Do fundo do baú (14)

DO TEXTO:




Por: Carlos Alberto Alves
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Porque recordar é viver, a partir de agora vou começar a publicar matérias que escrevi sobre Roberto Carlos desde 2010 até ao presente. Evidentemente que, em relação a 2016, não trarei à estampa matérias que, em relação a este mesmo ano, já estão inseridas neste Portal Luso – Brasileiro Splish Splash, mas, claro, só aquelas que têm a ver com o rei.

Um café e a voz de Roberto Carlos 

PORTAL SPLISH SPLASH segunda-feira, maio 30, 2011 Álbum dos Fãs 

Em tempos idos alguém me perguntou o que eu fazia para manter este meu aspecto ainda tão jovial? Claro que toda a pergunta tem uma resposta (pelo menos no meu conceito e na minha forma de actuar) e, de imediato, respondi ao meu interlocutor (que por acaso até tem o nome do meu falecido pai) que, primeiramente, não me identificava com ele, na exacta medida em que o dito cujo, logo pelas oito da matina, ingeria um “balde” (entenda-se por copo grande) de aguardente. Depois, que, tal como ele fazia no momento, não fumava. Mais: que não era (nem sou) homem de noitadas fora de casa e que, também, cuidava do meu físico com regulares caminhadas. E assim tenho mantido esta minha forma de estar na vida.

Mas, apesar de tudo, sempre vamos mudando os nossos hábitos e há um ou outro pormenor de vida que não dispensamos, como, por exemplo, o café expresso que adoro. Bebia de mais, mas hoje o número diário está muito mais reduzido, até porque a idade (2+8+9+5+6+7+4+9+5+4+1+3+3+1) já não perdoa atitudes exageradas. Já lá vai o tempo em que tomava dez cafés por dia, vício que trouxe de Angola, porque, antes de partir para essa nossa ex-província ultramarina, nem queria junto a mim o cheiro do chamado café puro. Mas, como sói dizer-se, “o peixe morre é pela língua”.

Ora, confesso que, logo pela manhã, vou à padaria tomar o meu café e, sempre que possível, cavaquear um pouco com amigos e conhecidos, um deles o próprio proprietário do dito estabelecimento, português de origem, mas que, paradoxal que possa parecer, é simpatizante do Flamengo. Contudo, como sempre digo, e não é agora que vou para uma posição contrária, gostos não se discutem. E quando falo de gostos, o meu conterrâneo, que veio para o Brasil muito jovem, sempre que eu chego coloca uma música do Roberto Carlos para que, de facto, o café seja ainda mais saboroso. E, como resposta a este gesto simbólico, digo-lhe sempre: o preito de gratidão de dois vascaínos. Claro eu e o Roberto. Também já lhe pedi que só quero ouvir EMOÇÕES quando o Vasco vencer. Na derrota, pode-me servir DETALHES porque a letra desta canção alivia um pouco o sofrimento.

Como é bom um cafezinho com Roberto Carlos.



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