Mestre de nome e mestre da viola campaniça, Pedro Mestre assume o feliz acaso de editar o seu primeiro álbum a solo, "Campaniça do Despique", meses depois da promoção do cante alentejano a Património da UNESCO. Apesar de não fazer cante alentejano, dele faz parte, como nos explica nesta entrevista à Cotonete TV, onde também faz uma interpretação ao vivo de 'Campaniça do Despique'.
Envolvido com outros grupos corais e com o Capaniça Trio, Pedro Mestre é oriundo da aldeia Sete, no concelho de Castro Verde, no Baixo Alentejo. Destacamos em baixo algumas das suas declarações mais fortes à Cotonete TV:
«O cante alentejano e eu próprio como cantador e tocador de viola campaniça lucramos muito com toda esta situação [da promoção do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO]. O cante alentejano lucra com um trabalho como o Campaniça do Despique. Assim como o Campaniça do Despique também beneficia pelo facto da UNESCO ter sido considerado o cante Património Imaterial da Humanidade».
«A música que canto é o cancioneiro tradicional».
«O cante alentejano ainda acontece de forma espontânea. O mais interessante é que há cerca de dois/três anos, o cante aparece através de gente jovem em aldeias como a minha. Se houver convívio à volta de um copo de vinho ou até não, o cante ainda aparece numa
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