oliveira quis reservar a exibição para depois da morte, não porque quisesse ocultar qualquer facto, mas porque tem a ver com a vida dele. "É uma memória pessoal".
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Manoel de Oliveira faleceu a 2 de abril, aos 106 anos, em sua casa, no Porto.
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