Ninguém consegue se manter no topo sem se adaptar à mudança dos tempos. E ninguém consegue manter o nível do trabalho se foge às características básicas de sua formação musical. Ao longo dos anos, Roberto Carlos tem seguido esse caminho estreito com um saldo de raros arranhões. Quando a Jovem Guarda, movimento que o projetou, deu seus primeiros sinais de esgotamento, Roberto Carlos foi o primeiro artista a se adaptar aos novos tempos e sair pela tangente do romantismo. Mais tarde, gravaria músicas sertanejas, valorizaria as canções religiosas tão ao gosto de um público que foi ficando sempre mais maduro, utilizaria ritmos latinos, experimentaria projetos sertanejos, gravaria em espanhol. Mas nada disso o afastaria de suas bases: o romantismo nas letras e, como forma musical privilegiada, a balada e os rocks suaves – a exemplo da balada country que é atualmente uma das músicas mais tocadas nas rádios brasileiras. Amor sem limite. Os mais velhos sempre dizem que Roberto Carlos tem carisma, mesmo antes de saber o que essa palavra significa. Agora que o significado corrente da expressão é muito familiar, e muitas vezes usado de forma exagerada, lembrar a origem do termo pode ter, especialmente no caso e Roberto Carlos, um significado todo especial: carisma, para os antigos era e é “o dom da graça divina”. Se algum artista tem tal dom, esse é Roberto Carlos. Deve ser por isso que ele é chamado de Rei.
FRASE – O início da década de 60 marcou uma nova fase na música brasileira. Os cabeludos andavam de botinhas sem meias. Os cadillacs conversíveis tomavam o lugar dos rabos de peixe e as meninas ternurinhas deliravam com o pão do Roberto, que era uma brasa, mora!
Por: Carlos Alberto Alves
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