COI ainda acredita no Rio de Janeiro

DO TEXTO:


 
Por: Carlos Alberto Alves
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No Brasil, entre 2014 e 2016, vamos ter os dois maiores eventos desportivos, respectivamente, a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. Curiosamente, eu que me encontro no Brasil há sete anos a esta parte, fiz cobertura desses mesmos eventos em 1982 (Espanha) e 2004 (Grécia), de tal


modo que tenho a noção dos valores sócio-desportivos e, também, como funciona uma organização deste género, mormente no aspecto de segurança. Em ambos os casos tenho que confessar que a perfeição esteve de mãos-dadas com espanhóis e gregos. Realmente, e falando dos JO, a segurança na Aldeia Olímpica mereceu os maiores encómios, inclusive na parte tocante aos jornalistas que realizaram o seu trabalho sem problemas e, em termos de meios técnicos à disposição, só temos um adjetivo para realçar a funcionalidade da máquina grega: A CONTENTO DE TODOS!

 Para alguns observadores de outros países, a conquista do Rio de Janeiro para sede dos JO de 2016 não os convenceu e cuja linha de raciocínio tem a ver com a violência que grassa na “Cidade Maravilhosa”. Neste ponto, tudo é discutível, e cuja situação de desconfiança assumiu maiores contornos com os últimos acontecimentos, ocorridos e que denominam por “atos de terrorismo”.
Ora, em relação a isso, e como era previsível, o Comité Olímpico Internacional (sigla COI) manifestou-se confiante na organização "em segurança" dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. A reação surge na seqüência dos confrontos entre polícia e narcotraficantes na cidade brasileira, que têm provocado muitas mortes.

 "A segurança é um aspeto muito importante dos Jogos Olímpicos. Temos confiança na capacidade do Brasil de organizar os Jogos em segurança dentro de sete anos", afirmou em Londres, o porta-voz do COI, Mark Adams.

Os incidentes têm surgido depois de o COI ter atribuído a organização dos Jogos Olímpicos de 2016 ao Rio Janeiro, que venceu as candidaturas de Madrid, Tóquio e Chicago (Estados Unidos) e se tornou a primeira cidade sul-americana a ser escolhida para acolher o evento.

 O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, vem afirmando segurança nos Jogos, apesar de ter admitido "que ainda há um longo caminho a percorrer" em matéria de segurança. Pois bem. Nós afinamos pelo mesmo diapasão, ou seja, que o caminho a percorrer é longo, daí a esperança de uma acentuada melhoria nesse sentido. Porém, pensamos que as autoridades brasileiras terão que começar a agir o mais rapidamente possível para, uma vez por todas, porem cobro a incidentes desta natureza e cujo impacto é sempre grande nos mídia estrangeiros, sobretudo espanhóis, japoneses e norte-americanos, candidatos vencidos pela candidatura do Brasil, neste caso concreto do Rio de Janeiro.

 Um cidadão português, meu conterrâneo, fez esta afirmação num jornal nacional de enorme projeção:

 “A cidade do RJ é linda, desde que se esteja virado para o mar e de costas para os morros... e daqui a 3 (Mundial) ou 5 (JO) anos vai ser ainda pior... Foi uma decisão vergonhosa do COI, vamos ver se ainda a vão alterar...”

Ó senhor MT, que é isso de decisão vergonhosa? Você fala do Rio de Janeiro sem conhecer a sua beleza. Muito mais bela do que o português que você escreve. Esse sim é vergonhoso. E fico por aqui.

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