Porque hoje é Domingo

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@hotmail.com

No passado domingo, de manhã, acompanhei, mais uma vez, em função dos vídeos que foram postados no Splish Splash, a entrevista que Roberto Carlos concedeu ao incomparável Jô Soares. Dois míticos que se reuniram neste diálogo que teve um pouco de tudo desde o puro humor ao sentimento que cada um deles sempre revela.


Roberto Carlos contou uma história de brancas num show em São Paulo e isso foi motivo para eu voltar a recordar uma das muitas histórias que tenho ao longo desta minha carreira quase a completar 48 anos.

Acompanhei nos Açores uma digressão do Vitória de Setúbal e, em Ponta Delgada, no jogo em que os sadinos defrontaram o Santa Clara, fui convidado pela SPLAL, através das ondas do Clube Asas do Atlântico, para fazer os respectivos comentários, já que ali estava em representação do jornal “A Bola”. Fui convidado pelos dois companheiros da SPAL para com eles almoçar num restaurante onde muito parava o líder da FLA, o Dr. José de Almeida. Sempre que trabalho, só gosto de almoçar um bife grelhado e pouco mais. Eles, ao invés, optaram por uma grande feijoada. Comeram desalmadamente. Já no segundo-tempo do jogo, ambos começaram a ter dores de barriga e largaram-se para o WC junto aos vestiários das equipas. Moral de tudo isto: deixaram-me com a “criança nos braços”, passando o microfone e eu tive que dar umas pinceladas como se fosse um relator. Óbvio que não é a mesma coisa do que fazer comentários e, por isso mesmo, algumas brancas afloraram. Melhor explicando que brancas, na nossa linguagem, significam ligeiras pausas sem pronunciar nada.

Para mim, foi um alívio quando estes dois companheiros retornaram ao seu posto de reportagem. Mas ainda tive tempo para perguntar: estão mais aliviados? Disseram que sim, mas que, no futuro, em serviço de relato, não comiam mais feijoada. Mas se vissem como aqueles dois corriam na pista de tartan em direção ao WC? Impressionante corrida e daí aptos para uma prova de cem metros.

E o mais interessante de tudo isto, é que, há bem pouco tempo, falei com um desses protagonistas que, há mais de 25 anos, trocou os Açores pelo Brasil. Confesso que até me esqueci de falar daquele “domingo de desarranjo intestinal”.

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