Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional faz homenagem à música indiana

DO TEXTO:

Orquestra estreia temporada de 2018 com apresentação com músicas do país oriental
 

Isabella de Andrade 

Brasília é a capital da diversidade de sons, ritmos e cores. Para levar aos palcos esse potencial, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional abre a temporada de 2018 com um concerto indiano. As músicas fazem homenagem ao compositor L. Subramaniam, com participação da solista Kavita Subramaniam. A apresentação dá início a uma série de concertos que mostram o trabalho primoroso da orquestra brasiliense, que se firma como um dos mais importantes pontos de cultura no Distrito Federal.

O primeiro espetáculo abre uma temporada que contará, ainda em fevereiro, com concertos dedicados ao compositor russo Tchaicowsky, que completa 125 anos de morte. O maestro Claudio Cohen, diretor artístico da orquestra, conta que o grupo tocará, nesta data, seis sinfonias e outras obras primas do celebrado compositor. Enquanto isso, Cohen lembra que Subramaniam, o homenageado da vez, é uma personalidade mundial da música, com mais de 200 gravações e apresentações nas principais salas e orquestras sinfônicas do mundo.

As composições da noite são todas de Subramaniam e revelam o grande talento e capacidade deste gênio do violino Indiano. O músico realiza o legado do guru e pai Prof. V. Lakshminarayana, responsável por criar técnicas de curvatura da mão esquerda e da mão direita para tornar o violino indiano  um instrumento solo.

“Sua esposa a cantora Kavita Krishnamurthy também é uma celebridade em seu país. Com milhares de músicas gravadas, ela é uma das principais cantoras que gravam as trilhas sonoras dos filmes de Bollywood”, conta o maestro. A estrutura para o concerto é composta de orquestra sinfônica, quarteto solista e coro.

Claudio Cohen conta que tem buscado, nas apresentações, levar para o público uma diversidade de repertório para enriquecer as temporadas. “O que me encanta especificamente neste repertório é exatamente o caráter diferenciado desta linguagem musical indiana”, destaca. O maestro lembra que uma orquestra sinfônica contribui para a qualificação cultural de uma sociedade, além de desenvolver e contribuir para a cultura de um povo.

Parceria

O concerto indiano faz parte da política de programação que tem como parceiras as representações diplomáticas sediadas em Brasília. Cohen conta que as parcerias têm colaborado para a divulgação internacional da orquestra brasiliense, além de permitir ao público um amplo contato com a diversidade musical. O concerto de abertura conta ainda com a participação especial do coral Ad Libitum, que é dirigido pelo maestro Eldom Soares, na obra Bharath Symphony.

Claudio Cohen lembra que a música oriental tem singularidades seja na harmonia bem como na melodia, são extremamente meditativas e também muito vibrantes. Elas trazem novas emoções e sentimentos a quem as escuta. “Ouvir esta música realmente amplia ainda mais os nossos horizontes e conhecimento musical. Será muito interessante, também, poder sentir os ritmos sedutores e hipnótico que ela tem”, destaca.

Para os próximos meses, a programação mantém seu foco na diversidade. Em março, a Orquestra Sinfônica encerra o Ciclora Bethoven, com grande coro e solistas, como a mezzo soprano Luísa Francesconi e o barítono Leonardo Neiva. Artistas nacionais e internacionais abrilhantam a nova temporada, como o pianista Suíço Joseph-Maurice Weder, a violinista Heidi Schmid e o maestro espanhol Jose Luis Castillo. Ainda no primeiro semestre, em junho, uma série de concertos ao ar livre ocorrem no CCBB com a presença do saxofonista norte-americano Brandford Marsalis como solista.

Outras atrações devem abrilhantar  o trabalho da Orquestra, que continua com os projetos a todo vapor. Músicas de alto nível continuam a enriquecer o cotidiano cultural dos brasilienses gratuitamente e o concerto indiano é apenas o pontapé inicial para a série que se inicia.

Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro
Concerto Indiano, abertura de concertos de 2018, hoje, às 20h, no Cine Brasília (106/107 sul). A entrada é gratuita.

In
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Dr. L. Subramaniam, Jean Luc Ponty, Billy Cobham

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