Revista National Geographic explora a conexão entre o cérebro e o vício

DO TEXTO:

Neste mês, a National Geographic Brasil revela o modo como a ciência lida hoje com as compulsões da vida moderna: drogas, comida em excesso, smartphone e sexo, entre outros hábitos. A revista também alerta para a grave questão do saneamento no mundo – para isso, traz um “papo de banheiro” com o ator Matt Damon, que trabalha em uma ONG para combater o problema. E mais: o brasileiro Inri cristo está num inédito ensaio entro outros homens que declaram ser os novos Messias, ou seja, a segunda vinda de Jesus Cristo ao mundo. 

A edição de setembro da revista National Geographic, que chega essa semana às bancas, tem como reportagem de capa o avanço do entendimento científico e dos tratamentos contra as compulsões da vida moderna, como as drogas e o uso excessivo de smartphones. Com estudos avançados do cérebro, a neurociência já sabe como combater hábitos supergratificantes que podem causar dependência.

De acordo com as Nações Unidas, a cada ano, no mundo todo, mais de 200 mil pessoas morrem de overdoses ou de enfermidades associadas ao consumo de drogas ilícitas. O cigarro é outro exemplo: ao redor do mundo são mais de 1 bilhão de fumantes. E mais: quase 1 em cada 20 adultos no planeta é alcoólatra. Outra preocupação é o crescente número de pessoas que não conseguem largar os jogos virtuais, além de outras atividades compulsivas que estão começando a ser reconhecidas como casos de dependência psicológica. 

Após décadas investigando em laboratórios o cérebro de animais e voluntários humanos, os cientistas estão entendendo, de forma mais detalhada, o modo pelo qual a dependência desorganiza os circuitos e os processos subjacentes ao desejo, formação de hábitos, prazer, aprendizado, controle emocional e conhecimento. Jon Grant, da Universidade de Chicago, acredita que um hábito torna-se patológico de acordo com a vulnerabilidade da pessoa, e esta, por sua vez, é afetada pela genética, por traumas e pela depressão, entre outros fatores. Já o neurologista italiano Antonello Bonci afirma: “Em certo sentido, a dependência é uma forma patológica de aprendizado”.

Avanços no campo da neurociência que modificaram as noções acerca da compulsão são mostrados ao longo da reportagem. Hoje, os cientistas afirmam que é possível haver dependência sem a presença de drogas. É o caso das diversas tentações do mundo atual – junk food, consumismo –, que são potencialmente causadores de dependência em função do impacto que têm no sistema de recompensa do cérebro. 

Nos Estados Unidos, navegar na internet já consta da lista de comportamentos associados à dependência. Na Coreia do Sul, logo depois que o país tornou a internet de altíssima velocidade barata e acessível, ficou claro que algumas pessoas estavam arruinando a vida com a jogatina compulsive – hoje, o governo oferece a elas tratamento gratuito. “Todos nós somos requintados detectores de gratificações. É parte da nossa herança evolutiva”, garante a neurocientista Anna Rose Childress. Judson Brewer, psiquiatra especializado em dependência química, pesquisador da atenção plena e um estudioso da psicologia budista, acredita que o tratamento mais promissor das dependências é uma combinação da ciência moderna e de antigas práticas de meditação. Na filosofia budista, o desejo é considerado a raiz de todo o sofrimento – e é claro que o Buda não estava falando da heroína ou do chocolate. Também na edição de setembro da National Geographic, uma reportagem foca o problema de saneamento que assola o planeta. Diariamente, quase 1 bilhão de pessoas defecam a céu aberto. Resultado: milhões de vidas ceifadas ou estagnadas por doenças. O problema não é bem a falta de banheiros – é falta de banheiros que as pessoas queiram usar. Apenas na Índia, cerca de 569 milhões de pessoas contrariam noções de higiene por causa de uma cultura arraigada sobre pureza e casta. 

Latrinas com fossa são uma alternativa simples à defecação a céu aberto, mas não são fáceis de instalar em um país inteiro. O Haiti, por exemplo, não tem recursos para alcançar o mesmo êxito do Vietnã, onde o governo construiu milhões de banheiros. Em uma entrevista exclusiva, Matt Damon declara que “mais pessoas têm um telefone celular que um banheiro. Morre uma criança com menos de 5 anos a cada 90 segundos por falta de acesso à água e ao saneamento. As duas coisas andam de mãos dadas”. O ator lidera em uma ONG que trabalha mundo afora para facilitar o acesso à água potável e ao saneamento básico.

E mais: um ensaio especial mostra cinco homens do Brasil, África do Sul, Japão, Sibéria e Zâmbia que afirmam ser “a segunda vinda de Jesus”. O destaque é o brasileiro Inri Cristo. A reportagem faz o perfil desses novos Messias e questiona: qual o limite do desejo humano pela fé, por significado e pela salvação? Se Cristo voltasse hoje, o que ele pensaria do mundo que criamos? E o que nós pensaríamos dele? 

National Geographic acredita no poder da ciência, da exploração e da reportagem para mudar o mundo. A revista National Geographic Brasil é uma publicação mensal da editora Content Stuff.

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