RIO 450 ANOS: Confira dez sambistas que são a cara do Rio

DO TEXTO:

Cartola

Batizado Angenor de Oliveira, nasceu no Bairro do Catete, na Zona Sul do Rio. Mas foi morando no morro da Mangueira que ele começou a se consagrar como compositor de sambas. Um dos fundadores da Verde e Rosa, é considerado por diversos críticos como o maior sambista da história brasileira. Entre suas inúmeras composições, se destacam “O Mundo é um moinho”, "As rosas não falam” e “O Sol Nascerá”. Morreu em 1980, aos 72 anos.



  Noel Rosa


Imortalizado como “o poeta da Vila”, em referência ao seu bairro de nascimento, Vila Isabel, morreu jovem, aos 26 anos, vítima da tuberculose. Começou a compor aos 19 anos ao longo dos próximos sete anos de vida criou mais de 250 músicas. Entre as mais populares estão “Com que roupa”, uma de suas primeiras composições, “Fita amarela” e “Feitiço da Vila”, na qual enaltece Vila Isabel como berço do samba.



Zé Keti

José Flores de Jesus nasceu em Inhaúma e foi influenciado pelo avô, que era flautista e pianista, e pelo pai, que tocava cavaquinho, a ingressar no mundo musical. Começou a compor sambas por volta dos 20 anos e cantou o Rio como ninguém. “Eu sou o samba, sou natural daqui do Rio de Janeiro”, disse em um de seus maiores sucessos “A voz do Morro”. Também de sua autoria se destacam “Diz que fui por aí”, “Desquite lá no morro” e “Poema de Botequim”.




Bezerra da Silva


Mesmo tendo nascido no Recife, o cantor e compositor Bezerra da Silva ficou conhecido como o embaixador dos morros e favelas cariocas. Com sambas divertidos, cheios de crítica social, ele influencia até hoje diversos artistas que regravam suas canções. Dentre elas, “Malandragem dá um tempo”, “Malandro é Malandro e Mané é Mané” e “Saudação às Favelas

Ismael Silva

Fundador da primeira escola de samba do país, a Deixa Falar, ele foi o maior compositor do Estácio. Compôs seu primeiro samba aos 15 anos, mas seu maior sucesso foi o clássico “Se você jurar”. Depois de morto, ganhou uma escultura de bronze e também virou nome de praça.



Mario Lago


Advogado, poeta, radialista, ator e sambista de primeira. O carioca multiartista era um boêmio assumido. Nasceu na histórica Rua do Resende, no coração da Lapa. Crescido em ambiente musical e boêmio, compôs sambas populares e marchinhas de carnaval célebres, como “Aurora”. Em parceria com Ataulfo Alves compôs “Ai, que saudade da Amélia”.



  João Nogueira

Foi inspirado pela irmã compositora Gisa Nogueira que ele se interessou pela música e aos 15 anos começou a compor. Seu sucesso teve início na década de 70 e ao longo de seus 40 anos de carreira, lançou 18 álbuns solos. Uma de suas músicas de maior sucesso, “Poder da Criação”, é tida como uma espécie de hino dos compositores. Entre seus clássicos se destacam “Espelho”, composta em homenagem ao pai, “Nó na madeira” e “Lá vou eu”. O pai do cantor Diogo Nogueira, morreu no ano 2000.




Paulinho da Viola


Filho do músico Cesar Faria, Paulo César Batista de Faria cresceu em um ambiente musical e desde cedo conviveu com ícones do samba carioca, como Jacob do Bandolim e Pixinguinha. No início da carreira, fez parceria com outros sambistas de renome como Cartola, Elton Medeiros e Candeia. Portelense e Vascaíno, destaca sua paixão pelo Rio em composições como "Foi um Rio que Passou em Minha Vida". Atualmente tem até um bloco em sua homenagem, o Timoneiros da Viola.



Martinho da Vila

Nascido em Duas Barras, se tornou cidadão carioca no Bairro de Vila Isabel, o berço de Noel Rosa. Foi apresentado sambista ao grande público no final da década de 60, quando lançou seu primeiro sucesso, “Casa de Bamba”. Várias de suas composições valorizam a Cidade Maravilhosa, com destaque para “Vide Gal”, que tem referências a favelas e a pontos turísticos. Também se destacou como intérprete de músicas como "Mulheres", de Toninho Geraes. Vários de seus filhos viraram artistas, como a cantora Mart´nália.


Beth Carvalho


A bossa-nova abriu as portas da cena musical para a carioca que se consagrou Madrinha do Samba. Seu primeiro sucesso foi “Andança” e sua voz ajudou a projetar sambistas Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Almir Guineto e Arlindo Cruz. Na lista de maiores sucessos estão “Sonho meu”, “Água de Chuva no Mar” e “Vou Festejar”. Assina algumas composições em parceria com Edmundo Souto e Paulinho Tapajós, entre elas “Joatinga”, que reverencia a praia homônima da Zona Oeste do Rio.


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