O Baú do Carlos Alves (2)

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves


Por ocasião da festa de homenagem ao grande Eusébio em 23 de Setembro de 1973, lembro-me que nessa noite, após o jogo Benfica-Seleção do Resto do Mundo (2-2), fui com uns amigos do norte do país até à Cova da Onça, sita na Avenida da Liberdade (hoje já não existe esta discoteca), para tomarmos um

copo e distrairmos um pouco as ideias, conversando com as bonitas “garinas” que por lá se encontravam. Aliás, nessa época a Cova era uma das mais concorridas discotecas de Lisboa. Era lá que paravam muitas “estrelas” do futebol e figuras gradas da sociedade lisboeta. Penso que foi a partir dessa altura que passei a ser um “habitué” da Cova da Onça quando nada tinha para fazer durante o período da noite.

O ambiente naquela tarde-noite foi aquecendo porque, na verdade, o jogo entre o Benfica e a Seleção do Resto do Mundo foi disputado a uma hora acessível. Escusado será dizer que as “garinas” assediavam o nosso grupo para uma saidinha da ordem, mas dali acabaram por não levar nada, isto porque ninguém entrou na Cova com esse objetivo. Curiosamente, um dos empregados que nos serviu, e que mais tarde passou a ser um dos meus maiores amigos, chamava-se Carlos Alberto e era um ferrenho benfiquista. A dado momento, disse ao Carlos que queria dançar uma música romântica com uma loira que estava sozinha à minha frente, quiçá à espera do convite. O Carlos falou com o funcionário que colocava as músicas e não querem lá ver que fui bafejado pela sorte, porque saiu mesmo uma canção do Roberto Carlos, na circunstância, creio eu, AMADA AMANTE. Convidei a loira para dançar, um tanto agarradinhos e daí não passou. Aliás, passou, na medida em que, pela dança, paguei um scoth à bonitona. Mas, para dançar uma canção do Rei, valeu a pena o investimento.

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