Roberto Carlos na Arena Fonte Nova, em Salvador (29/11/2140)
Henrique Mendes
Do G1 BA
"Melhor do que uma apresentação
como essa, só outra apresentação como essa". Essa foi a definição de
Clenir Brito, de 60 anos, do show que o cantor Roberto Carlos apresentou na
Arena Fonte Nova, em Salvador, na noite deste sábado (29). Aos 73 anos, o artista
levou para a "Fonte de Gols", como ficou conhecido o estádio durante
a Copa do Mundo, antigos e novos sucessos de uma carreira digna das grandes
torcidas. Em 1h40 minutos de espetáculo, o cantor,carinhosamente chamado de
Rei, apresentou 18 músicas.
"Emoções". Com essa
canção, Roberto Carlos deu boas vindas ao público. Nas primeiras cadeiras, as
fãs não resistiram. Aproveitando os primeiros minutos do show , quando a
imprensa pôde fazer imagens do palco, alguns fãs se misturaram ao repórteres e
tiraram fotografias bem próximas do artista. Para alegria de todos, os
seguranças não impediram a ação dos admiradores. Roberto Carlos, do mesmo modo,
não se incomodou.
Público baiano foi em peso prestigiar o Rei
A partir de então, um trilha
embalada por antigos sucessos tomou conta do estádio. Em coral, os fãs que
lotaram as cadeiras colocadas no gramado, além das arquibancadas, puderam
juntos com o cantor fazer coro de músicas como "Eu te amo, te amo, te amo",
"Além do Horizonte" e "Ilegal, Imoral ou Engorda".
Para delírio do fãs, às 22h25,
Roberto Carlos cantou a canção que despertou um dos momentos mais marcantes do
início da apresentação. A animação do público foi tão marcante que nem parecia
que, numa só voz, todos cantavam uma música de título tão sutil:
"Detalhes". Nesse momento, diversos fãs revelavam a emoção por meio
de lágrimas.
A partir de então, o público pôde
acompanhar canções apaixonadas como "Desabafo" e "Outra
Vez". Em seguida, o público voltou a fazer um grande coro com as canções
"Lady Laura" e "Nossa Senhora". Ainda houve espaço para
músicas mais animadas, como "O Calhambeque", "Mulher
Pequena" e "Negro Gato".
Meio à apresentação, o cantor
reservou um tempo para cumprimentar os músicos da banda. "Fazem parte da
minha carreira há tanto tempo. Nossa banda tem grandes artistas. Estão entre os
melhores do mundo, com certeza", definiu. Encerradas as honras,
Roberto Carlos ainda apresentou músicas famosas como "Proposta", "Esse
Cara Sou Eu", "Aquarela do Brasil" e "Como é Grande o Meu
Amor por Você".
Para encerrar como chave de ouro, o
cantor emocionou os fãs com a música "Jesus Cristo". Ainda
houve espaço para a tradicional distribuição de flores e uma declaração
apaixonada: "Eu amo vocês".
Portão de
Entrada
Os fãs do cantor Roberto Carlos começaram a chegar na Arena Fonte Nova antes
mesmo das 19h, horário marcado para a abertura dos portões. Sozinhos, em dupla
ou em grandes grupos, todos traziam na ponta da língua as músicas que embalam
gerações desde a Jovem Guarda, que completa 50 anos em 2015.
Amigas há 35 anos, Ana Lígia (64),
Laura Souza (61), Ângela Santos (60), Ivonete Leite (65), Antônia Lêda (66) são
exemplos de fãs que acompanham a carreira do artista desde os anos 60. Em
frente aos portões, elas aguardavam o momento de entrada com ansiedade. Dentre
elas, Ângela era única que nunca tinha ido a um show do cantor. "Se pela
TV a gente sempre se emociona, imagine aqui", disse na expectativa.
Também no portão de entrada da Arena
Fonte Nova, uma nova geração de fãs dos artistas contavam os minutos para
o início do show. As amigas Carol Azevedo, de 35 anos, e Tássia Luane, de 25,
contaram que compraram os ingressos logo que as vendas foram iniciadas.
"Desde lá, nós estamos em contagem regressiva. Contamos dia após
dia", revelaram com sorriso no rosto poucas horas antes do show tão
esperado.
Devido à grande movimentação do
público para chegar ao estádio, as principais vias de acesso ao bairro de
Nazaré começaram a ficar congestionadas a partir das 19h.
Dentro da Arena
Já dentro da Arena, dois sósias do artistas fizeram a diversão do público antes
do início do show. À parte da produção do evento, eles chegavam perto dos
fãs nas arquibancadas. Houve até quem se enganasse. Um dos sósias, que é do
município de Rio Real, é o radialista Gabriel Silva, de 59 anos. Há cinco anos
imitando o artista, ele conta que já foi a seis apresentações do cantor. Em
nenhuma delas, conseguiu se aproximar dele. "Hoje, eu espero poder tirar
uma foto com ele. Ele é meu ídolo por tudo o que representa. O tempo passa mais
a 'Jovem Guarda' será sempre jovem", disse emocionado.
A Arena Nova estava lotada. Mais
distante do palco estava o público das arquibancadas. Nas próximos, estavam os
fãs que pagaram mais caro e optaram pelas cadeiras que foram colocadas no
campo. Na primeira fileira estavam as irmãs Jocilene Reis, de 64 anos, e Gilda
Reis, de 57. "Isso aqui é presente de filha. Ela comprou logo no primeiro
dia. Sabia que éramos fãs. As músicas estão relacionadas a todas as fases da
nossas vidas. São muitas canções emocionantes, desde a Jovem Guarda. Não
poderíamos perder", contou Jocilene.
Também na primeira fila das cadeiras
estavam as amigas Noélia Almeida (65), Célia Campos (85) e Jacira Monteiro
(66). Juntas, antes do início do show, elas lembraram histórias relacionadas às
canções do artista. "Meu marido sempre teve ciúmes de mim com Roberto. Ele
comprava o CD's, mas me dava morrendo de ciúmes", contou Jacira Monteiro
aos risos, destacando que é casa há 40 anos. Ao lado dela, a filha Flávia
Monteiro, de 66 anos, disse que por causa da mãe conhece todas as músicas de
Roberto. "Era obrigada a ouvir todos os domingos, mas não tinha
sofrimento", brincou.
Gerações
Ainda na primeira fileira, um grupo de fãs se destacava. Idosos e pessoas de
meia-idade se juntavam a um adolescente de 17 anos para mostrar que a legião de
fãs de Roberto Carlos ultrapassa gerações. "Conheci a todas por meio do
Facebook. Hoje, tenho o prazer de conhecê-las pessoalmente. Somos todos fãs do
Roberto. Fui ao primeiro show aos 14 anos, na Concha Acústica. Desde então, sou
muito fã", contou Vinícius de Azevedo, de 17 anos.
Ao lado de Vinícius, estava uma fã
veterana. Egli das Graças, de 59 anos, veio de São Paulo acompanhar mais um
show do artista, o 121° de toda a vida. Junto com ela foto de apresentações em
Las Vegas, diversos estados brasileiros e navios. "Comecei a ouvir Roberto
Carlos com 9 anos. Meu irmão comprava os discos para mim", diz saudosa. Em
30 de abril de 1977, ela ressalta que assistiu ao primeiro show do artista.
"Inesquecível", define suspendendo as mãos e revelando as unhas
pintadas com o rosto do "Rei".
Com Vinícius e Egli, ainda estavam
Norma Santos, de 42 anos, e Maria da Penha, de 61.
Cantor executou 18 músicas em 1h40 de show, na Arena Fonte Nova
Os fãs do cantor Roberto Carlos começaram a chegar na Arena Fonte Nova antes mesmo das 19h, horário marcado para a abertura dos portões. Sozinhos, em dupla ou em grandes grupos, todos traziam na ponta da língua as músicas que embalam gerações desde a Jovem Guarda, que completa 50 anos em 2015.
Já dentro da Arena, dois sósias do artistas fizeram a diversão do público antes do início do show. À parte da produção do evento, eles chegavam perto dos fãs nas arquibancadas. Houve até quem se enganasse. Um dos sósias, que é do município de Rio Real, é o radialista Gabriel Silva, de 59 anos. Há cinco anos imitando o artista, ele conta que já foi a seis apresentações do cantor. Em nenhuma delas, conseguiu se aproximar dele. "Hoje, eu espero poder tirar uma foto com ele. Ele é meu ídolo por tudo o que representa. O tempo passa mais a 'Jovem Guarda' será sempre jovem", disse emocionado.
Ainda na primeira fileira, um grupo de fãs se destacava. Idosos e pessoas de meia-idade se juntavam a um adolescente de 17 anos para mostrar que a legião de fãs de Roberto Carlos ultrapassa gerações. "Conheci a todas por meio do Facebook. Hoje, tenho o prazer de conhecê-las pessoalmente. Somos todos fãs do Roberto. Fui ao primeiro show aos 14 anos, na Concha Acústica. Desde então, sou muito fã", contou Vinícius de Azevedo, de 17 anos.
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