'Músico é amor, não é contrário a ninguém', afirma Erasmo sobre projeto de Ecad

DO TEXTO:
Erasmo Carlos chega ao plenário para acompanhar sessão da Comissão de Constituição e Justiça, no Senado, sobre projeto de lei que promove mudanças no Ecad


FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA


O clima foi de tietagem no Senado Federal nesta quarta-feira (3): dezenas de funcionários se aglomeraram em frente à Presidência da Casa para ver os artistas que desembarcaram em Brasília para pressionar aprovação de projeto de lei sobre o Ecad.
A proposta, aprovada nesta quarta na comissão de Constituição e Justiça, muda a maneira de gerir os direitos autorais no país. A classe artística favorável ao texto nega ser contrária ao Ecad, mas pede maior transparência da entidade privada.

"Músico não é contrário a ninguém. Músico é amor, quer que o mundo viva bem, em paz", disse Erasmo Carlos ao sair do encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes da Casa. O músico foi alvo de euforia de fãs no Congresso, ao lado de Roberto Carlos e Caetano Veloso.

A cantora paraense Gaby Amarantos também defendeu o texto, de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE). "A gente não está aqui num momento de moda, por conta dessas manifestações que estão acontecendo no país. A gente é a favor do Ecad sim. [O problema] é a falta de transparência. Eu sou compositora e não sei quanto que é arrecadado", disse.
Fagner, Roberta Miranda, Carlinhos Brown, Jorge Vercillo, Rogério Flausino, Péricles, Thiaguinho, Lenine e Otto foram alguns dos artistas que passaram pela Casa hoje. Eles são simpatizantes do grupo Procure Saber, liderado pela produtora Paula Lavigne, favorável a mudanças no atual modelo.

Mais cedo, Lavigne estava otimista com a tramitação do projeto na Casa, mas reconheceu que o cenário não estava definido. "A gente veio fazer pressão, mas de manobras políticas não entendo. Eu entendo de música, microfone, caixa de som."
Na tarde de hoje, senadores aprovaram a urgência da votação do projeto no plenário da Casa. Em seguida, o texto deve seguir ainda para a Câmara dos Deputados.

http://www1.folha.uol.com.br
03/07/2013

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