Brasileira é a nova representante da literatura nacional na Europa

DO TEXTO:

A autora natural do Paraná, Zia Stuhaug recebe honrarias em Genebra no II Festival Internacional de Literatura e Arte

Zia Stuhaug, brasileira moradora da Europa há mais de 10 anos e que recentemente lançou o scandi-crime Anjo Russo em terras canarinhas, otimizou o retorno para sua casa e passou por Paris e Genebra para uma premiação especial. Em Paris a escritora estudou sobre a antiga capital do amor e ainda aproveitou para deixar prontos capítulos de seu novo livro, onde as cenas se passam na eterna cidade luz.

Já em Genebra, Zia participou do II Festival Internacional da Literatura e Arte, por iniciativa da  ALALS (Académie de Lettres et Arts Luso-Suísse), e a convite de Augusto Lopes, escritor, residente em Genebra e fundador da ALALS com o apoio do Jornal Sem Fronteiras, no Brasil. No evento, recebeu O evento foi coorganizado em várias cidades e países a saber: Angola, Moçambique, Província de Benguela e Brasil,  no mesmo final de semana,  nos dias 7 e 8 de Outubro.

O evento contou com duas etapas. A  primeira etapa do evento aconteceu no Café Literário Pessoa, com escritores lusófonos vindos de vários lugares da Suíça e incluindo de outros países, como por exemplo a própria autora Zia Stuhaug da Noruega. Ela também deu entrevista para o canal de TV Lusoproductions da Bélgica.

A segunda etapa do evento aconteceu  no clube português “Olá Portugal”, seguido por apresentações de livros, recitação de poemas e uma cerimônia de tomada de posse para novos Membros Acadêmicos, no qual Zia tomou posse como membro da ALALS, e teve como patronato a paranaense Helena Kolody. 

Para escrever a obra Anjo Russo, Zia Stuhaug viajou por sete países, a contar o Brasil. Os outros países foram: Noruega, Dinamarca, Rússia, Finlândia (em especial as regiões Helsinque e Rovaniemi, na Lapônia), Estônia, Suécia.

Ainda na pesquisa, Zia esteve em dezembro do ano passado entre o povo Sámi, que säo chamadas de Lapões. Eles representam um dos maiores grupos indigenas da Europa, totalizando cerca de 70 mil pessoas, das quais 17 mil vivem na Suécia, 35 mil na Noruega, 5 700 na Finlândia e 2 mil na Rússia. Zia não só dialogou com os Samis, ela também descobriu detalhes da sua cultura.

“Quando eu lia sobre a Lapônia nos livros ou internet ou os assistia na TV  eu imaginava um povo bem diferente do que são no dia a dia da vida real. Ao visita-los eu me deparei com um povo bem mais alegre, antenado no mundo moderno, e ao mesmo tempo fiel as suas tradições. Assim, pude comprovar que os Samis não é um  um povo isolado como dá para imaginar por serem índios nativos. Eles possuem bandeira, parlamento, idioma e constituição própria." revela ela.

“Eu ouvi sobre os Samis pelos próprios Samis e isto foi muito empolgante. Descobri que seus trajes nacionais são sagrados e não são emprestados a outras pessoas como para tirar foto ou outros fins. O termo ‘Lapão’ também não é apreciado pelo povo, que prefere ser chamado somente de Sami.” completa Zia sobre as curiosidades que aprendeu.  “Aproveitei e fiz o passeio com renas e cachorros siberianos e provei de uma das comidas típicas da Lapônia, sopa de salmão com creme de leite. Na Suécia, Rússia e Estônia também tive contato com o povo nativo e foi enriquecedor aprender diferentes culturas nunca por mim tocadas antes. Estas visitas foram importantes para a veracidade dos personagens do livro Anjo Russo."

Agora, Zia está em com a família na Noruega – país no qual mora há mais de 10 anos – se preparando para lançar o seu novo título.

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