Novelas brasileiras – Um tridente de enorme peso

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Por: Carlos Alberto Alves
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Ora, quando as novelas brasileiras começaram a ser exibidas em Portugal (RTP, claro), fui um dos muitos que as seguiram com bastante regularidade. Era novidade e com o condão de falarem a nossa língua. Fui apreciando alguns artistas de enorme talento, mas há três que me marcaram. São eles, Lima Duarte, Tony Ramos e Regina Duarte. Das várias novelas em que foram principais figuras, destaco uma encenada por Lima Duarte e Regina Duarte: o Roque Santeiro. Vibrei com a interpretação de Regina Duarte no papel de viúva Porcina. E essa imagem jamais deixei de recordar quando, esporadicamente, falo com amigos sobre o papel das novelas junto dos brasileiros e inclusivamente em Portugal, o que também já foi tema em uma rádio que, em Portugal, colaboro às sextas-feiras.

De Tony Ramos, já publiquei um artigo e que teve a ver com a sua passagem pela ilha Terceira. Hoje, pelo momento de glória e de reconhecimento pelo seu trabalho de mais de 40 anos, não podia deixar de passar ao lado esta oportunidade para fazer o mesmo em relação a Regina Duarte, embora de forma muito diferente. A consagrada artista já foi galardoada com o troféu Mário Lago, aquele que foi um dos maiores vultos da cultura brasileira e que, se fosse vivo, já estaria com mais de 100 anos de idade. No palco, e na data em que ocorreu a distinção, Regina Duarte assistiu, através de vídeos elaborados para o efeito, a vários depoimentos de colegas e escritores de novelas e todos, em uníssono, reconheceram a justeza do prémio para Regina Duarte.


Alegre, afável, e sempre com um bonito sorriso nos lábios, Regina Duarte nessa ocasião fez-me recordar aqueles momentos passados a partir do ano de 1975 e em que não perdia uma novela em que ela era das principais protagonistas, a par de Lima Duarte e Tony Ramos. É o mesmo que dizer, por cerca de uma hora, aquando da já referida distinção, que a viúva Porcina voltou ao palco. A viúva Porcina e simultaneamente aquela que não deixou de ser considerada, em função do seu valoroso trajeto, a "eterna namoradinha do Brasil", o mesmo que dizer, e segundo os próprios colegas da nova fornada de artistas, que no futuro não aparecerá mais nenhuma Regina.

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