No sábado 22 de Agosto de 2009, fomos surpreendidos com a
morte de outro ator português, na circunstância, Morais e Castro, que deliciou
a criançada – e não só estes – na série televisiva “As Lições do Menino
Tonecas”.
Foi sem dúvida mais um dia triste para o teatro português.
Morais e Castro desapareceu aos 69 anos. O ator que ficou conhecido pelo grande
público como o professor do Tonecas.
Morais e Castro faleceu vítima de cancro, no Instituto Português de Oncologia,
em Lisboa.
O ator estreou-se em televisão na peça O Rei Veado, em 1958, dirigido por Artur
Ramos. Tinha 19 anos. Começou a percorrer o país em digressão nesse mesmo ano,
com o Teatro Gerifalto, onde se tinha estreado em 1956, sob a batuta de António
Manuel Couto Viana.
Fez muito teatro. Foi encenador – O Borrão de Augusto Sobral, na estreia com o
Cénico de Direito, em 1961, foi premiado no Festival de Teatro de Lyon desse
ano. Passou pelo Teatro Moderno de Lisboa, Companhia Teatral do Chiado e pela
Companhia de Teatro de Almada, co-fundando pelo meio o Grupo quatro no Teatro
Aberto.
Em 2006, comemorou 50 anos de carreira – e completaria 70 anos de vida no mês
seguinte à sua morte. A série da RTP As Lições do Tonecas, onde contracenava
com Luís Aleluia – era o professor –, fez do seu rosto muito conhecido junto do
grande público. Trabalhou na televisão noutros momentos, fez cinema.
Mas a vida pública de Morais e Castro não se esgota na representação:
licenciou-se em Direito, chegou a ser advogado e foi dirigente do Partido
Comunista Português. Quando Álvaro Cunhal se afastou, era o responsável por ler
as cartas do líder histórico enviadas aos militantes nos congressos.
NOTA FINAL – Porque nunca fui ator de teatro (longe disso), não contracenei com
Morais e Castro. Contudo, tive o privilégio de viajar na sua companhia, na
última viagem que fiz à Alemanha. Com ele, com o Luís Aleluia e a esposa deste,
me diverti bastante. De tanto rir, a viagem tornou-se mais rápida. A dado
momento, os dois começaram a dar autógrafos a muitos passageiros desse mesmo
vôo. É que a série televisiva As Lições do Tonecas teve peso nas audiências da
Rádio Televisão Portuguesa. Dois atores (um como professor e outro como aluno)
que se completavam muito bem.
Morais e Castro foi, sem dúvida, uma figura grada do teatro português e um
dirigente de eleição do Partido Comunista Português.
POSTS RELACIONADOS:
Obter link
Facebook
X
Pinterest
Email
Outras aplicações
Enviar um comentário
Comentários
1 - Cole ou digite uma palavra, uma frase, ou um título e dê enter.
.....................................................................
2 - Confira os posts do blogue com base na sua pesquisa e clique nas setas (avançar/recuar) para os ver ou rever.
3 - Clique no post que pretende.
...................................
4 - Clique no texto que pesquisa para ver tudo em tamanho grande nas nossas páginas.
Foi sem dúvida mais um dia triste para o teatro português.
Morais e Castro desapareceu aos 69 anos. O ator que ficou conhecido pelo grande público como o professor do Tonecas.
Morais e Castro faleceu vítima de cancro, no Instituto Português de Oncologia, em Lisboa.
O ator estreou-se em televisão na peça O Rei Veado, em 1958, dirigido por Artur Ramos. Tinha 19 anos. Começou a percorrer o país em digressão nesse mesmo ano, com o Teatro Gerifalto, onde se tinha estreado em 1956, sob a batuta de António Manuel Couto Viana.
Fez muito teatro. Foi encenador – O Borrão de Augusto Sobral, na estreia com o Cénico de Direito, em 1961, foi premiado no Festival de Teatro de Lyon desse ano. Passou pelo Teatro Moderno de Lisboa, Companhia Teatral do Chiado e pela Companhia de Teatro de Almada, co-fundando pelo meio o Grupo quatro no Teatro Aberto.
Em 2006, comemorou 50 anos de carreira – e completaria 70 anos de vida no mês seguinte à sua morte. A série da RTP As Lições do Tonecas, onde contracenava com Luís Aleluia – era o professor –, fez do seu rosto muito conhecido junto do grande público. Trabalhou na televisão noutros momentos, fez cinema.
Mas a vida pública de Morais e Castro não se esgota na representação: licenciou-se em Direito, chegou a ser advogado e foi dirigente do Partido Comunista Português. Quando Álvaro Cunhal se afastou, era o responsável por ler as cartas do líder histórico enviadas aos militantes nos congressos.
NOTA FINAL – Porque nunca fui ator de teatro (longe disso), não contracenei com Morais e Castro. Contudo, tive o privilégio de viajar na sua companhia, na última viagem que fiz à Alemanha. Com ele, com o Luís Aleluia e a esposa deste, me diverti bastante. De tanto rir, a viagem tornou-se mais rápida. A dado momento, os dois começaram a dar autógrafos a muitos passageiros desse mesmo vôo. É que a série televisiva As Lições do Tonecas teve peso nas audiências da Rádio Televisão Portuguesa. Dois atores (um como professor e outro como aluno) que se completavam muito bem.
Morais e Castro foi, sem dúvida, uma figura grada do teatro português e um dirigente de eleição do Partido Comunista Português.
Comentários