Crónica de ficção - A célebre bacalhoada no Porto

DO TEXTO:




Por: Carlos Alberto Alves
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Dizem que o gajo é do carago. Na verdade, ele é um ser humano que revela muita capacidade e uma invejável compreensão. Desde o primeiro dia que me contatou para publicar uma matéria minha inserida no Azores Digital (relacionada com a mãe do rei), fiquei logo com a impressão que estava na presença de um ser humano correto e profundo conhecedor das leis que regem a mídia, para além de uma excelente visão das coisas em matérias de publicações e fotomontagens. Daí que tenha gostado e continuei. Daí que saí por uma pequena divergência, mas, nem por isso, deixei de admirar o cidadão em causa. Daí que tenha voltado com enorme prazer, com a mesma disposição de sempre, com o mesmo profissionalismo que me tem acompanhado nestes 52 anos (a completar no próximo dia 10 de março) de carreira, para mim bastante satisfatória pelo muito que produzi quer ao nível nacional (Portugal) quer ao nível internacional (as grandes reportagens no estrangeiro, incluindo agora o Brasil onde me encontro). De resto, dizer que me sinto bem nesta casa construída pelo Armindo, agora muito melhor porque já “brinco” com as colocações das minhas matérias. Custou, mas foi, ou não terá sido assim, professor?

A FICÇÃO - Existe uma grande amizade entre Armindo e Eduardo Lages. O maestro também reconhecedor da criatividade do gajo do carago, o ilusionista que, segundo o Hubert Mágico, é o (sic) “melhor da sua rua”. Eu acrescentaria da sua rua e arredores. Mas não me perguntem o nome dos arredores da Maia, porque aí dou um enorme vacilo. Mas, retornado à amizade entre Armindo e Lages, não passou ao rol dos esquecidos a célebre bacalhoada no Porto (a foto reproduzida serve de veracidade dos fatos. Não é fotomontagem, não). Só que eu lá estava oculto numa mesa, bem pertinho desta famosa dupla. Não dava para escutar todas as conversas, mas uma, felizmente, apanhei. Esta: o maestro pergunta ao Armindo onde ele me tinha descoberto (dei uma grande risada, sem, contudo, chegar aos dois) e o gajo do carago respondeu tintim-por-tintim. As conversas amistosas foram prosseguindo com aquela deliciosa bacalhoada bem regada. Armindo, como sempre, um anfitrião de se lhe tirar o chapéu, sorridente e feliz pelo encontro com o maestro Eduardo Lages. Eu não fui no bacalhau, mas tão somente numas lulas grelhadas, a preceito. Até tive por optar por umas tripas à moda do Porto, mas lembrei-me que os meus intestinos não iriam suportar. Quando eles brindaram, eu na minha mesa também levantei o copo que continha um delicioso vinho branco e fiz o mesmo, proferindo baixinho esta frase: Que Deus conserve essa amizade. Afinal, também sou um gajo do carago. 

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