Aposta na credibilidade marca lançamento de cartão de crédito com imagem de Roberto

DO TEXTO:

Na coletiva de imprensa realizada em Ipanema, Roberto Carlos anuncia a criação do cartão Credicard Emoções e responde a perguntas de jornalistas.

Por Vinícius Faustini

“Eu quero ter um milhão de amigos”, foi o que Roberto Carlos disse na canção Eu quero apenas, escrita em 1974 em parceria com Erasmo Carlos. 36 anos depois, o sonho do milhão volta a ser ligado a RC, mas no contexto financeiro. Em coletiva na tarde de hoje, realizada num hotel em Ipanema (no Rio de Janeiro), o cantor anunciou parceria com a Credicard, administradora de cartões do Citibank no Brasil, para que o Credicard Emoções chegue a um milhão de associados. O “cartão que vai despertar a paixão de milhões de brasileiros” estará disponível a partir de 19 de abril de 2011 para os clientes que fizerem a pré-inscrição pela Internet em janeiro. Dentre os benefícios para os proprietários dos plásticos, estão previstas a pré-venda exclusiva de ingressos de shows e de pacotes para o cruzeiro Emoções em Alto-Mar.

Além de Roberto, estiveram presentes seu empresário Dody Sirena, o presidente do Citibank Brasil Gustavo Martin e Leonel Andrade, presidente do Credicard, que selaram a parceria com um discurso que falava sobre confiança, credibilidade e sucesso de ambas as marcas. “A unanimidade de Roberto Carlos, o maior mito do Brasil, com a unanimidade Credicard”, afirmou Martin. Leonel Andrade valorizou o fato de a empresa continuar investindo em entretenimento – ela dá nome a casas de espetáculo, como o Credicard Hall, em São Paulo, no qual RC se apresentou algumas vezes. Com o investimento, a empresa de cartões espera chegar à marca de um milhão de clientes em cinco anos, e RC recebe um contrato de patrocínio pelos próximos 10 anos – “O único contrato no mundo com prazo tão extenso neste ramo”, segundo Dody Sirena.

Contrato que foi celebrado de maneira simbólica. Primeiro, com Gustavo Martin declarando que o Credicard Emoções será “um benefício emocional, uma carteirinha de fã de Roberto Carlos”. Em seguida, o presidente do Citi Brasil entregou a Roberto mais um disco de platina - o disco “Um milhão de clientes”. Simbolismo curioso, pois o contrato foi realizado no ano em que, mais uma vez, o cantor deixou de lançar um disco de inéditas.

Repercussão do show de Copacabana: Roberto responde sobre o acidente que machucou seu joelho e sobre supostos romances com cantora Paula Fernandes e passista Raíssa

Roberto falou da parceria com a Credicard apenas nas considerações iniciais: “Ganho credibilidade, prestígio e vão me ver de uma forma mais séria”. No restante da coletiva, que começou com atraso de duas horas, surgiram perguntas relacionadas à sua música e ao show realizado na praia de Copacabana no dia 25 de dezembro (que foi transmitido pela TV Globo como seu especial de fim de ano). De acordo com Dody Sirena, o público de 400 mil anunciado pela Polícia Militar avaliou apenas o pedaço entre o palco e o local onde estava a parte técnica da emissora. A estimativa é que a presença de público variou entre 700 mil e um milhão de pessoas (número previsto inicialmente pelos organizadores do evento).

As presenças femininas no Roberto Carlos Especial também estiveram em pauta na coletiva – a cantora Paula Fernandes e a jovem Raíssa, rainha da bateria da escola de samba Beija-Flor estão entre as especulações do momento. “Tô bem na foto, hein?”, divertiu-se o cantor, após negar o envolvimento amoroso com as duas. “Paula é talentosa, bonita e atraente, e Raíssa é um amor de pessoa”. Um jornalista insistiu no tema, ao questionar se ele gostaria de namorar Paula Fernandes (com quem RC cantou um pout-pourri com presença maciça de músicas da Jovem Guarda). A resposta foi: “quem não?”.

O primeiro especial completamente gravado ao ar livre e sem cobrança de ingressos também ficou marcado por uma peculiaridade: a dor no joelho, que fez com que ele passasse boa parte do show sentado (e adiou a coletiva sobre a parceria com o Credicard em uma semana). “Comecei a andar de motocicleta há algum tempo. Um dia, ao sair, pisei em falso e senti dor no nervo ciático. Aí, nos três dias que antecederam o show de Copacabana, as dores se concentraram no joelho. Tomei litros de analgésicos para me curar a tempo do especial”. Perguntado sobre o tratamento, Roberto declarou: “Fisioterapia todo dia. Já fiz fisioterapia para o show de Copacabana, agora vou continuar com a fisioterapia para me curar completamente”.

Um 2011 intenso: homenagem no carnaval do Rio de Janeiro e perspectiva de inéditas

O desejo de não ter mais problemas com o nervo ciático tem outra motivação: “não quero passar o desfile da Beija-Flor sentado. Vou ficar de pé e, claro, sambando!”. Perguntado se está mais tranquilo para o desfile do ano que vem, pois já foi tema do carnaval carioca em 1987 (com Roberto Carlos no reino da fantasia, da Unidos do Cabuçu), RC declarou: “Nada, estou mais nervoso ainda! Foi uma emoção muito grande o desfile da Unidos do Cabuçu, mas agora é a vez de eu ser tema da minha escola de coração, a Beija-Flor”.

Antes de passar pela Marquês de Sapucaí, também está prevista inicialmente mais uma edição do Projeto Emoções em Alto Mar, tradicional cruzeiro que realiza em fevereiro. Só que RC adiantou mais um compromisso da sua agenda: “vou começar a gravar em janeiro um disco em espanhol, e este ano também pretendo lançar um disco de inéditas”. Até este ponto, a frase prometia agradar seus fãs. Só que Roberto acrescentou uma ressalva: “se eu achar que o disco está pronto”.

Mesmo com seu perfeccionismo adiando há tantos anos o disco de inéditas, o cantor afirma que não desistiu de compor. “E nem penso em me aposentar aos 80 anos”, como declarou no momento em que um jornalista questionou se o contrato entre ele e o Credicard durava 10 anos porque depois disto estaria pensando em parar. “Quero continuar cantando, compondo minhas músicas, falando sempre sobre amor de todas as formas”. Certamente, para continuar a presentear seus fãs e prosseguir com a paixão que pode despertar bons negócios, como o Credicard Emoções.

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Matéria gentilmente enviada pelo autor e publicada originalmente no Blog Roberto Carlos Braga.

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