Nível de colesterol tem origem genética em cerca de 70% dos casos

DO TEXTO:

Especialistas alertam sobre os riscos para a saúde cardiovascular e reforçam que o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no tratamento

                                                                                                                                    
Alda Jesus
Portal Splish Splash

Todos os anos as doenças cardiovasculares são responsáveis pela morte de milhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), somente no Brasil, esse número chega a 300 mil pessoas. O LDL elevado, popularmente conhecido como colesterol ruim, é um dos principais fatores de risco à saúde do coração, assim como hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo. Cerca de 70% do nível de colesterol no sangue de uma pessoa tem origem genética e 30% está relacionado a fatores alimentares e comportamentais.

O colesterol é um álcool dissolvido em gorduras e é fundamental para o funcionamento do organismo, pois ajuda na produção de vitamina D, de hormônios sexuais, do Cortisol (hormônio do metabolismo de proteínas), sendo também importante no processo de regeneração celular. Além de ser produzido pelo organismo, ele pode ser encontrado em alimentos de origem animal como nas carnes vermelhas e em ovos.

Por ser um dos principais fatores de risco de doenças cardiovasculares, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para a importância de manter os níveis de LDL controlados. De acordo com o Dr. Fábio Lario, cardiologista do Hospital, é fundamental que as pessoas conheçam quais são os seus índices de colesterol, sobretudo se possuírem parentes de primeiro grau com história de infarto ou de colesterol muito elevado. “O ideal é que até os 20 anos de idade as pessoas já tenham dosado os níveis de colesterol. Assim, caso os índices estejam alterados, o paciente pode ser orientado e encaminhado para o tratamento mais adequado”, afirma Lario.

Segundo o cardiologista, além do fator genético a alimentação incorreta, rica no consumo de gorduras de origem animal e gordura saturada, também é considerada um fator importante para o aumento dos índices de LDL no sangue.

Dado o diagnóstico, apenas um especialista poderá indicar o tratamento mais adequado, que envolve a mudança de hábitos alimentares, prática regular de atividade física e, em casos determinados, o uso de medicamentos. O profissional ainda alerta para a necessidade de construir uma relação de confiança com seu médico. “Existe muita informação disponível na internet hoje em dia. Boa parte sem base científica adequada, tanto para benefícios, quanto para malefícios dos tratamentos. Portanto o paciente deve conversar com seu médico e entender os fundamentos e objetivos do tratamento, e evitar suspendê-los sem antes consultar seu médico. Isso ainda é ainda mais importante para as pessoas que já tiveram problemas cardíacos", diz o cardiologista.

Dieta balanceada
A prevenção, alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos são as melhores formas de controlar os índices de colesterol no sangue. Frutas, verduras, legumes, ou seja, alimentos in natura devem ser a base de uma alimentação saudável para manter os níveis de colesterol equilibrados. Segundo Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o ideal é fugir de produtos industrializados ricos em açúcares, farinhas refinadas e que contenham elevado teor de gorduras hidrogenadas e trans. No entanto, a especialista não recomenda a eliminação total das gorduras na dieta. “As pessoas ainda desconhecem o papel da gordura no organismo e muitas vezes, sem orientação médica e nutricional adequada, optam por excluir o seu consumo na dieta, ocasionando no consumo excessivo dos açúcares e carboidratos refinados que estão diretamente relacionados com o surgimento da dislipidemia, que é o aumento dos níveis de gordura no sangue”.

Uma dieta equilibrada deve conter quantidades adequadas de gorduras, porém naturais e não artificiais como as que estão presentes nos produtos industrializados. Assim como qualquer alimento, sua ingestão deve ser sempre dosada.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completa 120 anos em 2017. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.700 médicos ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Até o final deste ano, sua capacidade total instalada será de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público, além atingir o número de 4 mil colaboradores.

 Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br
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