Da minha mesa de trabalho - Eu trouxe Roberto no pensamento

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@bol.com.br
Facebook
https://www.facebook.com/carlosalberto.alvessilva.9


Concretizei o sonho. Quando desembarquei no Galeão, olhei para o céu e agradeci a Deus. Cogitei e, ao percorrer uns pequenos metros da pista, voltei a olhar para o céu com este pensamento: a ti me entrego meu Deus! Na verdade, estava entregue ao meu próprio destino, sem nenhum familiar nestas paragens.

Porque, como digo sempre, vim de férias, adorei e fiquei, fui amadurecendo a ideia para aqui permanecer. Dito e feito. Hoje, já estou legalizado, já estou familiarizado com muita gente amiga. Não é difícil fazer amigos no Brasil. Este povo é bom, mas sofre muito com a classe política, com os problemas da educação, da saúde e muito mais. Este país tem condições para estar no patamar superior à escala mundial, mau grado a violência que grassa. E porque grassa violência? Se não houvesse tanta corrupção, menos pobreza pelo próprio fato, isso não aconteceria. Esta a minha convicção. Estarei errado?

Por tudo isto, já considero o Brasil a minha segunda pátria. Uma coisa é certa: posso morrer aqui (o mais provável, quem sabe...), mas nunca deixarei de ser português, como também nunca deixarei de estar ao lado do Brasil, como sempre o fiz quando residia em Portugal. Até num jogo Portugal-Brasil vou torcendo para que empatem. Assim, fico duplamente satisfeito. Mas (há sempre um mas...), se houver um vencedor, que seja Portugal. É legítimo da minha parte.

Finalmente, deixar aqui, mais uma vez, o preito da minha gratidão a todos aqueles que me colocaram nos núcleos de amigos. Amo todos com o mesmo carinho e ternura. Bem haja brasileiros amigos!

NOTA FINAL – Apenas uma mágoa: o nunca ter vindo ao Brasil em serviço de reportagem. Sempre o desejei, mas, nesse sentido, não se proporcionou. Mandaram-me, por exemplo, oito vezes para os americanos. Valha-nos que, felizmente, sempre encontrei muitos portugueses e brasileiros. Na última viagem, reporta a 2000, na cobertura da célebre Maratona de NY, deparei em New Jersey com muitos brasileiros. Fizemos festa. E aqui confesso que o brasileiro é mais divertido que o português e, seguramente, mais família. Contra factos não há argumentos. De resto, também dizer que, sendo fã desde muito jovem, trouxe Roberto Carlos no meu pensamento. E havíamos nos cruzar com a minha escrita. E já são muitos quilómetros de letras. 


POSTS RELACIONADOS:
Enviar um comentário

Comentários