ESCRITOR DO MÊS na Biblioteca Camões | 1ª Edição - Fev. 2018

DO TEXTO:

1ª Edição - Fevereiro de 2018 (10H00)
JOÃO MELO

O CAMÕES - CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS (Av. de Portugal nº 50), no quadro do seu objectivo de promoção das letras e da língua portuguesa, vai promover a divulgação de autores de língua portuguesa na sua BIBLIOTECA, através da leitura colectiva de extractos de  obras e de biografias. Haverá momentos interactivos com os utentes da Biblioteca, na sua maioria, estudantes universitários e pré-universitários.

Em cada mês, será identificado um escritor, cuja obra será revisitada,  no formato referido, em dois dias ao longo de cada mês.  

Na 1ª Edição de Fevereiro de 2018, nos dias 7 (4ª feira) e 26 (2ª feira), entre as 10H00 e as 11H30, será  revisitada a obra do escritor, poeta e jornalista  angolano JOÃO MELO. Na vertente poética da sua obra, JOÃO MELO tem no amor uma fonte privilegiada de inspiração. A sua obra AMOR, lançada no auditório Pepetela em 2016, é uma ousada viagem em torno deste tema, aflorado  em várias perspectivas. Integra esta obra o poema:

CONVITE

Vem comigo ver o mar.
Deixa que a imensidão te envolva
com as suas asas de espuma
e música, até que percebas,
de repente,
como tudo está perfeito:
as ondas traçando
os seus desígnios na areia,
a canção estridente dos pássaros,
este sol azul
reinando sobre o dia.
Harmoniosamente equilibrado,
nas suas esferas,
o mundo: e, dentro dele,
eu, tu
e o nosso novo amor.

SOBRE O AUTOR    

MANIFESTO
Busco a poesia no âmago da vida/ou nas esquinas/ou nas curvas e/contracurvas./Em todo o lado há luz/ou sombras. E tudo/é poesia. /Não tenho escolas,/nem gurus./A linha da poesia é a linha/da vida. (João Melo) 

JOÃO MELO nasceu em Luanda. É escritor, jornalista, publicitário e professor universitário. Como escritor, possui uma vasta obra, em géneros literários diversificados,  designadamente conto, poesia, ensaio e crónica. Tem obras publicadas em Angola, Portugal, Brasil, Itália e Cuba e textos traduzidos para inglês, francês, alemão. húngaro, árabe e mandarim. Está representado em várias antologias de poesia e conto, em Angola e no estrangeiro.  Em 2009, recebeu o Grande Prémio de Cultura e Artes, na categoria de literatura, pelo conjunto da sua obra.

Obras publicadas: Imitação de Sartre e Simone de Beauvoir (1998), Filhos da Pátria (2001), The Serial Killer e outros contos risíveis ou talvez não (2004), O Dia que o Pato Donald comeu pela primeira vez a Margarida (2006), o Homem que não tira o palito da boca ( 2009), Os Marginais e outros contos (2013).   Em poesia, tem publicado:  Definição (1985), Fabulema (1986), Poemas Angolanos (1989), Tanto Amor (1989), Canção do Nosso Tempo (1991), O Caçador de Nuvens (1993), A Luz Mínima  (2004), Todas as Palavras (2006), Auto-Retrato (2007) e Cântico da terra e dos homens (2010).

JOÃO MELO, que  publicou as suas primeiras obras literárias na década 80, é reconhecido como um dos grandes poetas da sua geração, um nome incontornável da poesia angolana pós-independência. A sua obra poética tem-se desenvolvido  em cinco vertentes: lírico-intimista, telúrica, erótica/amorosa,  sócio/política e experimentalista.    O autor está a organizar toda a sua poesia em cinco volumes, cada um deles com um título autónomo: Auto-retrato (volume 1), Cântico da Terra e dos Homens (volume 2), Amor (volume 3) Polis, Poesis (volume 4) e Exercícios e Linguagens (volume 5). Cada um dos volumes terá um Posfácio escrito por um escritor de língua portuguesa, (português, africano ou brasileiro). 

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