41.º Bate-papo entre Roberto Carlos e eu - Roberto Carlos vai voltar a cantar Quero que vá tudo pro Inferno

DO TEXTO: ISMAIL – Acho que encontrei a solução sem alterar nada, gente! Roberto começa cantando a letra normalmente e quando chegar aquela parte “E que tudo...
ROBERTO CARLOS VAI VOLTAR A CANTAR QUERO QUE VÁ TUDO PRO INFERNO

 
 

ROBERTO CARLOS VAI VOLTAR A CANTAR QUERO QUE VÁ TUDO PRO INFERNO

 
 
Por: Armindo Guimarães
https://www.portalsplishsplash.com/p/armindo-guimaraes.html


INTERVENIENTES


- Ana Lúcia (vocalista)
- António Wanderley (piano)
- Armindo (portuga)
- Aurino Oliveira (sax barítono)
- Bruno e Marrone (dupla Sertaneja)
- Carminha (secretária de RC)
- Clécio Fortuna (sax alto)
- Dárcio Ract (baixo)
- Dedé Marquez (percussão)
- Eduardo Lages (maestro da Banda RC9)
- Genival Barros (Gerente-técnico de RC)
- João Lenhari (trompete)
- Jorge Berto (trombone)
- Jurema de Cândia (vocalista)
- Luís Carlos Ismail (vocalista)
- Nahor Gomes (trompete)
- Norival D’Angelo (bateria)
- Paulinho Ferreira (guitarra)
- Roberto Carlos
- Tutuca Borba (teclados)
- Ubaldo Versolato (sax tenor)


22 de Dezembro de 2010, Quarta-feira, 13,25h
O meu telemóvel toca.
Música E por isso estou aqui do CD “Inesquecível” do maestro Eduardo Lages
Chamada anónima.
E eu atendo.

ROBERTO CARLOS – Alô! Armindo, como vai você, cara?!
ARMINDO – Olá, Roberto! Então, pá? Estava a ver que nunca mais me telefonavas!
ROBERTO CARLOS – Cê sabe como é, bicho! Nossa agenda de shows nem tá dando pra arrumar um tempinho livre e aí…
ARMINDO – E aí, não me digas que nem tempo tens tido pra ir lá, carago!
ROBERTO CARLOS – Pra isso a gente tem sempre que arrumar um tempinho, né?!
ARMINDO – Pra isso, o quê?
ROBERTO CARLOS – Pró que você estava falando, mora!
ARMINDO – Eu estava a falar em ires lá, mas não disse aonde.
ROBERTO CARLOS – E nem precisava de dizer. Quem conhece você como eu, sabe bem o que você quer dizer com “ir lá”. E eu sempre arrumo um tempinho pra ir lá, nem que seja uma rapidinha, mora! eheheheh
ARMINDO – Eu queria referir-me a ires para a cama dormir.
ROBERTO CARLOS – Claro! Que outra coisa podia ser? Eheheheh
ARMINDO – eheheheh
ROBERTO CARLOS – Cê é demais, cara! Olhe aí, desta vez nosso bate-papo também vai ser uma rapidinha, viu?
ARMINDO – Porquê?
ROBERTO CARLOS – Bicho, eu estou lhe telefonando de meu estúdio na Urca. Logo, logo, vamos começar um de nossos ensaios pro Especial de Natal em Copacabana.
ARMINDO – Ó Roberto, eu pensei que ias aproveitar algum dos intervalos para me telefonar mas afinal telefonaste antes de começar o ensaio.
ROBERTO CARLOS – Bicho, nem tempo pra intervalo a gente tem, mora! E se tivéssemos intervalo eu jamais iria aproveitar ele pra telefonar pra você.
ARMINDO – Porquê, carago?!
ROBERTO CARLOS – Bicho, você se esqueceu da bronca que foi no intervalo do ensaio para a gravação do Especial 2008? Eu, Caetano Veloso, Eduardo Lages e já nem sei quem mais, todos fechados no banheiro por causa de você, mora!
ARMINDO – eheheheheh
ROBERTO CARLOS – Você se ri mas a coisa não teve piada, não, viu?! Nunca antes me tinha acontecido uma coisa assim, mora!
ARMINDO – Ó Roberto, o culpado não fui eu, pá! A culpa toda foi do Caetano Veloso que vos meteu a todos no banheiro e por fim do teu guitarra, o Paulinho, que em vez de empurrar a porta para todos saírem, passou o tempo todo a puxá-la. Eheheheheh
ROBERTO CARLOS – Cê sempre arrumando problemas e depois culpando os outros, mora!
ARMINDO – Eu arrumando problemas para vocês?!
ROBERTO CARLOS – Sim, você, cara! Se lembra daquele nosso bate-papo em que eu convidei o Wanderley pra dar uma faladinha pra você?
ARMINDO – Claro que me lembro! Foi o 36.º, no dia 31 de Julho deste ano. Mas que eu me lembre correu tudo bem.
ROBERTO CARLOS – Claro que sim. Mas acontece que o Wanderley foi logo espalhar brasa pro pessoal e então aí todos ficaram esperando meu convite pra também baterem papo com você.
ARMINDO – eheheheheh
ROBERTO CARLOS – O assunto não é pra rir, cara! Eu disse pro pessoal que o caso do Wanderley foi especial por ele ter estado doente. Então aí o pessoal me pediu seu número de celular e eu disse pra eles que fossem pedir ao Edu, só que o Edu também não quis dar pra eles o número do celular de você e então a partir daí a coisa começou ficando preta.
ARMINDO – Ó Roberto em vez de dizeres que a coisa começou ficando preta, devias dizer ficando marrom. Eheheheheh
ROBERTO CARLOS – Bicho, cê sempre brincando com coisa séria, mora! Agora todo mundo da banda me fica ameaçando ficar doente para eu abrir pra eles a excepção que abri com o Wanderley.
ARMINDO – eheheheheh
EDUARDO LAGES – Oi, Roberto! Cê vai demorar muito tempo aí no celular? Todo mundo já está preparado pra começar o ensaio.
ROBERTO CARLOS – Edu, aguente aí a parada por mais dois minutinhos, tá legal?
EDUARDO LAGES – Tudo bem, Roberto. Vou avisar o pessoal.
ROBERTO CARLOS – Brigado, viu?!
ARMINDO – Ó Roberto, era o maestro Eduardo Lages que estava a falar contigo, pá?
ROBERTO CARLOS – Era, sim.
ARMINDO – Carago, pá! Podias ter passado o teu celular pro maestro pra eu lhe desejar um bom Natal…
ROBERTO CARLOS – Bicho, agora pra desejar bom Natal todo mundo manda mensagem de celular ou de e-mail. Se atualize, cara! heheheheh
ARMINDO – Ó Roberto, tu às vezes tens cada saída, pá!
ROBERTO CARLOS – Bicho, vamos ter que terminar nosso bate-papo, viu?!
ARMINDO – Já? Ainda nem sequer começamos e já vais dar de frosques?
ROBERTO CARLOS – Dar de frosques? Que é isso de dar de frosques, Armindo?
ARMINDO – Agora até pareces o Geraldo Bottary do Splish Splash sempre a perguntar o que significa este ou aquele termo portuga. Dar de frosques é o mesmo que sair. Ao Bottary eu ainda compreendo que faça perguntas sobre gíria portuga, mas a ti, francamente, habituado que estás à gíria portuga…
ROBERTO CARLOS – Bicho, cê sabe que por causa de você tem até vezes que estou falando com alguém e sem querer aplico frases portugas sendo logo alvo de gozação quando isso acontece. Agora, não queira que eu saiba tudo, né?!
ARMINDO - eheheheheh
EDUARDO LAGES – Roberto, o pessoal tá ficando impaciente pra começar o ensaio e…
ROBERTO CARLOS – Edu, agora mesmo estava me despindo, digo, me despedindo.
EDUARDO LAGES – Roberto, você disse que estava se despindo querendo dizer se despedindo. Aí, não dá pra enganar. Cê tá falando com meu sócio!
ROBERTO CARLOS - Com seu sócio?
EDUARDO LAGES – Não disfarce, Roberto. Cê tá falando com nosso portuga. Me passe aí o celular pra mandar aquele abraço pra ele.
ROBERTO CARLOS – Edu, tudo bem, mas antes você vai dizer pro pessoal pra fazer um intervalo do ensaio, tá?
EDUARDO LAGES – Mas como eu vou dizer pro pessoal pra fazer um intervalo do ensaio se ele ainda nem começou?!
ARMINDO – eheheheheh
ROBERTO CARLOS- Edu, arrume uma desculpa qualquer, pôxa! É só o tempo de eu me despir, digo, de eu me despedir do Armindo, carago, digo, caramba!
EDUARDO LAGES – Tudo bem, Roberto. Não precisa se enervar misturando brasuca com portuga. eheheheheh
ROBERTO CARLOS – O Edu fala de mim mas ele é igual, sabia?
ARMINDO – Igual, porquê?
ROBERTO CARLOS – Então você não sabe, cara? Edu agora tá dando numa de genealogista.
ARMINDO – O Edu além de maestro também é genealogista? Essa para mim é novidade, pá!
ROBERTO CARLOS – É novidade pra todo mundo, exceto pra todos os elementos de nossa equipe que agora fazem fila querendo consultar o genealogista Eduardo Lages, para saberem de suas origens.
ARMINDO – Mas como é que se lhe meteu isso na cabeça, carago?
ROBERTO CARLOS – Cê sabe que todos temos nossos traumas de infância, né?! Então descobrimos que o trauma de infância do Edu é não saber suas origens. Um dia ele leu um anúncio no jornal que dizia assim:

“Pra viver melhor o presente, você tem que saber quem é. Pra você saber quem é, você tem que saber quem foram seus antepassados. Quem sabe você tem sangue azul por ser descendente de Dom Pedro I. Nosso curso de Genealogia por correspondência faz de você um especialista na matéria em apenas seis dias! Adquira já nosso curso!”.

ARMINDO – Um curso de seis dias, só?!
ROBERTO CARLOS - É mesmo, bicho! Cursos à pressão são aos montes aqui no Brasil. Eheheheheh Edu se formou em Genealogista em apenas seis dias e agora o pessoal, numa de gozação, é Doutor Lages isto e Doutor Lages aquilo. Ehehehehe
ARMINDO – É do baril! Eheheheheh
ROBERTO CARLOS – Você está agora vendo o que eu tenho que aturar do Edu, né?! Eheheheheh
ARMINDO – Mas eu pensava que ele tinha família aqui em Portugal, mais concretamente em Castelo Branco.
ROBERTO CARLOS – E tem mesmo, cara! Só que ele não sabe onde está sua família, se em Castelo Branco ou em qualquer outro sítio de Portugal. Cê já viu o dilema do Edu? Eheheheheh
ARMINDO – eheheheheh Contas-me cada uma do carago, pá! Com essa é que eu não esperava.
ROBERTO CARLOS – Nem eu! eheheheheh
WANDERLEY – Oi, Roberto, enquanto não começa nosso ensaio, me passe aí seu celular pra mandar um abração pro nosso patrício!
ROBERTO CARLOS – Wanderley, quem foi que disse pra você que eu estava falando com o Armindo?
WANDERLEY – Roberto, o Edu não consegue enganar ninguém. Imagine que ele chegou na sala dizendo pro pessoal: “Gente, pela primeira vez na história de nossos ensaios, vamos fazer um intervalo antes do ensaio. Roberto, está no celular batendo papo com um gajo, digo, com um cara, mas já está terminando.” O Edu dizendo gajo ao invés de cara, todos começamos olhando uns pros outros e nossos olhos diziam que na certa havia portuga pelo meio e por isso eu vim logo correndo aqui. Eheheheheh
ROBERTO CARLOS – Wanderley, mande seu abraço pro cara e me passe logo o celular, tá?
WANDERLEY – Oi, Armindo! Como você vai, rapaz!
ARMINDO – Olá, grande Wanderley! Nem estou em mim, carago!
WANDERLEY - Armindo, no show de Fortaleza a sua amiga lá do Splish Splash, a Mazé Silva, me falou que você tinha escrito uma série de textos homenageando todos os elementos de nossa banda e aí eu fui logo correndo no Splish Splash pra ler essa homenagem mas tive que adiar pra outro dia, pois me fiquei naquela sua matéria intitulada “De que vale o céu azul…”, em que você tem um bate-papo com São Pedro pelo fato de Roberto nunca mais ter cantado a música que no início de sua carreira tanto sucesso lhe deu. Mas em outro dia eu…
ROBERTO CARLOS – Bicho, chega de conversa, viu?! Me passe o celular, tá?
CARMINHA – Roberto, eu não tenho nada que ver com o ensaio, mas soube agora que está havendo intervalo do ensaio que nem começou ainda. Há algum problema que eu possa resolver?
WANDERLEY – Carminha, não há problema nenhum. Estamos falando com o Armindo. É só isso. Eheheheheh
ROBERTO CARLOS – Wanderley, você diz que é só isso? Cê quer problema maior que o Armindo?
ARMINDO – Ó Roberto, deixa-te de coisinha, pá!
CARMINHA – Roberto, você tá falando com o Armindo? Me deixe mandar um beijo pra ele, viu?!
ROBERTO CARLOS – Armindo, desejo pra você e sua família um…
CARMINHA – Roberto, cê não diga que vai desligar a chamada sem ao menos me dar uma chance de eu mandar um beijo pro Armindo, pôxa!
ROBERTO CARLOS – Armindo, vou passar o celular pra Carminha, tá? Pressinto que a confusão está se instalando, mora!
CARMINHA – Oi, Armindo! Faz tempo que a gente não se falava. Um beijo pra você e um feliz Natal, viu?!
EDUARDO LAGES – Roberto, cê já não tá falando com o Armindo? Vai me dizer que desligou a chamada não esperando por mim pra eu mandar um abraço pra ele, pôxa!
ROBERTO CARLOS – Edu, você estragou tudo, bicho!
EDUARDO LAGES – Como estraguei tudo, Roberto? Cê desligou a chamada que estava tendo com o Mindo e eu é que estraguei tudo?
ROBERTO CARLOS – Eu não desliguei chamada nenhuma. Carminha pegou meu celular pra falar com o cara. Todo mundo veio correndo atrás de você e na certa também vão querer falar com o Mindo, mora! Minha Nossa Senhora!
EDUARDO LAGES – Não tá todo mundo aqui. Aurino como cê sabe não vem hoje no ensaio e Norival telefonou dizendo que ia chegar mais tarde.
ROBERTO CARLOS – Edu, eu disse todo mundo, mas só aquele que está presente, né?!
PAULINHO – Oi, Roberto! Por você falar em presente foi um presente bem bacana essa sua ideia de fazermos intervalo antes do ensaio só pra batermos um papo com o Armindo. Me passe aí seu celular pra mandar um abração pra ele, tá?
ROBERTO CARLOS – Carminha, tá na hora de você se despir, digo, de você se despedir do Armindo e passar o celular pro Paulinho, viu?!
PAULINHO – Oi, Armindo! Tudo bem?
ARMINDO – Olá, Paulinho! Tudo numa boa, pá?!
PAULINHO – Há dias li aquela sua matéria em que você fica batendo papo com São Pedro por causa da canção “Quero que vá tudo pro inferno”. Me ri demais! Eheheheheh
ROBERTO CARLOS – Paulinho, me diga aí o que tem essa música pra fazer rir?
TUTUCA – Roberto, eu também li o artigo do Armindo e penso que ele tem razão. Não dá pra entender por que motivo você nunca mais cantou essa música.
ISMAIL – Roberto, eu também digo o mesmo. O bate-papo que o Armindo teve com São Pedro fez todo sentido.
JUREMA E ANA LÚCIA (em coro) – É mesmo, Roberto! Não adianta você escamotear a realidade, né?!
ROBERTO CARLOS – Ju e Lucinha, cês estão falando pra mim em coro como se estivessem ensaiando e aí eu pergunto pra vocês se também leram em coro esse tal bate-papo que o Armindo teve com São Pedro. Eheheheheh
DEDÉ – Roberto, tá na hora de você repensar mandando tudo pro inferno e cantar “Quero que vá tudo pro inferno”.
ROBERTO CARLOS – Olhe aí, Dedé! Eu acho é que está sendo hora de mandar vocês todos tomar ar ao invés de estarem aqui tentando me convencer de coisa sem jeito, mora!
EDUARDO LAGES – Roberto, quem foi tomar ar foi o Genival.
ROBERTO CARLOS – O Genival tomando ar? Vai me dizer que ele tá com problema de respiração, é?
CLÉCIO – A gente disse pra ele que estava na hora de fazermos intervalo mas ele achou que todos devíamos estar com stress emocional pra fazermos intervalo de ensaio que ainda nem começou. E aí…
LENHARI – Essa aí do bate-papo do Armindo com São Pedro eu não sabia. Mas como é que ele consegue esse milagre?
NAHOR – Se vê que você ainda é muito novo na matéria, senão saberia que esse portuga é como nosso Roberto: fala com as plantas e até com Deus. Eheheheheh
NORIVAL – Oi, gente! Desculpem chegar só no intervalo mas ontem estive dando uma olhada no Splish Splash e me deitei tarde pra burro. É fácil entrar naquele site mas muito difícil sair, pôxa!
ROBERTO CARLOS – Norival, desde quando você fica perdendo tempo a ver sites que não interessam nem ao Menino Jesus, mora?!
NORIVAL – Roberto, como o site é em honra de você, aí eu pensei que tinha interesse. Além do mais o site foi criado por aquele portuga que costuma bater papo telefónico com você.
ROBERTO CARLOS – Norival, como você acredita nessas histórias inventadas por esse portuga louco demais?
ARMINDO – Ó Roberto, tens uma lata do carago, pá!
EDUARDO LAGES – eheheheheh
NORIVAL – Roberto, não esqueça que já não é a primeira vez que você telefona pro portuga e nós aproveitamos pra falar um pouco com ele. A propósito, você bem que podia aproveitar este intervalo pra telefonar pro cara.
ROBERTO CARLOS – Mas qual intervalo, cê fala?
NORIVAL – Este que está correndo, né?!
ROBERTO CARLOS – Norival, nós não estamos em intervalo, rapaz! Como nós íamos fazer intervalo de ensaio que ainda nem começou?

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

NORIVAL – Puxa, vida! Quer dizer que estavam todos me esperando para começar o ensaio, é?

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

ROBERTO CARLOS – Tá na cara, né?! Sem você e suas baquetas nosso ensaio nunca seria o mesmo, mora!

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

NORIVAL – Caramba, por que todo mundo está se rindo?

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

GENIVAL – Oi, Roberto! Cê não tá achando que o intervalo tá ficando longo demais? Faz tempo que Bruno e Marrone estão esperando o fim do intervalo.
NORIVAL – Intervalo? Já não tô entendendo nada.

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

ROBERTO CARLOS – Oi, Genival. Ainda bem que você chegou, bicho! Me faça um favor. Diga pro Bruno e pro Azulone pra virem aqui nos ajudar a resolver uma situação.
JORGE BERTO – Roberto, cê disse Azulone ao invés de Marrone!

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

GENIVAL – Mas tá havendo algum problema, Roberto? Cê sabe que pra resolver problema é comigo.
ROBERTO CARLOS – Mas é claro que também vou precisar de você aqui. Temos o Armindo em meu celular e a ideia é a gente arrumar uma saída pra eu voltar a cantar aquela canção “De que vale o céu azul…”.
GENIVAL – Eu devia ter visto logo que intervalo antes do tempo só podia acontecer por causa desse portuga. Eheheheheh Roberto, me passe o celular pra eu falar com ele, tá?
ROBERTO CARLOS – Genival, se coloque na fila, tá? Mas antes não esqueça de chamar o Bruno e o Azulone, viu?

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

DÁRCIO – Tô vendo que por este andar nosso ensaio se foi.
ROBERTO CARLOS – Olhe aí, Dárcio! Se deixe de queixume e arrume uma solução pro assunto, tá?
DÁRCIO – Fácil arrumar solução pra você voltar a cantar “Quero que vá tudo pro inferno”, substituindo inferno por etéreo. Na hora de você cantar “E que tudo mais vá pro inferno”, cantaria “E que tudo mais vá pro etéreo”, que é a mesma coisa que mandar o pessoal pro céu, ao invés de inferno.
ROBERTO CARLOS – À falta de melhor, é uma boa ideia, mas…
WANDERLEY – Eu não tô achando que essa seja uma boa ideia. Quando cê tá mandando tudo pro inferno, sua intenção é mandar tudo pra uma coisa ruim e desse jeito fica desvirtuando o sentido da letra.
ISMAIL – Wanderley, lembro você que em “É preciso saber viver”, nosso Roberto pra não pronunciar a palavra “mal”, passou a cantar “Se o bem e o bem existem”, ao invés de “Se o bem e o mal existem”. Então aí…
ARMINDO – Então aí, eu acho que o Roberto devia era deixar-se de coisinha e passar a cantar sem preconceitos, que o mesmo é dizer cantar conforme o original e estava o assunto arrumado.
ROBERTO CARLOS – Olhe aí, portuga! Ninguém pediu opinião pra você, viu?!

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

GENIVAL – Oi, Roberto! Bruno e Azulone, digo, e Marrone, estão entrando.
ROBERTO CARLOS – Cês vieram na hora certa, rapazes! A gente tá tentando achar uma solução pra eu voltar a cantar “Quero que vá tudo pro…” sem pronunciar a palavra.
BRUNO – Mas qual palavra, Roberto?
GENIVAL – Roberto não quer pronunciar a palavra inferno.
MARRONE – Mas isso é a coisa mais fácil que existe. Basta pronunciar a palavra ao contrário, que dá “E que tudo mais vá pro Onrefni”.
ROBERTO CARLOS – Puxa, vida! Azulone, cê até me deixou marrone com essa sua ideia, mora!

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

BRUNO – Ouvi dizer que sua equipe tinha até científico pra resolver coisas difíceis. Onde tá ele?
ROBERTO CARLOS – É isso aí, Bruno! Onde está nosso Aurino, pôxa!
AURINO – Estava aqui pensando numa solução que acho vai agradar a você e a todo mundo.
ROBERTO CARLOS – Diga logo pra gente, mora!
AURINO – Me estava lembrando que podíamos substituir a palavra “inferno” por “Avernu” e então Roberto cantaria “E que tudo mais vá pro Averno”.
ROBERTO CARLOS – Averno? Puxa, vida! Vocês andam lendo o dicionário, é? Cada palavra esquisita, mora!
AURINO – Se trata de uma palavra como outra qualquer. Averno é do latim e se refere a um lago situado na Campânia, em Itália, onde os Latinos localizavam uma das entradas para os infernos.
ROBERTO CARLOS – Nem estou em mim, mora! Tanta sabedoria só podia vir de nosso cientifico Aurino, carago, digo, caramba!
EDUARDO LAGES – Roberto, desculpe interromper, mas acho genial esta ideia do Aurino. Se Averno é um lago onde existe entradas para os infernos, isso significa que se você passar a cantar “Quero que vá tudo pro Averno”, não está mandando ninguém pro Inferno, mas sim para uma de suas entradas. Aí, só entra quem quer, né?!

TODO MUNDO RINDO EM CORO
eheheheheh
ARMINDO – Ó Roberto, a ideia do Aurino tem montes de absolutamente e o meu sócio está raciocinando bem, pá!
ROBERTO CARLOS – Montes de absolutamente? Cê precisa é de montes de calma e só meter conversa quando for chamado, tá? Se acalme, bicho!
PAULINHO – A ideia pode ser boa mas não sei o que vai parecer nosso Roberto cantando “E que tudo mais vá pro Averno”.
JORGE BERTO – Isso já pra não falarmos na correria que fãs e jornalistas iriam fazer pros dicionários procurando o significado dessa palavra que só mesmo nosso científico podia descobrir.

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

ISMAIL – Acho que encontrei a solução sem alterar nada, gente! Roberto começa cantando a letra normalmente e quando chegar aquela parte “E que tudo mais vá pro inferno” ele só canta “E que tudo mais…” e aí, eu, Ana Lúcia e Jurema fazemos coro completando “vá pro inferno”.
ROBERTO CARLOS – É isso, Ismail! Ju e Lucinha, se juntem a Ismail pra vermos como fica, tá? Só quero que você me aqueça nesse Inverno, E que tudo mais…
JUREMA, ANA LÚCIA E ISMAIL (em coro) – Vá pro inferno.
ROBERTO CARLOS - Oh, oh, E que tudo mais…
JUREMA, ANA LÚCIA E ISMAIL (em coro) – Vá pro inferno.
ROBERTO CARLOS – Oi, Armindo! Quando você telefonar pro São Pedro diga pra ele que já arrumamos uma solução pro assunto, mora!
ARMINDO – Não é preciso telefonar-lhe, pá! Na certa que o São Pedro já sabe o que se passou aqui e só está à espera é de te ouvir a cantar novamente a canção que tanto êxito teve na tua carreira.
EDUARDO LAGES – Por falar nisso, bem que podíamos incluir esta música no Especial de Natal, em Copacabana. Seria um estouro!
ROBERTO CARLOS – Vamos com calma, Edu! Primeiro vamos ter que ensaiar muito bem pra tudo resultar certinho, né?!
JUREMA E ANA LÚCIA (em coro) – Roberto, bem que a gente podia cantar essa canção pro ano quando formos de turnê a Portugal onde a gente tem boas recordações.
ARMINDO – Boa ideia! Era o delírio robertocarlistico!
ROBERTO CARLOS – Pessoal, chega de conversa. Vamos terminar este nosso bate-papo com o Armindo, desejando pra ele e sua família um Santo Natal e Feliz Ano Novo. Que Papai Noel traga pro Armindo muitas prendinhas. Eheheheheh
ARMINDO – Também para ti e toda essa malta maravilhosa que está contigo, os desejos que todos passem um Feliz Natal e que 2011 seja um ano repleto de toda a felicidade e emoção robertocarlistica. Fico à espera de vocês em 2011. Abraço a todos!

TODO MUNDO EM CORO
Grande abraço, ó pá!

ROBERTO CARLOS – Bicho, quando publicar este bate-papo não esqueça de colocar a frase final dizendo que tudo é fictício, mora!
ARMINDO – Claro que não me vou esquecer dessa frase, nem daquela frase de Jassemyn West que diz que a ficção revela verdades que a realidade omite.

TODO MUNDO RINDO EM CORO
Eheheheheh

AVISO:
O texto que acabaram de ler é fictício.
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

A ficção revela verdades que a realidade omite
Jassemin West


Roberto Carlos – Quero que vá tudo pro Inferno – RTP 1966


GNR – Grupo Novo Rock (Portugal) – Quero que vá tudo pro Inferno

POSTS RELACIONADOS:
1 Comentários

Comentários

  1. Querido Armindo!

    Essa conversa telefônica, não somente com o NMQT, mas envolvendo toda a sua equipe foi sensacional.
    És muito inteligente, é maravilhosa a forma como te expressas, tu és surpreendente, não é para menos que tens o Diploma de Doutorado em Rebertologia Aplicada e Ciências Afins.
    Cultura, arte, humor é o que se encontra nesses fantásticos bate-papos, que nos envolvem e nos encantam, são diferentes de tudo o que já li, acho que é o carinho, o amor que tens pelo Nosso Rei que te dá tanta inspiração.
    Armindo, é fantástica a tua criatividade, não tem limites, escreves muito bem, palavras perfeitas que sempre se encaixam e tornem a leitura, por mais extensa que seja, suave e divertida, que quando termina fica sempre o gostinho de quero mais.
    Parabéns, meu Grande Escritor e obrigada pelos momentos de alegria que me proporcionas!

    Beijinhos,
    Alba Maria

    ResponderEliminar