Da minha mesa de trabalho - Isto é Roberto! (16)

DO TEXTO:




Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@bol.com.br
Facebook
https://www.facebook.com/carlosalberto.alvessilva.9


Nesse trabalho a que nos propusemos, hoje vamos falar do carinho e amor que Roberto Carlos sempre teve pela mãe D. Laura Moreira Braga. E, nos seus shows, Roberto Carlos nunca se esquece de cantar a canção que dedicou à mãe. Sintomático! Isto é Roberto!

O sucesso não mudou a personalidade carinhosa de Roberto Carlos, que fez questão, todo o tempo, de dar para a mãe todo o conforto e respeito. Dona Laura Moreira Braga até virou nome de iate, o Lady Laura, agora o Lady Laura IV. Foi uma das maneiras que o bom filho encontrou para homenagear a mãe que ele tanto ama e à qual deve muito de sua carreira. Foi ela sua maior incentivadora e responsável por sua primeira apresentação na Rádio Cachoeiro de Itapemirim. Roberto tinha apenas nove anos quando Dona Laura levou-o para cantar na matinal infantil da emissora. Foi também com a mãe que aprendeu os primeiros acordes de violão e piano, até entrar para o Conservatório Musical de Cachoeiro. Em sua primeira apresentação, vestido com as roupas que a mamãe fazia em noites esticadas e mal dormidas, Roberto cantou o bolero Amor Y Más Amor. Na plateia, Dona Laura aplaudiu de pé. E desde então é Roberto que a aplaudiu de pé. Como mãe e como mulher que jamais negou sacrifício e amor aos filhos.

FRASES DO REI – Roberto Carlos nunca foi de muitas palavras (a não ser para cantar), mas ainda assim tornou definitivas e personalíssimas (e já célebres) algumas definições como “bicho”, expressão que usa para referir-se a alguém e “é uma brasa, mora!”, frase para referir-se a alguém que virou quase obrigatória em muitas 
conversas, inclusive nas muitas entrevistas que tem dado.

Relativamente a Lady Laura, deixou aqui registado um dos artigos que publiquei no Portal Splish Splash:

Já escrevi, anteriormente, que sou um incondicional fã de Roberto Carlos e de Ivete Sangalo. Dos dois, em situações diferentes, teci comentários de apreço, de alegria pelo facto de agora estar mais perto dos dois. Melhor dizendo: encontrar-me no país onde nasceram e despontaram para a vida artística.

De Roberto Carlos, lembro-me que, em 2000, em Portugal, escrevi um artigo sobre o seu sofrimento com a morte da sua esposa, Maria Rita, vítima de doença grave. Morreu a outra grande paixão de Roberto Carlos.

Lady Laura foi uma das canções com mais sentimento que Roberto Carlos cantou. E havia razão para isso, tratando-se de sua mãe, por quem o "rei" sempre dedicou o máximo de carinho, de atenção, enfim, o tudo de bom que ela sempre mereceu. Roberto Carlos nunca esqueceu o apoio da mãe no início da sua carreira. Nunca esqueceu a liberdade que ela lhe deu para trocar um curso de medicina pela paixão de cantar. Mas aqui, creio que ficou uma das máximas que se conhecem, do perder e ganhar. Quer isto dizer que possivelmente se perdeu um futuro médico de média baixa para se ganhar um cantor que apaixonou o mundo e que é, indiscutivelmente, uma das maiores referências do Brasil, à semelhança do que foi Amália Rodrigues para Portugal.

Quando estava a comemorar os seus 50 anos de carreira, com um "show" em New York, Roberto Carlos deparou com uma tristeza de grandes proporções ao ser informado da morte de sua mãe, Lady Laura, como era chamada.

Só quem está distante do último suspiro de um ente-querido é que, realmente, poderá valorizar o duplo sofrimento. Na mente, fica sempre isto: "eu não estava lá". Comigo passou-se o mesmo quando, em 1991, meu pai faleceu. Custa muito. Por isso mesmo, senti dentro de mim a própria dor de Roberto Carlos que, pela sua condição, acabou por estar presente no último adeus à sua estimada mãe.

Roberto Carlos é forte e, por certo, está ultrapassando uma fase difícil da sua vida. Contudo, sempre que cantar Lady Laura, uma lágrima cairá pelo seu rosto.




POSTS RELACIONADOS:
Enviar um comentário

Comentários