Ele e o rei Roberto Carlos - Histórias narradas por Carlos Eduardo

DO TEXTO:

Era o ano de 1985, estávamos no México, mais especificamente em Acapulco, show perto de iniciar-se, cheguei ao Roberto e disse-lhe: querido há ainda lá fora mais de 300 pessoas, que a segurança insiste em não deixar entrar, mas eu, pessoalmente, consultei especialistas que me garantiram ser possível elas estarem aqui conosco. O problema é que estão sem ingresso e aos gritos de ROBERTO nós te amamos. O que você, meu querido irmão amigo, me autoriza a fazer? Serenamente, Roberto olhou fundo nos meus olhos, foi ao canto do camarim, ajoelhou-se perante uma imagem do SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, que o acompanha sempre, e permaneceu por exatos sete minutos em oração, depois se levantou e disse-me: "Carlos Eduardo, por favor, querido, providencie em, no máximo 20 minutos, uma imagem de NOSSA SENHORA DE GUADALUPE". Em seguida disse-me rezemos um PAI NOSSO, UMA AVE-MARIA E UM CREIO EM DEUS PAI e nisso a imagem que pedi chegou.

Nós dois nos ajoelhamos e, em seguida, ele pediu que o maestro desse os primeiros acordes para sua triunfal entrada no palco e me deu uma ordem: “assim que eu iniciar o show manda abrir os portões”. Cumpri à risca a ordem dada pelo rei. No final do show, ele me disse, pois fui o primeiro a recebê-lo deixando o palco: "tudo deu certo, conforme havia dito. Esse público que entrou sem pagar deu mais emoção ao meu show". De seguida, nos abraçamos e eu o levei para o camarim.

Após retornarmos de um grande show, sentimos tremores de terra e, para completar, uma notícia de que as Farc invadiriam Bogotá e Medellín. Tivemos que ficar três dias enclausurados no hotel e somente ROBERTO, com suas orações e serenidade, acalmou a todos dizendo: "fiquem tranquilos, voltaremos em paz para nossas casas no Brasil".



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