Mandem as meninas dar a volta ao mundo

DO TEXTO:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@hotmail.com
Portal Splish Splash 
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É vulgar dizer-se, e seguindo uma velha máxima, que à terceira é de vez. Assim aconteceu comigo para presenciar um espetáculo das Meninas Cantoras de Petrópolis, sem dúvida alguma um Coral de luxo, adiante-se desde já. Sabia, de antemão, que este Coral vale pelo seu todo, ou seja, pela sincronia de vozes e, também, o enquadramento com o Maestro Marco Aurélio, cinquenta anos de carreira como músico. É obra! Mais: pela sua alegria, pela forma simples em como dirige o Coral, Marco Aurélio fez-me lembrar, a espaços, o alemão James Last e, agora, pelo que já conheço desde que aqui estou enfileirado no Splish Splash, o nosso querido Eduardo Lages que, conforme já escrevi em anterior artigo, é considerado o “outro lado” de Roberto Carlos. E já agora, depois de analisar esta atuação das Meninas Cantoras de Petrópolis, incluo Marco Aurélio na minha lista de pessoas especiais.

O Coral das Meninas Cantoras de Petrópolis é formado por 56 elementos e cujas idades vão até aos 15 anos, limite máximo. Quer dizer que há sempre uma nova fornada para substituir quem, na circunstância, atinja os quinze anos de idade.

O que mais me impressionou foi a homogeneidade do grupo e das próprias solistas. Cada vozeirão que me fez arrepiar os cabelos, sobretudo quando interpretaram o fado Canção do Mar, de Amália Rodrigues, e que agora, após a sua morte, faz parte do repertório de Dulce Pontes, apontada como sucessora da Divina do Fado, a já citada Amália Rodrigues, que todos nós choramos com saudade. Eu próprio, nessa altura em que o Maestro Marco Aurélio falava de Amália senti uma grande comoção e, claro, não logrei evitar as lágrimas, para mais que acompanhei o funeral desta grande figura que sempre honrou o nome de Portugal por onde passou inclusive no Brasil.

Sendo Petrópolis considerada a “cidade que canta”, em função do numeroso e apreciável número de Corais, este espetáculo das Meninas Cantoras de Petrópolis, que decorreu no átrio da Câmara dos Vereadores, foi mais um êxito para juntar a tantos outros. Impressionante. Direi, sem pontinha de exagero, e por tudo aquilo que já presenciei nos países por onde passei em reportagem, que o Coral das Meninas de Petrópolis tem suficiente valor para dar a volta ao mundo.

Como disse no início deste artigo, finalmente tive o privilégio de acompanhar um extraordinário recital das Meninas de Petrópolis. De mãos dadas com a alegria e a comoção. Obrigado ao Coral por incluir no seu programa um fado português e logo o fado Canção do Mar, uma das interpretações marcantes de Amália Rodrigues que, lá no outro lado da vida, ficará também orgulhosa pelo fato do Coral das Meninas de Petrópolis, pela voz de uma magnífica solista, recordar um dos seus muitos êxitos.

Em suma, um espetáculo inolvidável. Este Coral das Meninas de Petrópolis merece todo o apoio das entidades oficiais. E, repito, tem valor para dar a volta ao mundo.

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Meninas Cantoras de Petrópolis - Site Oficial
http://www.meninascantoras.com.br/


Canção do Mar


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3 Comentários

Comentários

  1. Amigo Carlos Alberto:

    Excelente interpretação das Meninas Cantoras de Petrópolis!

    A “Canção do Mar”, da autoria de Frederico de Brito e Ferrer Trindade, foi cantada por Amália Rodrigues em 1955. Entretanto, em 1993 Dulce Pontes inclui uma versão desta música no seu álbum “Lágrimas”. Uma versão que teve grande sucesso em Portugal e além fronteiras.
    A partir de então outros artistas internacionais se renderam à “Canção do Mar”, caso de Hélène Segara, em 2001, Chenoa (2002) e Sarah Brightman (2003).

    No Brasil, “A Canção do Mar” foi usada como tema de abertura de uma adaptação para telenovela do romance “As Pupilas do Senhor Reitor”, de Júlio Dinis.

    Nos Estados Unidos a “Canção do Mar” interpretada pela Dulce Pontes fez também parte da banda sonora do filme “Primal Fear”.

    Para completar a saga de tão bela música, só falta as mãos e a batuta do maestro Eduardo Lages que em 2008, referindo-se a tão bela música, disse: “... a melodia me faz chorar pois lembro de meu pai tocando isso no piano. É linda essa musica!”

    Abraços

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  2. Pois é meu amigo, ficou bem complementada esta história da inesquecível Canção do Mar. E tal como o MAESTRO Eduardo Lages, também chorei nesse dia, perante uma grande plateia. Será feio um homem chorar? Creio que não.
    Um grande abraço
    Carlos Alberto Alves

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  3. OLà amigo Carlos Alberto!gostei imenso deste video e de ouvir as Meninas cantoras de Petrapolis, confesso que tambem fiquei um pouco comovido e tu sabes muito bem que quando a gente se sente longe da nossa Pàtria a emoçao é sempre mais forte ainda.Para confirmar o que disse o Mindo com respeito a esta musica ter sucesso alem das fronteiras realemente aqui em França a Helene Segara fez um autentico exito com esta musica.Abraços

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