Nitrogênio, o nutriente dos processos fisiológicos

DO TEXTO:

Iniciativa do NPV mostra a importância e como age cada nutriente para plantas, animais e seres humanos

 De extrema importância para o planeta, o elemento químico nitrogênio representa 78% do ar atmosférico da terra, em volume. Derivado do grego nitrogenium, também é chamado de Azote, que significa sem vida.  Componente essencial dos aminoácidos e ácidos nucleicos, o nitrogênio é um nutriente mineral essencial para seres humanos, animais e plantas.

 Para notar a importância desse nutriente, é só se atentar para a quantidade de alimentos orgânicos e inorgânicos que contém nitrogênio e que são consumidos em larga escala pela população. Os alimentos com maiores quantidades são vegetais e frutas como alface, rabanete e espinafre. Produtos lácteos, carnes e peixes contêm grandes quantidades de nitrogênio, mas não nos níveis dos vegetais. Carne curada, como a salsicha, que é preservada com nitrato de sódio, também é mais uma fonte de nitrogênio.

 Usado pelo organismo dos seres vivos para a produção de moléculas complexas necessárias ao desenvolvimento, como aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos, o nitrogênio corresponde a cerca de 1,25%  do corpo humano. Formam as bases nitrogenadas, o DNA e o RNA, substâncias que comandam a produção das proteínas, estruturas fundamentais para a existência. São chamadas de moléculas da vida.  Portanto, sem esse nutriente, plantas, animais e seres humanos não teriam como sobreviver.

 “Nas plantas, o nitrogênio é essencial para o crescimento, desenvolvimento e reprodução, e também para a formação das proteínas, substâncias que fazem parte dos tecidos vegetais. É indispensável à vida delas e dos animais e integra ainda, compostos do metabolismo, como a clorofila, os alcaloides, hormônios, enzimas e vitaminas”, esclarece o engenheiro agrônomo Valter Casarin, coordenador científico do Nutrientes para a Vida. 

Esta iniciativa busca orientar produtores e o conjunto da sociedade sobre o manejo adequado dos nutrientes, para a geração de alimentos com qualidade, segurança e em escala necessária para atender à demanda populacional e, em consequência, obter o barateamento dos produtos agrícolas.

 O nitrogênio é um nutriente relacionado aos mais importantes processos fisiológicos que ocorrem nas plantas, tais como fotossíntese, respiração, atividade das raízes, absorção iônica de outros nutrientes, crescimento, diferenciação celular e genética.

 “A deficiência nas plantas causa clorose, que é o amarelecimento de tecidos, principalmente nas folhas velhas por ser um nutriente móvel dentro dos vegetais”, explica o agrônomo.

 Como um dos nutrientes mais importante para os vegetais, parte do nitrogênio que a planta necessita está presente no solo. Em situações adversas, este solo é incapaz de suprir as necessidades e é preciso adicionar o nutriente para garantir rendimento adequado. Isso porque, apesar de ser um dos macronutrientes mais utilizados nas culturas, é também o mais lixiviado nos solos, o que demanda cuidados especiais no manejo. 

Para reduzir as perdas por lixiviação, é essencial a presença de cobertura vegetal sobre o solo, o que permitirá a reciclagem do nitrogênio. Uma cobertura com leguminosa, por exemplo, tem a vantagem de fixar o nitrogênio atmosférico, enriquecendo ainda mais o solo. Frequentemente o nitrogênio é o primeiro nutriente que limita a produção vegetal.


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