Colóquio sobre Macau reúne a nata dos estudos luso-chineses em Lisboa

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O Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa, acolhe até quarta-feira o colóquio internacional “China/Macau: Rotas, Estreitos Marítimos e Oceanos Globais”. Viviane Zhang, do Instituto Politécnico de Macau, vai representar  o território na iniciativa, apresentando um estudo sobre o comércio de Macau durante a Dinastia Ming.

Arranca hoje, no Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa, um colóquio que procura esclarecer leigos e estudiosos sobre a relevância do comércio marítimo tanto para Macau, como para a China. Ao longo de três dias, o colóquio “China/Macau: Rotas, Estreitos Marítimos e Oceanos Globais” junta em Lisboa académicos de várias partes do mundo para uma série de debates e de palestras. O dia de hoje termina com a inauguração da exposição de caligrafia “Um Janus Cultural: A Complexidade de Macau em Exibição Caligráfica”, da autoria de Ambrose So Shu Fai, director executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM).

A comissão científica, composta pelo presidente do Centro Científico e Cultural de Macau, Luís Filipe Barreto, pelo investigador holandês Roderich Ptak e pelo presidente do conselho de administração da Fundação Macau, Wu Zhiliang, concebeu um programa com 18 intervenções de especialistas de países e territórios como a Alemanha, Hong Kong, França, Macau, Portugal, Taiwan, Itália, os Estados Unidos da América ou a Bélgica.

As palestras abrangem temas como as rotas e o comércio marítimo ao longo de vários momento da história da China, bem como o papel dos missionários e as suas viagens marítimas, o desenvolvimento da área de Macau e da província de Guangdong, a música, as rotas portuguesas no mar do Sul da China ou a génese da estreita ligação entre Macau e o mar.

Viviane Zhang, do Instituto Politécnico de Macau (IPM), é a única representante do território inscrita no certame e é a ela que cabe encerrar o primeiro dia, com uma palestra intitulada “Where the Land joins with the Ocean. A Global view of Macau Trade in Ming Dynasty” (Onde a terra se junta ao Oceano. Uma visão global do comércio de Macau na Dinastia Ming, em português).

Isabel Murta Pina, do Centro Científico e Cultural de Macau, é uma das participantes que integram a representação portuguesa no colóquio internacional e apresenta amanhã, pelas 15h15,  “As arcas de Álvaro Semedo. Circulação de conhecimento sobre a China através dos mares (déc. 1630)”.

No terceiro dia, Rui Manuel Loureiro, do CHAM – Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa, e Elisabetta Colla, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vão intervir com “Um incidente em Macau: A viagem do galeão de Manila de 1583 e o seu contexto global” e “Macau and the Sea: a history in verse (XVI-XVIII)” (Macau e o mar: a história em versículo [XVI-XVIII], em português).

“China/Macau: Rotas, Estreitos Marítimos e Oceanos Globais” conta ainda com a participação de Anttonella Romano, Chiara Bocci, Christina Miu Bing Cheng, Elke Papelitzky, Eugenio Menegon, Fabio Yu [Chung Lee], François Gipouloux, James K. Chin, Jiehua Cai, Jorge Semedo, Noël Golvers, Pascale Girard, Roderich Ptak e Ugo Baldini.

A exposição de Ambrose So, director executivo da Sociedade de Jogos de Macau, resulta de uma iniciativa do CCCM e do Instituto Internacional de Macau. “Um Janus Cultural: A Complexidade de Macau em Exibição Caligráfica” é inaugurada hoje, pelas 18h30, no Centro Científico e Cultural de Macau.

Ao longo dos anos, os trabalhos de Ambrose So Shu Fai estiveram presentes em mostras em Hong Kong, Macau, Xangai, Cantão e na Formosa. Em Pequim, no ano de 2005, o director-executivo da SJM levou  uma exposição com trabalhos inspirados nas matrizes da cultura Oriente/Ocidente em Macau, inaugurada pelos então Presidente Jorge Sampaio e pelo Ministro da Cultura da República Popular da China, Sun Jiazheng.


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