Carlos Alberto Alves, jornalista com estatuto internacional e, entre outros, redator do luso-brasileiro Portal Splish Splash

DO TEXTO:

Por. Armindo Guimarães

Já foi jogador de futebol, treinador, árbitro, mas o jornalismo está-lhe na pele. Alguém disse dele que “escreve amizade ao correr da pena”. Açoriano dos sete costados, que um dia resolveu passar uns dias de férias em Terras de Vera Cruz e já lá vão 13, não dias, mas anos. Férias grandes, já se vê! Carlos Alberto Alves tem uma série de admiradores em toda a parte, designadamente nos Açores e na diáspora açoriana, em especial nos Estados Unidos e Canadá, países onde já se deslocou várias vezes em reportagem. Também no Facebook, em particular nos grupos dedicados ao Rei Roberto Carlos, é notório o significativo número de simpatizantes ávidos dos seus escritos. Fomos entrevista-lo para saber mais. 

PSS - Mais de 50 anos de carreira, que o mesmo é dizer, a escrever sobre tudo e mais alguma coisa. Como aquele fado da Maria da Fé “Até que a voz me doa”, neste caso, até que a mão lhe doa?

CA – É gratificante ter atingido os 50 anos de carreira e, atualmente, da minha geração, ser ainda o jornalista em atividade, completando 54 anos de carreira em março de 2018. Desta longa carreira, guardo gratas recordações, mormente as grandes reportagens que fiz no estrangeiro, nomeadamente nos Estados Unidos (8), Canadá (5) e Alemanhã (3), apenas para falar destes países. Em suma, levo para o “outro lado da vida” um curriculum que considero invejável.

PSS - A sua escola jornalística é diferente da atual por várias razões, entre elas a internet que veio revolucionar a área da comunicação. Como se adaptou ao novo sistema. Foi difícil?

CAA – Jornalisticamente falando, óbvio que não foi difícil, porém, senti algumas dificuldades no que concerne à componente de informática, ou seja, a colocação das próprias matérias, situação que, paulatinamente, fui ultrapassando com a preciosa ajuda do meu querido amigo Armindo Gonçalves Guimarães que, nesse sentido, considero um “expert”, servindo de paradigma as páginas que administra e, inclusivamente, o meu próprio Blog, cuja apresentação tem sido muito apreciada pelos visitantes.

PSS - A internet é, sem dúvida, uma mais valia na comunicação social, mas como tudo, tem os seus prós e contras. Quais são para si, como jornalista?

CAA – No que diz respeito às mais-valias, trouxe-nos a rapidez de colocarmos os nossos escritos, sobretudo aqueles que têm páginas no facebook. De resto, para os jornalistas (incluindo fotógrafos) em atividade, foi um autêntico maná, E eu que passei por tudo, telefonemas via operadora, depois o direto, telex, fax, enfim a sequência até chegarmos à internet. De contras, e que nos causa sempre algum descontentamento, quando ficamos sem net por largo tempo, facto que acontece muito no Brasil, por exemplo. Em relação ao facebook, pena, realmente, que ainda existem pessoas que não sabem aproveitar essa dádiva, usando-a com ataques pessoais e outras coisas indesejáveis.

PSS - O Carlos Alberto Alves, jornalisticamente falando, é o que se chama, pau para toda a colher, já que escreve sobre tudo e mais alguma coisa: crónicas, reportagens, entrevistas, dissertações…. Chega a ser impressionante a rapidez com que publica um artigo referente a um evento do próprio dia, como se já soubesse antecipadamente como tudo ia acontecer. Isso tem a ver com a prática ou com o prazer de escrever e de comunicar?

CAA – Sem dúvida essa trilogia que o Armindo coloca. E já são 54 anos de carreira. Por outro lado, a rapidez com que escrevo, visto que comecei a escrever à máquina com os meus 13 anos de idade. E quando mudei para o computador era um “bicho-de-sete-cabeças”. Hoje nem me falem em máquina de escrever. Curioso, né!

PSS - E por falar em comunicar, como se não bastasse a comunicação escrita, há uns tempos a esta parte dedicou-se também à comunicação oral, designadamente através do programa Rádio Face, da Ratel Web Rádio, dos Açores, onde às sextas-feiras intervém com uma crónica semanal. Há quem diga que quem escreve bem, não está tão à-vontade no uso da palavra, ou vice-versa, mas quem costuma ouvi-lo no Rádio Face, não é da mesma opinião. Uma exceção à regra?

CAA – Concordo plenamente. Conheci grandes vultos da escrita meus amigos que também sentiam isso. O microfone é um “bichinho” que mete respeito. No início das minhas colaborações em rádios, só apresentava textos para serem lidos pelos pivots em serviço. Depois, quando entrei na Rádio Horizonte, Açores, fui dando voz aos meus próprios programas. Claro que, no atual momento, estou mais à-vontade, mas, voltando ao início desta questão, é muito mais fácil escrever que falar ao microfone. Contudo, neste aspecto, com maior ou menor grau de dificuldfades, vou levando a “Carta a Garcia”.

PSS - O que a levou a gostar tanto de Roberto Carlos?

CAA - Desde o tempo da Jovem Guarda que acompanho o rei Roberto Carlos. Sempre admirei o seu romantismo e a sua forma de estar na vida, apesar de todos os problemas que enfrentou no que concerne a entes-queridos, nomeadamente a morte de Maria Rita, a sua verdadeira paixão.

PSS - Sabemos que o Carlos Alberto já assistiu a vários shows do Roberto Carlos, mas nunca esteve no camarim para lhe dar aquele abraço. Que sensação teria se lá entrasse?

CAA - Participei em vários shows na qualidade de jornalista, mas nunca tive oportunidade de visitar o rei no seu camarim, quiçá pelo fato da organização nunca se ter lembrado de mim, eu que já escrevo sobre o rei desde 2010. Se lá entrasse, começaria com a minha frase original que encerra muitos dos meus escritos: VIVE LE ROI! Depois, aproveitaria a oportunidade, dentro do tempo que me fosse concedido, para questionar Roberto Carlos sobre diversos assuntos ligados intrinsecamente à sua carreira.

PSS - Projeto Emoções em Alto Mar. Em representação do Portal Splish Splash, você esteve presente em duas edições, em especial na coletiva de imprensa. Que recordações guarda?

CAA - Sim, participei em duas coletivas do Roberto, respetivamente em 2011 e 2012. Guardo as recordações de dois encontros olhos-nos-olhos. Depois, os seus apetecidos shows. De resto, não esquecer o convívio com outros colegas da mídia, mormente Ivone Kassu (RIP) que foi uma brilhante assessora de imprensa de Roberto Carlos.

PSS - Fale-nos das páginas do Facebook que acompanha, em especial as relativas às atividades de Roberto Carlos.

CAA - Acompanho algumas, sobretudo as que estão ligadas o meu amigo Armindo Guimarães, que considero o maior fã de Roberto Carlos em Portugal. O Portal Splish Splash, que administra e que é dos melhores que por aí circulam na internet.

PSS - Acredita que Roberto Carlos ultrapassará os 80 anos de idade cantando?

CAA - Acredito que sim pelo fato da vida regrada que Roberto Carlos leva. Não fuma, não bebe e alimentação cuidada. Gosta de trepar, mas isso também é um excelente tónico para a saúde.

PSS - Qual a música que mais o fascina?

CAA - Diria todas, mas hoje adoro ouvir EMOÇÕES. Quiçá pelo meu próprio emocional quando ouço e escrevo sobre Roberto Carlos.

PSS - Muito se fala de namoradas do rei. Você também é um fã incondicional e que, por certo, entende que o rei deve casar novamente e/ou, por outro lado, ter uma companheira fixa?

CAA - Pela idade do Roberto, acho que deveria. Mas isso é um problema que só a ele diz respeito. Como sempre digo cada um é senhor da sua opção e é que sabe as linhas-com-que-se-cose.

PSS - Num show no Rio de Janeiro, os fãs pediram à Myriam para voltar a viver com Roberto Carlos. Concorda com isso?

CAA - Achei deselegante essa proposta que fizeram ao Roberto. E o que respondi na questão anterior também se aplica aqui, ou seja, um problema que só a ele diz respeito. O Roberto deve sentir pela Myriam algo que fez parte da sua vida e, por conseguinte, pela sua forma de ser, não deixou de respeitá-la e também ser seu verdadeiro amigo. E tem aquela canção do Roberto que diz... SE O AMOR SE VAI...

PSS – Estamos certos que esta entrevista vai interessar aos nossos leitores. Muito obrigado.

CAA – Muito obrigado?! E o resto?

PSS – Que resto, carago?!

CAA – Então por ter sido entrevistado não recebo nada do Portal Splish Splash?

PSS – Leva uma música dos Açores acompanhada com castanholas do patrãozinho do Portal e não diga que vai daqui, ora essa!

Açores – 9 Ilhas Maravilhosas


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