Quando Salve Jorge, próxima novela das nove, estrear, em
outubro, o público vai conferir uma nova faceta do cantor e compositor Roberto
Carlos. O Rei acaba de criar um funk especialmente para a trilha sonora da obra
de Gloria Perez. A autora chegou a declarar que ficou surpresa e orgulhosa com
a atitude do artista, um dos mais populares do país, e que se encantou pela
letra, que ainda não tem nome.
Não é de hoje que Roberto flerta com o ritmo, que nasceu nas favelas do Rio de
Janeiro. Em 2007, convidou MC Leozinho para participar do seu especial de fim
de ano e fez um dueto em Ela só pensa em beijar. Na época, o cantor de
Cachoeiro do Itapemirim afirmou que estava ouvindo a canção no rádio e que ela
chamou sua atenção pela “letra maneira e pela poesia muito bonita”. “É um funk
romântico, uma canção de amor”, ressaltou o Rei durante a apresentação. Depois
desse encontro, que MC Leozinho considera um divisor de águas em sua carreira,
o funkeiro chegou a se apresentar no cruzeiro marítimo de RC e foi lá que
decidiu gravar Negro gato, sucesso na voz de Roberto. “Foi ele quem me sugeriu.
A música ganhou elementos do funk e ficou bem legal. Depois, Roberto Carlos me
pediu a indicação de um produtor porque realmente estava pensando em compor um
funk. Achei maravilhoso, apesar de não conhecer a música ainda. Quando alguém
como ele faz isso, ajuda e muito a nossa música, que já sofreu e ainda sofre
muito preconceito. Quem sabe ele até não vira o Rei do funk?”, comemora
Leozinho.
Assim como Roberto, outros artistas vêm descobrindo e incorporando o estilo em
seus trabalhos. Um dos criadores do funk carioca, o DJ Marlboro, que esteve em
Belo Horizonte semana passada para uma apresentação, diz que a classe
artística, de maneira geral, sempre viu o gênero com bons olhos e acredita que
as perseguições e o preconceito com relação ao funk têm diminuído ao longo do
tempo. “Quem sempre discriminou foram os chamados pseudointelectuais. É natural
as pessoas terem preconceito em relação ao que não conhecem. O funk é a MPB na
sua mais pura essência; é música popular brasileira porque nasceu do povo, e
movimenta a massa. É autenticamente nacional”, salienta.
Para Marlboro, o fato de o funk ter origem nas favelas e ter ficado marcado
como “som de preto, pobre e favelado” fez com que sofresse certa rejeição, mas
que é importante não generalizar, até porque existem várias vertentes. “Tem o
funk social, o erótico, o político, o romântico, mas, muitas vezes, as pessoas
só querem olhar um lado desse ritmo e um deles acaba ficando mais latente. Não é
bem assim. Tanto é que muitos compositores brasileiros estão despertando para a
qualidade que existe nesse meio”, destaca.
Pioneiro Este é o caso do cantor e compositor Pedro Luís, que sempre se
interessou pela batida do funk e foi um dos pioneiros a incorporar elementos do
ritmo ao seu trabalho. O artista, que além do projeto solo faz parte do
Monobloco, conta que o gênero o cativou por sua força e representatividade. E
que é bom não só para o funk, como para o Brasil e para a música, que artistas
de outros segmentos se rendam ao movimento. “A pegada do funk é, num primeiro
momento, a apropriação e a adaptação por compositores das favelas da levada
Miami base. Depois, ela foi se transformando e ganhando ares próprios. É bem
positivo músicos de estilos diferentes se interessarem por ele. É mais um
elemento no caldeirão já tão diverso e rico da música brasileira”, acredita
Pedro Luís.
NOS FILMES DE NOMEADA
O CCBB de São Paulo começa hoje a mostra "Os Múltiplos
Lugares de Roberto Farias", uma retrospectiva completa dos filmes desse
importante cineasta brasileiro.
A mostra, que vai até o dia 16 e depois é reprisada, a
partir do dia 18, na Cinemateca, traz não só os longas-metragens e filmes para
TV dirigidos por Roberto Farias mas também filmes de outros cineastas, como Ana
Carolina, Arnaldo Jabor e o irmão Reginaldo Farias, que contaram com a
participação de Roberto Farias na equipe técnica.
"É como se o tempo não tivesse passado. Lembro-me de
cada momento como se fosse hoje", disse à Folha o cineasta, que
completou 80 anos em março.
Serão exibidos desde "Rico Ri à Toa" (1957), filme
que marcou sua estreia no cinema, como assistente do diretor Watson Macedo, até
clássicos do cinema nacional como "O Assalto ao Trem Pagador" (1962),
dirigido por Farias.
Não poderiam faltar grandes sucessos de bilheteria, como a
trilogia que fez com Roberto Carlos -"Em Ritmo de Aventura" (1968),
"Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa" (1968) e "Roberto
Carlos a 300 km por Hora" (1971).
O título da retrospectiva é perfeito. De fato, Roberto
Farias é um dos homens de cinema mais ecléticos do país.
LETRAS E MELODIAS QUE VIERAM DO BERÇO
A simpática casa azul de número 13 na Rua João de Deus
Madureira, no bairro Recanto, perto do centro, pode até passar despercebida por
quem visita desavisado a cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.
Mas basta perguntar a qualquer morador pelo filho famoso da cidade para
descobrir que naquele endereço nasceu, há 71 anos, Roberto Carlos Braga.
Então um garoto como outro qualquer, ele adorava a ladeira para brincar de
bicicleta e carrinho de rolimã. Morou ali até os 13 anos com a mãe (a famosa
Lady Laura), o pai e os três irmãos.
Comprado em 2000 pela prefeitura, o espaço foi transformado na Casa de Cultura
Roberto Carlos (28-3155-5257 GRÁTIS 28-3155-5257 end_of_the_skype_highlighting),
e expõe fotos, discos e instrumentos musicais de um dos cantores mais
festejados da história do País. Já a cidade, que hoje tem pouco mais de 200 mil
habitantes, conheceu a fama depois que a música Meu Pequeno Cachoeiro, composta
por um certo Raul Sampaio e gravada por Roberto Carlos em 1969, estourou.
O apego do rei ao lugar é tão grande que, em 2009, Roberto Carlos fez questão
de iniciar sua turnê comemorativa de 50 anos de carreira no Estádio do Sumaré,
lá mesmo, em Cachoeiro.
Turisticamente a região atrai com opções de caminhada e escalada - os picos do
Itabira (600 metros de altitude) e da Pedra da Penha (1.100 metros) são os
principais mirantes. Outra curiosidade é a excêntrica Fábrica de Pios de Aves
Maurílio Coelho, que produz apitos de madeira que imitam, claro, sons de aves.
Outro cachoeirense famoso é o escritor Rubem Braga, cujo nome batiza o teatro
municipal.
ESQUECEU DE CASAR EM NOME DO REI
Corria o verão de 1950 no distrito de Cobiça, área rural a
sete quilômetros da cidade de Cachoeiro do Itapemirim, quando a garota de olhos
verdes ouviu no rádio uma voz infantil cantando o bolero Amor y Más Amor, então
um sucesso na voz de Fernando Borel. “Ah, eu quero ir ver esse menino!”, conta
hoje aquela moça sonhadora. Chamou a irmã, Maria Leonor, se arrumaram e
caminharam duas horas pela estrada de terra até a sede da Rádio Cachoeiro,
prefixo ZYL-9, para conhecer o novo ídolo. E passaram a repetir esse ritual
durante meses, a cada vez que ele cantava.
Foi assim que Gercy Volpato se tornou a primeira fã do
cantor Roberto Carlos, que tinha apenas 9 anos na época. Quer dizer: Roberto
Carlos comemora 50 anos de carreira, mas ela é fã dele há 59 anos. Ao longo
dessa eternidade, ela acompanhou a carreira do seu ídolo com extrema devoção –
tão extrema que renunciou aos namorados (“Eles implicavam comigo por causa do
Roberto”, diz) e a um eventual casamento apenas para “poder segui-lo”, como diz
hoje, aos 78 anos, olhando divertida para os visitantes boquiabertos, recostada
na janela de seu centenário casarão de janelas azuis na Fazenda Entre Penha, em
Cobiça, no sopé das montanhas arredondadas do Espírito Santo.
Gercy hoje está sozinha, e o que a enas a paixão pelo ‘Rei’. Os pais há
muito se foram. A Gercy hoje está sozinha, e o que a motiva na vida é
apenas a paixão pelo ‘Rei’. Os pais há muito se foram. A irmã, Maria
Leonor, a Loura, que compartilhou a paixão de Gercy e também passou à adoração
por Roberto, morreu em fevereiro do ano passado. Gercy e Loura ficaram
conhecidas na cidade como As Irmãs Volpato. Na colonial casa da fazenda,
herdada do pai, Gercy construiu seu pequeno santuário para o ídolo, um museu
que possui relíquias que nem o próprio Roberto tem, como o primeiro ingresso
para seu show em Cachoeiro do Itapemirim, no Cine Teatro Broadway, em 1966 (era
domingo, o ingresso custava Cr$ 200, o show começava às 10h da manhã).
O BIGODE DO REI ROBERTO
CARLOS - VIP Vintage - Marcelo Orozco
Uma imagem rara do cantor Roberto Carlos com bigode —
bem ralinho, é verdade, mas mesmo assim tecnicamente um bigode. A foto foi
feita em 5 de março de 1968 num show do Rei para a TV Tupi no Teatro
Recreio, no Rio de Janeiro, e pertencia ao acervo do jornal Última Hora.
Hoje, o material fotográfico (fotos reveladas e negativos) daquele diário estão
no Arquivo Público do Estado de São Paulo, que colocou algumas imagens do
RC bigodudo em seu site.
Vale observar que é bem válida uma visita ao site do Arquivo
Público paulista. Além de fotos e edições integrais do Última Hora, há várias
outras publicações antigas disponíveis. O Arquivo Público também tem uma página
no Facebook, onde coloca fotos raras em seus álbuns.
Não encontramos nada no YouTube com o Rei de bigode. Mas
topamos com uma apresentação bem legal dele cantando “Não Vou Ficar”, uma
composição cheia de balanço de Tim Maia.
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