Emergência médica a bordo de um avião

DO TEXTO:

Parada cardíaca responde por 0,3% das ocorrências nas aeronaves

                                                                                                                                 
Alda Jesus
Portal Splish Splash

Um caso recente levantou preocupação das autoridades médicas e aeronáuticas. A atriz Carrie Fisher, a princesa Leia da saga Star Wars, faleceu após uma parada cardíaca a bordo de um avião a caminho de Los Angeles. Para lidar com problemas como esse, médicos da Universidade de Colônia prepararam novas orientações para as empresas aeronáuticas cuidarem de pacientes com problemas cardíacos a bordo. Uma força-tarefa, liderada pelo professor Jochen Hinkelbein, presidente da Sociedade Alemã de Medicina Aeroespacial (DGLRM), aperfeiçoou as regras e pretende divulgá-las para empresas de todo o mundo.

“A gestão de risco é uma norma na aviação, ainda mais quando se trata da saúde dos pacientes. Desenvolver programas que podem ser aplicados pelas companhias aéreas contribui para salvar vidas”, aponta Shailon Ian, engenheiro aeronáutico formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e presidente da Vinci Aeronáutica.

O estudo liderado pelo professor Hinkelbein mostra que cerca de 3 bilhões de pessoas no mundo viajaram pelo ar em 2016. A pesquisa concluiu que milhares de passageiros deverão ter problemas médicos agudos durante o voo e as paradas cardíacas respondem por 0,3% das emergências, mas alcançam 86% das ocorrências a bordo que resultam em morte.
"Hoje equipamentos como o desfibrilador já se encontram a bordo das aeronaves e os comissários de bordo possuem treinamento para atender estas emergências" ressalta o engenheiro. "Mas os voos muito longos e sobre áreas com pouca estrutura dificultam o atendimento especializado para as vítimas", afirma

Em casos como uma parada cardíaca ou um AVC as chances de sobrevida reduzem drasticamente com o aumento do tempo até que o atendimento adequado seja ministrado

“As ferramentas de gestão de risco e novos procedimentos são essenciais para o setor aeronáutico, mas elas também podem ser aplicadas em outras áreas”, afirma Shailon Ian. Segundo ele, a adoção de novos procedimentos oriundos do estudo pode balizar a atuação das corporações do setor frente as emergências. “Todas as ocorrências na aviação servem de base para o aperfeiçoamento da aviação”, conclui o especialista.

Sobre Shailon Ian
Formado como engenheiro aeroespacial do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) – a escola PREMIER no Brasil para o setor aeroespacial e aeronáutico – Shailon Ian serviu como tenente durante 5 anos na Força Aérea Brasileira (FAB), onde trabalhou na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e teve a oportunidade de participar de mais de 200 auditorias de aeronaves e empresas em todo o mundo. Depois de deixar a organização, ele atendeu clientes na área privada, trabalhando com todas as marcas e modelos de aeronaves e helicópteros corporativos. Desde 2014 é presidente e fundador da Vinci Aeronáutica.

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