Lançamento da obra "EXPERIMENTAIS POÉPICOS" de J.A.S. Lopito Feijóo K | CCCP Luanda 09/05

DO TEXTO: “EXPERIMENTAIS POÉPICOS” de J. A. S. Lopito Feijóo K., no Camões/Centro Cultural Português - Luanda 09/05.

CAMÕES/CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS
          
Lançamento
EXPERIMENTAIS POÉPICOS de
J. A. S. LOPITO FEIJÓO K.

Apresentação da obra pelo Escritor e Poeta Luís Rosa Lopes e pela Jornalista Luísa Rogeiro

No dia 9 de Maio de 2019 (5ª feira) pelas 18H30, no CAMÕES/CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS (Av. de Portugal nº50), será lançada a obra mais recente de poesia de J. A. S. Lopito Feijóo K. “EXPERIMENTAIS POÉPICOS”, editada pela “Editora das Letras”. A apresentação estará a cargo do escritor e poeta, Luís Rosa Lopes e da Jornalista, Luísa Rogeiro.

SOBRE A OBRA
Segundo Fernando Aguiar, que fez o Prefácio da obra, “Falar de EXPERIMENTAIS POÉPICOS é abordar uma obra complexa, de múltiplas vertentes e variados ritmos que o livro convoca, à medida que é lido. No aspecto formal, é escrito através de poesia verbal, verbo-experimental, experimental ou prosa poética, recorrendo Lopito Feijóo K. à configuração expressiva que mais se adequa ao que pretende transmitir, sem a preocupação de uma conceptualidade estilística pré-definida. O que potencia a já de si complexa riqueza temática e expressiva desta significativa colectânea de poemas.
O primeiro conjunto, intitulado “Das Simples Imaginações”, perspectiva criticamente uma série de “sapiências” direccionadas para o futuro, para uma visão que poderá ser Angola, dos destinos das suas gentes, das suas políticas, de um país numa conjuntura de transição. Prossegue, no segundo grupo de textos, com a sabedoria do presente, onde descreve quadros da realidade que emerge a cada instante, por vezes paradoxal, para concluir num passado que se revela como uma âncora, como chão, território onde germina uma poética do real, do social, da perspectiva activista, num círculo virtuoso da criatividade doutrinária e polissémica do poeta”. (…) A recorrente decepção com os políticos e a sua prática, que Lopito conhece bem, manifesta-se noutra “Imaginação” (do crítico e do político). A política que se torna, então, uma constante, perpassando recorrentemente pelo corpo do livro, por vezes de forma irrefutável, como atrás descrito, outras com a subtileza de uma raiz que se estende, subterrânea e inexorável, rizoma que contamina as palavras, as ideias e o discurso”.
Em EXPERIMENTAIS POÉPICOS, o Autor reafirma a sua versatilidade, como criador literário, transpondo códigos e linguagens, através de um processo de desconstrução, construção e reconstrução significante. LOPITO FEIJÓO é considerado, por alguns, como um herdeiro directo e dilecto, não apenas do modernismo e tradição vanguardista, mas também do romantismo rebelde, apaixonado e revolucionário. O poeta cultiva o verso livre, afirmando, assim, a sua liberdade enquanto criador.

DE ESTAR
Estou farto/ no universo/ do meu quarto
- e parto –
estou tanto/ no universo/ do meu espanto
- e canto-
estou tudo/ no universo/ do meu estudo
- E MUDO…
(J.A.S. Lopito Feijóo K)

SOBRE O AUTOR
J.A.S. LOPITO FEIJÓO K., de seu nome próprio, João André da Silva Feijó nasceu em Malange em 1963. Licenciou-se em Direito na Universidade Agostinho Neto. É Deputado (reformado) da Assembleia Nacional. É poeta e crítico literário. Ensinou Literatura angolana. Foi Membro fundador da Brigada Jovem da Literatura de Luanda e do Colectivo de Trabalhos Literários (OHANDANJI). É membro da União dos Escritores Angolanos, onde foi Secretário para as Relações Internacionais. Actualmente, é Presidente da Sociedade Angolana de Direito de Autor (SADIA) e dirige a Gazeta de Autores, órgão de divulgação da instituição. É um dos Membros fundadores da Academia Angolana de Letras. É Membro da Associação Portuguesa de Poetas.
Foi fundador da ALPAS 21 – Academia de Artes, Letras e Ciências do Estado Brasileiro do Rio Grande do Sul, onde ocupa a cadeira número 1 para estrangeiros.
É membro correspondente da Academia Brasileira de Poesia Casa Raul de Leoni e membro da International Poetry dos EUA e da Maison International de la Poesie, sediada em Bruxelas. O seu nome consta da 10ª edição do International Directory of Distinguished Leadership (2004/2005), do American Biographical Institute, bem como no Dicionário de Autores de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (1997).
Tem obras traduzidas para o francês, inglês e italiano e colaboração em publicações em Angola, Portugal, Espanha, Brasil, EUA, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Nigéria e Itália, entre outros países.

Obras publicadas:

Poesia
1987: “Doutrina”
1987: “Me Ditando”
1987: “Rosa Cor-de-Rosa”
1990: “Cartas de Amor” (3ª ed. em, 2013)
1997: “Na Idade de Cristo”
2005: “O Brilho do Bronze”
2011: “Marcas da Guerra”
2012 “Lex & Cal Doutrina”
2013: “Andarilho e Doutrinário”
2013: “Auto Grafia”
2014: “Desejos de Aminata”
2015: “Coração Telúrico”
2016: “ReuniVersos Doutrinários”
2017: “A Imprescindível Doutrina Contra”

Ensaio: crítica literária

1992: Meditando – textos sobre Literatura
1993: Geração da Revolução (c/ Luís Kandjimbo)

Organização e divulgação

1988: “No Caminho doloroso das Coisas”
1995: “África das Palavras” – antologia de Poesia de Amor dos anos 80.

O que alguns críticos, estudiosos e ensaístas, dos mais diversos países têm dito de LOPITO FEIJÓO.

- “Há que reconhecer em Lopito Feijóo virtudes presentes: Imaginação e Estilo próprios. Com a primeira, ele consegue a harmonia. Com a segunda, obtém o tratamento especial de linguagem”- Luís Romano (escritor/romancista).

- “Não será descabido considerar Lopito Feijóo como a mais irreverente voz da nova geração poética angolana (...) a elaboração mental (semântica e imaginética) parece comandar o ritmo e a disposição gráfica: a sintaxe atropela a gramática e a forma não corresponde à leitura de hábitos melódicos. Assim se surpreende o leitor, apanhado na sua rotina (...) perseverando contra a cadeia da língua, contra a corrente impositiva de uma estética. E assim fez, talvez contribuindo para mudar, desde já, o rumo à história da poesia angolana”- Pires Larangeira (Ensaísta e Professor da Universidade de Coimbra).

- “Lopito Feijóo cumpre as aspirações dos novíssimos, de encontrar a memória colectiva no poema que se acrescenta em cada dia”. (...) é para juntar as pontas da desarmonia do mundo que Lopito Feijóo escreve estes poemas para que os angolanos não esqueçam e o mundo inteiro com eles”- Ana Paula Tavares (Historiadora, Escritora e Poeta).

- “Nome importante da geração 80, a chamada “geração das incertezas” assume a ruptura com os cânones semânticos e estéticos tradicionais, propondo uma estética assente numa linguagem dissonantemente metafórica e no experimentalismo visual. Com um estilo, simultaneamente satírico e irreverente”- David Capelenguela (Escritor e Poeta).

- “Deslumbrante, incrível. Lopito é ele mesmo um poeta de cabeça aos pés. Há muitos anos que mantém uma coerência nos limites da sua personalidade artística e se apresenta tal como é: fala como poeta, veste-se como poeta, deambula e é excêntrico como o foram Pessoa, Cummings, Neruda ou Vinícius de Morais”- João Tala (Médico e Poeta).

- “Lopito Feijóo não é um poeta morno. Crepita e perturba com os seus signos. Mesmo os mais disfarçados, são uma autêntica tentação”- Teixeira de Sousa (Escritor).

- “Os poemas de Lopito Feijóo dão-me uma ideia de pujança da nova literatura angolana. Fiquei impressionado com a originalidade linguística e com a coesão e densidade temática. Lêem-se como se ouve uma pequena sinfonia”- David Brookshaw (Professor na Universidade de Bristol). 

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