Exposição individual de pintura ANGOLA MAKONZU (aplausos) de ÁLVARO MACIEIRA

DO TEXTO:

No dia 7 de Setembro de 2017 (5ª feira) pelas 18H30 no CAMÕES/CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS (Av. de Portugal nº 50)  será inaugurada a exposição ANGOLA MAKONZU (aplausos) do  artistas plástico  Álvaro Macieira, que ficará patente ao público até dia 28 de Setembro.

SOBRE A EXPOSIÇÃO

Em ANGOLA MAKONZU (aplausos), Álvaro Macieira revisita a cultura ancestral de Angola e de África. As máscaras, carregadas de simbologia, regressam reinventadas nas suas formas, numa intensidade cromática, onde predominam os tons quentes, porque não há África sem máscara, nem sem esculturas.  Revisita rituais, mitos e lendas ligados à cultura, que tem sido a sua recorrente fonte de inspiração e a matriz da sua criação artística. Elementos escultórios tradicionais, corpos, cabeças, pássaros, estranhas figuras, monstros mágicos e formas míticas desfilam nas suas telas, num traço firme, que mitiga abstracto e figurativo.

Em ANGOLA MAKONZU (em umbundo significa “aplausos”),  Álvaro Macieira revisita e exalta a cultura ancestral, lançando um olhar sobre o longo caminho percorrido da história de Angola e, simultaneamente,  celebra, com aplausos, o futuro de esperança que augura para a sua terra mãe.

Álvaro Macieira regressa ao Camões, onde apresentou a sua primeira exposição individual “África Mitológica”, em 1999, resultado  de intensa pesquisa da mitologia angolana e africana. Neste seu mais recente trabalho, ANGOLA MAKONZU, é perceptível o fio condutor que tem marcado o seu trabalho artístico ao longo de quase vinte anos.

SOBRE O ARTISTA

Álvaro Macieira é  jornalista, escritor, artista plástico e consultor cultural. Nasceu a 13 de Maio de 1958, na vila de  Sanza-Pombo, Município do Pombo, na Província do Uíge, Norte de Angola.

Como jornalista, foi Editor de Cultura na ANGOP-Agência Angola Press, onde começou em 1983, no Jornal de Angola e no semanário “ Correio da Semana”.Colaborou para a Rádio Nacional de Angola, TPA-Televisão Pública de Angola e Tribuna Cultural da BBC-Londres, em Língua Portuguesa, a partir de Luanda..

Foi consultor do Ministério da Cultura, Chefiou o Departamento de Imprensa do Ministério da Comunicação e Social e foi Assessor de Imprensa e Porta-Voz do Gabinete do Primeiro-Ministro de Angola, de 1995 a 1996.

É Presidente da Mesa da Assembleia-geral da Associação dos Amigos e Naturais de Sanza-Pombo, sua terra natal.

É membro da UEA-União dos Escritores Angolanos, onde é actualmente Presidente do Conselho Fiscal. Publicou três livros: “Castro Soromenho: Cinco Depoimentos”, 1988, Colecção Lavra & Oficina, “Cantos de Amor”, 1992, e “Séculos de Amor”, 2005, Poesia, pela Editorial Kilombelombe.. É também membro da  UNAP- União Nacional dos Artistas Plásticos.

É autor do livro (no prelo) “Uanga- Angola” – Subsídios para uma biografia do Escritor Óscar Ribas.

Foi um dos fundadores da AJC-Associação dos Jornalistas Culturais de Angola, tendo sido o seu primeiro Presidente da Comissão Directiva.

É membro honorário da AJECO-Associação dos Jornalistas Económicos de Angola.

Foi consultor na sede da CPLP-Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa.

Desempenhou as funções de Assessor de Imprensa do Grupo económico Intercomercial Moagens, em Luanda. É da sua autoria a ideia da criação do Prémio Kianda de Jornalismo Económico.

Foi consultor do Vice-Ministro da Cultura para o Património e Investigação Científica, o antropólogo Virgílio Coelho.

Depois de ter feito uma brilhante carreira no jornalismo angolano ligado às artes e à cultura, revelou a sua faceta de artista plástico em 1998, quando contava 40 anos de idade, facto que surpreendeu os coleccionadores de arte e serviu de incentivo à juventude angolana.

O Segundo Prémio de Pintura EnsArte do ano 2000 fez sair o artista do anonimato. Em 2002, conquistou o Primeiro Prémio de Pintura EnsArte, o maior galardão das artes plásticas promovido pela ENSA - Empresa de Seguros de Angola.

Ainda no ano 2002, recebeu o prémio “Melhor Pintor do Ano” pela Revista Tropical (que teve vida efémera) e pela Televisão Pública de Angola.

As suas obras pictóricas estiveram em cidades tão diversas como Paris, Washington, Moscovo, Berlim, Bona, Bremen,Cuxhaven, Hannover e Abuja, entre outras. Em catorze anos de actividade pictórica, fez  30  exposições individuais e participou em mais de quarenta  colectivas.

Faz parte de colecções particulares em Angola, como é o caso da “Colecção Emídio Pinheiro”. Tem especialmente em dependências do BPC-Banco de Poupança e Crédito, e  no  edifício-sede da Sonangol, em Luanda, na sede do BFA- Banco de Fomento Angola e do Banco Millenium. Tem uma tela de grande dimensão na sede da Odebrecht-Angola , no edifício Cabinda, em Talatona.

Pintou igualmente a Palanca da construtora Odebrecht - Angola , incluído no projecto “ Palanca Parade”, em Luanda, a Palanca do Ministério da Administração do Território da República de Angola e da empresa TENSAI.

Durante mais de vinte anos, dedicou-se à investigação dos vários aspectos da vida cultural angolana, percorrendo o país e tomando contacto com a realidade nacional, consolidando os conhecimentos que lhe vêm da sua vivência rural e do privilégio de ter viajado desde muito jovem pelas inúmeras regiões de Angola.

As pinturas mitológicas do artista podem ser vistas também na sede da Sonangol USA, em Huston, nas Embaixadas de Angola em Washington (EUA), em Abuja (Nigéria) e em Moscovo, assim como no Instituto África da Academia de Ciências da Rússia. Tem ainda obras na Embaixada de Angola na Santa Sé (Vaticano), na sede da FAO- Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, em Roma, Itália, e na sede da OPEP-Organização dos Países Exportadores de Petróleo, em Viena, Áustria.

Em Portugal, alguns coleccionadores reúnem obras deste autor de  Angola. Vasco Fraga, do Casino Estoril, o Vice-Primeiro Ministro Paulo Portas, o empresário  António Opinião, o comentarista Gabriel Alves. O Professor Doutor Aníbal  Cavaco Silva, ex-Presidente da República, tem desde 2010 na sua casa do Algarve o quadro com o título “Angola – Meu coração, Minha Muxima”.

Foi oficialmente oferecida, pelo Governo angolano, uma tela sua a Hillary Clinton, ex-Secretária de Estado dos EUA e outra a Gilberto Gil, ex-Ministro da Cultura do Brasil, e ao  primeiro Presidente da Namíbia, Sam  Nujoma, à Princesa da Bélgica, ao Presidente de Timor Leste, e ao Ministro do interior da China, dentre dezenas e outras personalidades de vários países do mundo.

O paradigma da sua inspiração pictórica é a poesia, a filosofia dos provérbios, os contos, as histórias que ouviu na sua infância rural, o contacto com as artes e as tradições africanas, as viagens, os museus que tem visitado pelo mundo e os lugares e sítios de memória.

Com o pintor alemão Horst Poppe e o angolano Augusto Ferreira fundou em 2002 o conhecido Grupo Conexão Cultural (www.conexão-cultural.com). Em oito anos de intercâmbio e diálogo artístico ora na Alemanha, ora em Luanda, Álvaro Macieira e o seu colega alemão fizeram várias exposições e pintaram juntos 108 obras conjuntas  de pequenas e grandes dimensões. Três das suas obras estiveram expostas no Nord Art 2009, tida como a maior exposição colectiva de artes plásticas do ano realizada em Randsburg, norte da Alemanha.

No seu atelier localizado na Urbanização Nova Vida ,em Luanda, rua 23, nº 649,  o artista desenvolveu alguns projectos com alguns colegas, nomeadamente Horst Poppe,  Van, Dom Sebas Cassule, Sabby, Eli, Paulo Amaral, entre outros pintores,  tornando  o local  num espaço aberto à troca de ideias e experiências.

O atelier do artista tem sido visitado frequentemente pelos interessados na sua pintura. Já recebeu a visita dos Embaixadores  dos Estados Unidos da América, e da França, a arquitecta da FAO, Aida Luberto e o Embaixador angolano acreditado na Santa Sé, dentre outras individualidades.

É autor de dois selos de correio, sendo um em alusão à Paz em Angola  e outro em comemoração do “Dia de África”.

Dentre os seus mais importantes projectos e exposições destacam-se:

1. “África Mitológica”, onde o artista pesquisou as mitologias angolanas e africanas, tendo realizado a sua primeira exposição no então Instituto Camões de Luanda;

2. “Terra Una” e Signos da Terra”, duas exposições e projectos que se realizaram no Salão Internacional de Exposições do Museu de História Natural, em Luanda, sustentando a ideia da unidade nacional;

3. 2002 – “Catanas da Paz”, instalação e exposição de pintura, simbolizando o primeiro 4 de Fevereiro (data do início da luta de libertação nacional) vivido pelos angolanos, em paz e concórdia;

4. 2003 – “ Terra Azul”, exposição de pintura no átrio da sede do BPC-Banco de Poupança e Crédito, em Luanda. As telas estão todas distribuídas pelas dependências do Banco em  todo o país;

5. 2009 – “Luanda, Kianda- Cores da Terra”, patrocinada pela Sonangol e realizada no seu novo edifício-sede na capital angolana, em homenagem à cidade capital de Angola;

6. “Mabo-Meto”, exposição itinerante com o pintor alemão Horst Poppe, falecido há dois anos.

7. 2010 – “África Yeto Kwuia”, exposição de pintura no então Instituto Camões de Luanda;

8. 2013 – “Angola-Muxima Uami-Angola, meu coracção”, exposição de pintura no então Instituto Camões de Luanda;

9. 2016 – “Angola-Ngassaqkidila”, exposição de pintura no Memorial Agostinho Neto de Luanda;

10. 2016 – “ArtefactoParilhados”, exposição colectiva de pintura no Camões/Centro Cultural Português de Luanda. Com Paulo Amaral em Homenagem a Horst Poppe.

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