Sugestões da TV Brasil para quinta-feira (7).

DO TEXTO:

Caminhos da Reportagem de quinta (7), às 22h, mergulha no universo da dublagem e traça um panorama dessa atividade no país.

Quem não se lembra da vinheta “Versão Brasileira Herbert Richers” que durante muitos anos apareceu no início de filmes e desenhos animados exibidos na TV brasileira? Herbert Richers foi um dos precursores do mercado de dublagem no Brasil. Na década de 1970, oito em cada dez dublagens no Brasil eram feitas em seus estúdios, localizados na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. “Eram os melhores profissionais do mercado, fazendo o melhor trabalho possível”, relembra Herbert Richers Júnior, ator e diretor de dublagem.


O Caminhos da Reportagem revela os desafios do dublador, os cursos na área e o mercado de trabalho. Com a expansão da TV por assinatura e dos canais em streaming, a demanda por produtos dublados cresceu.


“É uma revolução atrás da outra. É espantoso como cresceu o número de títulos dublados na televisão, dublados no streaming, dublados no cinema, isso virou um comércio enorme. Engraçado, a gente achava que a dublagem estava com os dias contados”, reflete Paulo Sérgio Almeida, diretor da Filme B, consultoria especializada no monitoramento do mercado cinematográfico no Brasil.


A dublagem no Brasil é considerada uma das melhores do mundo. São milhares de profissionais que emprestam suas vozes a personagens do cinema e da televisão. Miriam Ficher é atriz e dubladora e ficou conhecida por dublar algumas das mulheres mais bonitas de Hollywood, como Angelina Jolie, Nicole Kidman e Drew Barrymore. Miriam começou ainda criança na profissão e perdeu as contas de quantas vozes já fez. Para ela, o dublador “tem que respeitar o ator original. Ele estudou meses, fez pesquisa. Não é você em um minuto que vai mudar uma interpretação."
 

Nas últimas décadas, o mercado sofreu algumas mudanças, entre as quais está a procura das distribuidoras de cinema pelos “star talents”: atores famosos que dublam. “É um trabalho de ator mesmo e eu tiro o meu chapéu para os dubladores que são grandes atores”, comenta o ator Thiago Abravanel, que já fez a voz de três personagens em animações recentes e é um entusiasta da profissão. “É uma das formas mais difíceis de atuar, porque você tem que passar todo o sentimento, característica, emoção, estado emocional daquele personagem através da sua voz de acordo com a movimentação que a animação está te dando."


SERVIÇO:

Caminhos da Reportagem
Quinta-feira, 7 de setembro, às 22h, na TV Brasil.

“Trilha de Letras” recebe a escritora e filósofa Marcia Tiburi para uma conversa sobre o amor.
 

No programa, que vai ao ar às 21h30 de quinta-feira (7), a filósofa analisa até que ponto o amor é algo da natureza ou uma invenção humana.

“O amor entre nós hoje se transformou num certo delírio de exigência. As pessoas ficam doidas para ter alguém que seja o objeto idealizado”, observa a escritora Marcia Tiburi, que é também doutora em filosofia.

Tiburi destaca que o amor de hoje está circunscrito a limitadores sociais. “Todas as nossas relações são mediadas por fatores de classe, de gênero, de sexualidade, de raça, de idade, por vários elementos que configuram preconceitos, aqueles mais arraigados e escondidos”, explica. “Nós amamos dentro das nossas classes sociais, dentro das nossas raças, dentro das nossas circunstâncias. O amor é muito mais histórico. No entanto, a gente idealiza. A idealização é o sentimento.”
 

Marcia Tiburi é autora de 25 títulos, sendo quatro romances. O mais recente, "Uma fuga perfeita é sem volta" (2016), foi indicado ao Prêmio Rio de Literatura 2017.

No segundo bloco, a jornalista Katy Navarro lê um trecho de "O inventário das coisas ausentes", romance de Carola Saavedra publicado pela editora Companhia das Letras em 2014.

O Trilha de Letras conta com depoimentos da psicanalista Ligia Baruch, do escritor Eduardo Lages – sobre o projeto "Escrevi na Rua", que lhe possibilitou vender cerca de 3 mil exemplares de seu livro em um ano –, e do poeta e escritor Fabrício Carpinejar, segundo o qual "por mais que a gente tenha tecnologia, o amor continua sendo um artesanato."

SERVIÇO:

Trilha de Letras recebe Marcia Tiburi
Quinta-feira, 7 de setembro, às 21h30, na TV Brasil.


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