Apuramento para o Mundial 2018 - Portugal carimbou passaporte para a Rússia ao vencer a Suíça em Lisboa

DO TEXTO:

Cada jogo foi uma final para se chegar ao derradeiro e decisivo ante a Suíça no Estádio da Luz. Um jogo em que, de novo, para ser primeiro no grupo e não passar pelo “play off”, Portugal tinha mesmo que vencer os helvéticos, a única seleção que nos derrotou (2-0) e logo no primeiro jogo disputado em Basileia, depois de Portugal, historicamente, se sagrar Campeão da Europa.
Uma vez que nenhum dos jogadores em perigo de exclusão foi contemplado com amarelo no encontro com Andorra, o selecionar Fernando Santos, que pela mesma situação poupou alguns (inclusive CR7 na primeira parte. Na segunda entrou para abrir as hostilidades), ficou aliviado, contando, para o efeito, com todos eles para a "operação Suíça".



 Em relação ao jogo com Andorra, Fernando Santos procedeu a cinco alterações e pelo facto de jogar em casa algum favoritismo para Portugal, reconhecendo a importância do grande apoio do público, aliás, como aconteceu com a Suíça quando jogo em Basileia. E em dia do seu aniversário, Fernando Santos bem merecia a tão desejada prenda, ou seja, a entrada direta para o Mundial da Rússia. Por outro lado, o Estádio da Luz tem sido talismã para Portugal.

O JOGO - Portugal começou bem o jogo, com tranquilidade e procurando, acima de tudo, intranquilizar os suíços. Mais posse de bola de Portugal e subido no meio-campo dos helvéticos. Evidentemente que, num jogo com estas características (o empate também servia aos suíços), era importante Portugal marcar cedo. De resto, sabia-se que a Suíça jamais descuraria o contra-ataque, dispondo de jogadores velozes na frente de ataque. E isso verificou-se quando a Suíça aplicou a velocidade pelos flancos. Como sói dizer-se, a Suíça a "cheirar" área da seleção portuguesa. E, por outro lado, há que dizer que a Suíça é bem estruturada, sobretudo o seu processo de ataque. Sem dúvida, um adversário muito complicado, hoje poderio do futebol europeu. E a Portugal estava a faltar mais apoio no ataque, isto é, arriscar muito mais. E verificou-se que Cristiano Ronaldo algumas vezes veio buscar o jogo ao seu meio-campo. E com o decorrer do tempo, a Suíça com mais bola, depois de um início em que Portugal esteve melhor, só que a Suíça se recompôs rapidamente e Portugal, por seu turno, não acertava nos cruzamentos. Cédric Soares falhou em alguns lances, apesar de Portugal ter desfrutado da melhor oportunidade com remate de Bernardo Silva, correspondendo o goleiro suíço com uma espetacular defesa. Uma fase em que Portugal começou a criar mais pressão, situação em que a Suíça acusava dificuldades. Portugal tinha que manter esta postura para chegar ao golo. E, para o efeito, também melhorar o processo dos cruzamentos. E foi com um cruzamento bem medido de Eliseu que a confusão aflorou na área dos suíços, João Mário metido na jogada e, perante um emaranhado de pernas, aconteceu golo contra. Um golo que veio na melhor altura, a poucos minutos para o intervalo. Mas manda a verdade dizer que, na resposta, a Suíça esteve à beira de empatar. O jogo estava frenético. E Portugal saiu para o intervalo a vencer por 1-0, só que não podia adormecer à sombra desse golo que saiu, finalmente, de um cruzamento digno desse nome e em que foi protagonista Eliseu.

A ETAPA COMPLEMENTAR - A perder, obviamente que a Suíça iria ser diferente nestes segundos 45 minutos, ou seja, vir mais para a frente. Até ao golo de Portugal, a Suíça satisfeita com o 0-0. O golo contra, certamente que não estava nas contas dos suíços, mas o futebol tem destas coisas e Portugal, nos últimos 10 minutos, pressionava muito mais em busca desse mesmo golo. Porém, Portugal reentrou bem no jogo, recuperando amiudadamente a posse de bola e na sequência a tal alta pressão. Portugal bem no jogo e daí aflorar o segundo golo da autoria de André Silva. O corolário do que atrás referimos: a alta pressão. E a jogada deste segundo golo foi antológica. E ao minuto 13 (58 de tempo total), quem diria. Com Portugal não há superstição do 13. E há que dizer que a Suíça sentiu a forte reação de Portugal, com os dois golos a surgirem de duas recuperações de bola. A Suíça acusou o toque de forma bem profunda e os portugueses rendidos à excelente atuação de Bernardo Silva. Um monstro. Parece-nos, também, que a Suíça acusou fadiga, quiçá pelo calor que se fazia sentir em Lisboa e, naturalmente, pela desenvoltura do futebol gizado por Portugal. Mas a Suíça não atirava a toalha ao chão e daí, aos 65 minutos, o técnico helvético operar de uma assentada duas alterações, enquanto que Portugal se via privado de Eliseu, lesionado, entrando para o seu lugar Antunes.
O jogo estava mais repartido, o que era previsível em função do placard desfavorável para os suíços. Fernando Santos, atento, fez sair André Silva, entrando André Gomes para compôr mais o meio-campo. Uma substituição que surtiu os seus efeitos, com Portugal de novo muito perigoso e Cristiano Ronaldo a falhar um golo de forma incrível.

RESUMO FINAL - No cômputo geral, Portugal justificou plenamente este triunfo que colocou a nossa seleção no primeiro lugar no grupo e consequentemente  carimbar o passaporte para a Rússia, enquanto que a Suíça disputará o "play off". Uma grande festa no Estádio da Luz, o talismã da seleção lusa. Uma vitória indiscutível.                                                                                              

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2 Comentários

Comentários

  1. Amigo Carlos Alberto, parabéns por mais uma excelente reportagem desportiva. Apenas não entendi essa do Estádio da Luz "talismã" da seleção. E o Estádio do Dragom, carago?! Abraço.

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  2. Pois, neste Estádio da Luz seleções de Portugal têm alcançado importantes êxitos de apuramentos. E hoje foi mais um, por isso passou o Estádio da Luz a ser conhecido por talismã. Abraço

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