Da minha mesa de trabalho - Isto é Roberto! (23)

DO TEXTO:




Por: Carlos Alberto Alves
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DO JORNAL DE DEBATES

O homem que vigia os livros do ‘rei’

Há, em algum lugar desta cidade, um depósito especial, lacrado, vigiado. Não sei dizer onde fica, em que rua, bairro, nada. Nunca vi, não posso descrevê-lo, sei apenas que existe, é real, sobre ele foram publicadas notícias, veiculadas mil informações. Nunca se divulgou tanto este refúgio, onde dormem cerca de 10 mil volumes contendo a biografia do “rei”. Acompanhava pela televisão a entrevista que o autor da proibida biografia de Roberto Carlos, Paulo César de Araújo, dava ao Edney Silvestre. À minha frente, os jornais noticiando a visita do papa ao Santo Sepulcro em Jerusalém. Meus olhos corriam do jornal para a telinha, tive uma sensação estranha.

Araújo escreveu novo livro, desta vez contando as peripécias, a odisseia que viveu com a proibição da obra na qual ele colocou dez anos de sua vida. Não se sabe agora qual será a posição do “rei” diante deste novo livro. Ah, o rei! Na minha juventude havia uma marchinha carnavalesca que era o maior sucesso. Composta por Haroldo Lobo e David Nasser em 1949, dizia: A coroa do rei /Não é de ouro e nem de prata. /Eu também já usei / E sei que ela é de lata!

Hoje, mais do que nunca, a marchinha é atual. Os carnavalescos faziam críticas que – vemos agora – atravessaram incólumes o tempo, são atuais. No momento em que o rei Roberto Carlos (quem o assessora?) condenou a biografia escrita por Paulo César ao ostracismo, viu a coroa dele rolar pelo chão. Pensar que na juventude nós achávamos o “rei” o máximo, um transgressor, a correr pelas curvas da estrada de Santos, mandando que tudo o mais fosse para o inferno. Não era, não é.

Cerca de dez mil livros apodrecem num depósito. Não sabemos as condições de conservação destes volumes. Seu destino, segundo o “rei”, seria inicialmente a fogueira. Recuou, quando a imprensa lembrou que Goebbels, ministro da propaganda do Terceiro Reich, nos anos 30, tinha queimado milhares de livros em fogueiras públicas. Foi então decretada a “prisão” dos volumes. Que apodreçam na solidão de uma masmorra, decidiu-se. O papel é frágil e sob determinadas condições acaba se desfazendo. Que feneça por si a biografia do Roberto. Assim, os exemplares foram confinados num depósito, trancado e com um vigia. Agora, aqueles são os livros do “rei”.

TEMAS QUE MARCARAM CADA PASSO DE SUA CARREIRA 

COMPOSIÇÕES 

“A letra de uma música é coisa de imaginação do compositor. A gente compõe muita coisa que nós vivemos, mas também há músicas que imaginamos ou que ouvimos falar do tema e que acabamos criando todas  essas imagens para fazer a música. O processo de criação é muito variável. Ele pinta de formas e maneiras diferentes. Para compor uma boa música, é preciso se concentrar”.

FORÇA DO AMOR

“O amor tem uma força muito grande, é uma coisa fantástica que a gente às vezes não sabe o tamanho dessa força. Eu estou vivendo momentos delicados para saber a verdadeira força do amor, e o que tenho feito é superar a dor com toda essa força, esse amor, essa energia que as pessoas me têm passado. Eu tenho me apoiado em tudo isso também, e sempre pensei muito positivamente”.

DEPOIMENTOS DE FÃS

PERIQUITO DO FAIAL - Roberto Carlos marcou a minha geração. Dono duma voz inigualável, conseguiu, ao longo dos anos, produzir música que se tornou popular não só por ela em si como pelo cantor. É o REI! Está tudo dito!

ANÓNIMO – É, na verdade, um ser humano maravilhoso, para além de encantar com as suas canções românticas. Porém, tanto quanto me apercebo pelo que tenho lido no Splish Splash, sobretudo através dos escritos de um jornalista profissional, o Rei Roberto Carlos tem que estar um pouco mais perto daqueles que diariamente o divulgam em grande escala. Apesar do grande amor robertocarlístico, todos se lamentam dessa mesma ausência.

CONTINUA



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