A cultura e a disciplina dos alemães

DO TEXTO:








Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@hotmail.com
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Já referi, em anteriores artigos (matérias aqui no Brasil), que passei pela Alemanha três vezes em serviço de reportagem, sempre convidado pelo TV Clube 1860 de Immenstad, na pessoa do meu querido amigo Carlos Borba, um português de sucesso naquela cidade do Sul da Baviera. Naturalmente que, em todas essas viagens, visitei Munique, tendo passado pela cervejaria do Bayern, colosso do futebol alemão. Sempre fui bem recebido em Immenstad, principalmente na derradeira presença em que acompanhei (também ela convidada) a campeoníssima do mundo e olímpica, a maratonista Rosa Mota.


Por conseguinte, fiquei, motivado por essas viagens, expressamente convidado com a representatividade do meu jornal, mais ligado à cultura dos alemães, ficando impressionado com a sua disciplina, maior incidência nas escolas onde os alunos têm um comportamento exemplar, conforme constatei numa das aulas a que assisti, por deferência da directora de um colégio que, amavelmente, acedeu à minha pretensão.

Ora, porque a Alemanha já faz parte do meu trajecto jornalístico, fiz questão em assistir, em Petrópolis (Cidade Imperial), à BauernFest, promovida pela descendência alemã. Na realidade, pelo que verifiquei os alemães residentes em Petrópolis não esqueceram as suas raízes, com os seus trajes, com a sua forma de desfilar, com a sua contagiante alegria. Fez-me recordar uma das festas em que participei em Immenstad, com muita música e muita cerveja. Os alemães bebiam e eu comia um saboroso salsichão. Levantar um daqueles canecões de cerveja não era para mim. Eu me confesso: nesse sentido, sou mau jogador, melhor dizendo, mau bebedor.

Voltando ao desfile, fiquei maravilhado, sobretudo por ver tanta criançada sorridente, participando com esfuziante alegria. Foi bonito de ver. Pelos vistos, o futuro da BaurnFest está assegurado. As bandas musicais (dos colégios), o folclore, a dança, tudo isso em perfeita harmonia. De resto, há que acrescentar que foram os alemães os primeiros colonos que chegaram a Petrópolis, situação ocorrida em 29 de Junho de 1845. Viajaram no navio Justine, que se dirigia para Sidney (Austrália), mas que acabou por rumar para o Rio de Janeiro, ao que consta por ter a bordo vários colonos doentes. No final desse mesmo ano (1845), 1921 alemães já estavam em Petrópolis. Mais: 29 de Junho é feriado em Petrópolis para assinalar a chegada desses mesmos alemães.

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3 Comentários

Comentários

  1. Olá, Carlos Alberto!

    Muito interessante este artigo sobre Petrópolis que me fez lembrar que no Brasil existe uma outra localidade, designadamente Florianópolis, em Santa Catarina, com grandes tradições dos Açores, que o mesmo é dizer da terra natal do Carlos Alberto que por certo terá algo a nos contar sobre o assunto.

    Abraços

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  2. Olá Carlos Alberto!

    Aí está um lugar que gostaria de conhecer, Alemanha.
    Meu bisavô materno era alemão.
    Olha que descendência boa a minha, alemã e italiana...

    Um abraço,
    Carmen Augusta

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  3. Meu caro Armindo:
    Logo que cheguei ao Brasil, estive em Santa Catarina onde pululam muitos açorianos outrora emigrados para este país. Fui numa excursão saida da pequena cidade de Carmo (interior do Estado do RJ) e o mais curioso é que o Diário de Santa Catarina soube da minha presença e enviou até mim um repórter (neste caso uma) e um fotógrafo. No dia seguinte, era figura de destaque do referido jornal. Como eu sempe digo, o mundo é pequeno...
    Um abraço.
    Carlos Alberto Alves

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