DO TEXTO:
Cada revista ou jornal em que Roberto Carlos sai, ela guarda
Elton Rodrigues
O ano
era 1977. Uma jovem de 19 anos engravidou do então namorado e teve o filho.
Anos depois, se separaram. Ele se casou e ela seguiu a vida ao lado do bebê. A
história de amor acabou, mas é lembrada a cada vez que ela liga o rádio ao som
da “Outra vez”, de Roberto Carlos. A música conta a história de um caso
de amor cheio de altos e baixo. Relacionamento encerrado, mas que deixou
saudades. Caso semelhante ao da mirassolense Vera Lúcia Doro, 57 anos. Por
causa da música que ela considera a trilha sonora da sua vida, nasceu também
outro tipo de afeto, o amor de fã para ídolo. “Parece que fala de mim. É a
música da minha vida”, disse.
Graças à
identidade com o ídolo, ela passou a seguir os passos do artista. Cada revista
ou jornal em que ele sai, ela guarda. Tudo que é relacionado ao cantor, ela
procura adquirir. Já são 15 discos, 10 CDs e centenas de recortes, coleção para
fã nenhum colocar defeito. “É uma coisa muito prazerosa para mim. Ele (Roberto
Carlos) é uma ótima pessoa. Muito carinhoso e preocupado com as questões
humanas. Um verdadeiro ídolo, por isso sou tão fã”, afirmou.
A paixão pelo
rei é tamanha que ela nunca perdeu um especial de fim de ano dele, desde 1974,
quando começou a ser exibido pela Rede Globo. Todo ano é o mesmo ritual, ela
reserva a noite da véspera de Natal para ver a apresentação de seu ídolo. E não
é só no especial que ela fica em frente à televisão para assistir ao show.
Todos os programas que anunciam a ida do rei, ela assiste. “O especial é o
clássico, né. Não perco nenhum. Também assisto todos os programas com sua
participação”, disse.
É claro que a apresentação ao vivo é melhor para
cada fã. Com ela não é diferente. Vera já foi em dez shows dele, alguns em Rio
Preto, outros na região e um na Capital. Para ela, não tem tempo ruim quando o
assunto é show de Roberto Carlos. Prova disso são algumas “loucuras” que ela já
cometeu. Como a de vir de ônibus em um sábado e chegar a um shopping da cidade
às 8 horas, duas horas antes da abertura do local, só para comprar um ingresso
do show ou a de fazer a assinatura de um jornal de Rio Preto para ganhar um par
de ingressos de uma apresentação.
“Naquela vez
corri para comprar os ingressos. Fui a primeira da fila, mas já tinham vendidos
todos os de R$ 100 pela internet. Não tinha dinheiro para pagar mais caro,
então uma amiga me disse da promoção. Corri para assinar o jornal”, disse. Esse
e outros ingressos, ela guarda na coleção e na memória junto com revistas das
década de 70, recortes antigos e atuais de reportagens com o ídolo. “Tudo
referente a ele eu compro e guardo”, afirmou.
O único
objeto que ainda não conseguiu não está à venda. É uma das rosas que ele
distribui nos shows. Esse é o sonho dela. “Ainda vou conseguir. Tenho uma
pétala que minha amiga me deu, mas não é a mesma coisa. E quem sabe, se Deus me
ajudar, ainda consigo fazer o cruzeiro dele”.
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Comentários
E eu, a única coisa que quero é ir ao camarim e tirar uma foto abraçadinha ao Rei! Pensei que em Portugal, eu iria ser convidada para ir ao camarim, já que tinha ido daqui da Bélgica até Portugal com "banner" publicado no site oficial do Rei e tudo, mas acho que não sou merecedora dessa honra de tirar uma foto com o Rei. Pelo menos, acho que ainda não chegou a minha hora. Só Deus é quem sabe quando esse dia chegará e se há de chegar!
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