Sugestões da TV Brasil para quinta (29) - Reportagem sobre refugiadas e Bianca Byington no Sem Censura

DO TEXTO:
Caminhos da Reportagem-Salsabil Matouk-refugiada Siria

Caminhos da Reportagem denuncia drama de mulheres refugiadas nesta quinta (29)

Número de estrangeiras que cruzam oceanos para pedir abrigo no Brasil cresceu

O programa Caminho da Reportagem desta quinta (29), às 21h45, na TV Brasil, revela que a quantidade de mulheres que atravessam oceanos para se refugiar no país aumentou bastante nos últimos anos.

A equipe da emissora pública mostra que nem tudo é alegria. Os jornalistas entrevistas mulheres de várias nacionalidades. Elas vieram do Haiti, do continente africano e até de regiões em conflito como Síria e Palestina. Através do depoimento dessas refugiadas é possível ter uma ideia do que significa deixar a vida como se conhecia, sem olhar para trás.

Fátima Diouf, refugiada senegalesa

Ao chegar ao Brasil, elas enfrentam o choque cultural e se chocam com o modo de vida independente das mulheres brasileiras. Uma parcela significativa dessas estrangeiras fala duas línguas, têm curso superior, mas trabalham em subempregos. "Não tem guerra no Senegal. Mas também não tem trabalho. Aqui está melhor, os brasileiros nos ajudam muito", declara Fátima Diouf, refugiada senegalesa.

Price Winfred Narutweya, refugiada ugandense

Um dos motivos que leva a escolha do Brasil é a facilidade em se obter o visto. "Eu decidir vir para o Brasil porque todo mundo em Uganda só escolhe Inglaterra, Estados Unidos e Austrália. Eu queria descobrir coisas novas", relata Price Winfred Narutweya, refugiada ugandense.

As mulheres não precisam falar nada para se saber que os turbantes, os vestidos super coloridos ou os véus discretos que cobrem o pescoço não são brasileiros. O tom da pele também é característico. São pessoas de mais de 80 nacionalidades, a maioria da África, Oriente Médio e Haiti.

Até 2012, a Cáritas que atende refugiados há 40 anos em São Paulo e no Rio, recebia no máximo dez por cento de mulheres solicitantes de refúgio. Nos últimos cinco anos, o cenário mudou: mais refugiadas chegam sozinhas ou com crianças, sem os companheiros, sem a família.

Rawa ... eer-refugiada Palestina

Segundo a organização humanitária, em 2017, houve um crescimento de 34% em relação aos últimos cinco anos. Entre essas mulheres, as grávidas também chamam a atenção. Elas preferem ter o filho fora do país que está em guerra ou numa disputa política entre tribos e salvar a própria vida.

A saudade dos parentes que ficaram para trás assola a realidade de muitas dessas mulheres. A dificuldade em se expressar em um novo idioma agrava o drama. "O mais difícil aqui foi a língua. Ninguém falava inglês e a gente não tinha internet pra conversar com a família na Síria", recorda Salsabil Matouk, refugiada síria.

No Amparo Maternal, a enfermeira obstetra Karena Castro comemora tanta diversidade de cultura e sotaque. "Na hora do trabalho do parto, alguma coisa acontece que a gente se entende, elas cantam, emitem sons como se fossem uma oração de agradecimento" emociona-se.

Refugiada e ex-presidiária congolesa E.

Apesar dos motivos para sorrir, algumas refugiadas contam episódios de medo e intolerância que viveram nesse novo destino. "A vida de refugiada é difícil, mas de refugiada presa é pior. Agora quero recomeçar minha vida no Brasil", explica a refugiada e ex-presidiária congolesa E., que não quis revelar o nome.

Refugiada angolana M

Já a angolana M., que também preferiu manter a identidade em sigilo, recorda uma situação de preconceito. "Um dia fui chamada de macaca por uma brasileira grávida que estava aqui comigo e meu bebê no Amparo Maternal. As outras moças disseram que ela não podia tratar ninguém assim. Foi a primeira vez que senti racismo por ser negra".

SERVIÇO:
Caminhos da Reportagem – quinta-feira (29), às 21h45, na TV Brasil
Caminhos da Reportagem – domingo (1), às 20h, na TV Brasil

Trajetória do fotógrafo AF Rodrigues é mostrada na série Bravos! da TV Brasil


Profissional busca retratar nova imagem de regiões marcadas pela miséria e violência

A série Bravos! registra o universo de um personagem que tem um olhar original e criativo sobre as comunidades cariocas nesta quinta (29), às 21h15, na TV Brasil. A produção original da emissora pública acompanha as reflexões e cliques de AF Rodrigues, fotógrafo profissional nascido e criado no complexo da Maré, no Rio de Janeiro.


Com a sensibilidade forjada pela fotografia humanista da Escola de Fotógrafos Populares da Maré, AF busca revelar as belezas escondidas das comunidades e propagar uma nova imagem de territórios marcados pelos estigmas da miséria e da violência.

"Há muitas belezas que não se vê, os próprios moradores não vêem. Eu trabalho com belezas que são negadas. Se nós não as honrarmos, ninguém irá. É o que fazemos na militância, usando a fotografia na quebra de estigmas: ajudar a entender a forma repressiva que se impõe numa percepção", explica AF Rodrigues.

AF Rodrigues

Filho de uma família de migrantes nordestinos, ele foi o primeiro da família a se formar no ensino superior. Ele é graduado em Ciências Agrícolas e Geografia, mas dedica-se em tempo integral à fotografia. Durante sua formação como fotógrafo, teve dois grandes mestres, os renomados fotógrafos Dante Gastaldoni e João Roberto Ripper.

Adriano já fez uma exposição solo em Londres e algumas no Rio. Atualmente, suas fotos estão expostas em algumas estações de metrô da periferia londrina. Em 2015, ele passou 45 dias na Inglaterra em uma residência custeada pelo fundação Peoples's Palace Project. Na mesma oportunidade, ele conduziu workshops de fotografia em um bairro desprovido de acesso à cultura e, como a Maré, associado ao descaso e ao abandono.


Sua paixão pela fotografia foi além do trabalho e virou um casamento. Elisângela Leite, sua companheira, também é fotógrafa e sua trajetória de talento e superação não deixa nada a dever para a do marido. Elisângela veio do Nordeste ainda menina e passou anos trabalhando como babá e depois como caixa em uma lanchonete. Por influência de Adriano e outros amigos, acabou se tornando fotógrafa e, hoje, trabalha no projeto Redes da Maré.

Ambos compartilham de um mesmo interesse em retratar as pessoas e o cotidiano das comunidades, a pulsação das ruas e pesquisam as manifestações culturais populares. Por onde passam, captam imagens de rara beleza e deixam um testemunho fotográfico de que nossos olhos precisam se abrir para tantas realidades negadas ou reduzidas na sua complexidade e humanidade.

Sobre a série

A série Bravos! da TV Brasil revela as dificuldades e as virtudes que os personagens conseguiram conciliar para a realização de seus projetos. A produção busca retratar o universo sensível, íntimo e a mudança da relação com o corpo e com o ambiente proporcionada pelo encontro com as artes e o esporte.

O vínculo de cooperação e solidariedade que se estabelece entre as diversas gerações de sonhadores-realizadores das periferias do país também é um aspecto central nas histórias apresentadas. Bravos! traz para a televisão a potência de grandes talentos e espíritos inquietos em ambientes tão desafiadores quanto criativos e cheios de humanidade.

SERVIÇO:
Bravos! – quinta-feira (29), às 21h15, na TV Brasil
Bravos! – sexta-feira (30), às 6h, na TV Brasil

Bianca Byington fala sobre os 40 anos de carreira nesta quinta (29) no Sem Censura

Bianca Byington

Atriz celebra a data nos palcos com o espetáculo "Um dia como os outros"

A apresentadora Vera Barroso entrevista a atriz e diretora Bianca Byington no programa Sem Censura desta quinta (29), ao vivo, às 17h30, na TV Brasil. Ela comemora 40 anos de carreira artística com a remontagem da primeira peça que dirigiu, "Um dia como os outros".

A artista atua, dirige e produz a comédia familiar que está em cartaz no Rio de Janeiro. O premiado espetáculo foi encenado pela primeira vez no país em 2011, como parte do projeto Duas Peças, junto com outro texto dos autores franceses Agnès Jaoui e Jean-Pierre Bacri, "Cozinhas e dependências".


Na ocasião, a montagem de "Um dia como os outros" foi aclamada pelo público e pela crítica. A peça foi agraciada com os prêmios APTR de Melhor Atriz Coadjuvante para Analu Prestes; Arte Qualidade Brasil de Melhor Atriz de Comédia para Bianca Byington e Questão de Crítica de Melhor Elenco, além de indicação para o Shell de Melhor Cenografia.

O programa Sem Censura também recebe Ellen Guimarães, gestora de sede da organização social TETO. Ela fala sobre o evento "Coleta" que acontece nos dias 13, 14 e 15 de abril em várias cidades brasileiras.

A iniciativa tem o objetivo de denunciar situações de violação de direitos nas comunidades carentes, arrecadar fundos para o movimento e atrair novos voluntários. A ação reunirá líderes comunitários, população local e responsáveis da ONG em todo o Brasil.


A ação terá formato de um grande circuito social, com conteúdo e atrações para conscientizar a população e conseguir apoio para viabilizar projetos de moradia e infraestrutura nas 40 comunidades onde a ONG atua nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e Minas Gerais.

Doutor em Economia e pesquisador do Ipea, Daniel Cerqueira é Conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e discute a intervenção federal e políticas de segurança no Rio de Janeiro. Para ele, a política de enfrentamento é ineficaz em comunidades violentas. O convidado traz número para defender sua tese e analisar o panorama do que pode ser feito nessa área.

SERVIÇO:
Sem Censura – quinta-feira (29), ao vivo, às 17h30, na TV Brasil

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