Escritor do Mês na Biblioteca Camões | AGOSTINHO NETO - Luanda 10 e 24/09

DO TEXTO:
ESCRITOR DO MÊS NA BIBLIOTECA CAMÕES
8ª Edição –  dia 10 (2ª feira)  e dia  24 (2ª feira) de Setembro  de 2018 -10H00
AGOSTINHO NETO

O CAMÕES/CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS (Av. de Portugal nº 50), no quadro do seu desígnio de  promoção da língua portuguesa e de  divulgação de autores de língua portuguesa, criou na sua BIBLIOTECA um Núcleo de Leitura que revisita autores consagrados  de língua  portuguesa,  através da leitura colectiva de extractos das respectivas  obras e das biografias. Este Núcleo de Leitura, com momentos interactivos, conta com a participação activa de jovens, na sua maioria, estudantes universitários e pré-universitários, utentes da Biblioteca.

Em dois dias de cada mês, com, ou sem, presença do Autor,  a obra e a biografia do autor escolhido  são  revisitadas e analisadas.   

Na 8ª Edição/Setembro de 2018 do “Escritor do Mês na Biblioteca Camões”, nos  dias 10 (2ª feira) e 24 (2ª feira), a partir das 10H00,  será  revisitada a obra poética de  AGOSTINHO NETO, integrando,  assim, a  8ª Edição do FESTINETO, em alusão ao Dia do Herói Nacional, que se assinala a 17 de Setembro.   

SOBRE O  POETA

“Às casas, às nossos lavras
às praias, aos nossos campos
havemos de voltar
Às nossos terras
vermelhas de café
brancas de algodão
verdes dos milharais 
havemos de voltar” 
(Agostinho Neto in “Havemos de Voltar”)

AGOSTINHO NETO nasceu na aldeia de Kaxicane, região de Icolo e Bengo, Província do Bengo.

Após ter concluído o curso liceal em Luanda, viria a tornar-se rapidamente uma figura proeminente do movimento cultural nacionalista que, na décadada de quarenta, conheceu uma fase de vigorosa expansão em Angola.

Muda-se para Portugal, em 1947, para estudar Medicina, na Faculdade de Medicina de Coimbra, e posteriormente na de Lisboa.

Envolve-se, desde muito cedo,  na actividade política sendo preso em 1951, quando reunia assinaturas para a Conferência Mundial da Paz em Estocolmo. Após a sua libertação, retoma a actividade política, tornando-se representante da Juventude das colónias portuguesas junto do Movimento da Juventude Portuguesa, o MUD juvenil.

Em Fevereiro de 1955, é novamente preso pela PIDE (Polícia Política) e, em Junho de 1957, é libertado.

Em 1958, licenciou-se em Medicina, na Faculdade de Medicina de Lisboa. Neste mesmo ano, foi um dos fundadores do clandestino Movimento Anticolonial (MAC), que reunia patriotas oriundos das diversas colónias portuguesas. Exerceu medicina após o seu regresso a Angola, em 30 de Dezembro de 1959. A 8 de Junho de 1960, foi novamente preso pela PIDE no seu consultório em Luanda, tendo sido transferido para uma prisão em Lisboa e, mais tarde, foi enviado para Cabo-Verde.

Sob forte pressão, interna e externa, Agostinho Neto foi libertado em 1962, tendo fixado residência em Portugal. Em Dezembro desse mesmo ano, foi eleito presidente do MPLA durante a Conferência Nacional do Movimento. Em 1970, foi-lhe atribuído o Prémio Lótus, pela Conferência dos Escritores Afro-Asiáticos com a "Revolução dos Cravos" em Portugal e a derrocada do regime fascista de Salazar, em 25 de Abril de 1974.

Agostinho Neto regressa a Luanda no dia 4 de Fevereiro de 1975, sendo alvo da mais grandiosa manifestação popular de que há memória em Angola.

Membro fundador da União dos Escritores Angolanos foi eleito pelos seus pares Primeiro Presidente da República, em 1975.

Obra Literária

Poesia

1957 – Quatro Poemas de Agostinho Neto, Póvoa do Varzim, e.a.
1961 – Poemas, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império
1974 – Sagrada Esperança, Lisboa, Sá da Costa (inclui poemas dos dois primeiros livros)
1982 – A Renúncia Impossível, Luanda, INALD (edição póstuma)

Política

1974 – Quem é o inimigo… qual é o nosso objectivo?
1976 – Destruir o velho para construir o novo
1980 – Ainda o meu sonho
– Caminho do mato
– Aspiração
– Fogo e ritmo

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