Primeiro dos dois amistosos na Austrália - Brasil derrotado pela Argentina

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Por: Carlos Alberto Alves
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Já classificado para o Mundial da Rússia em 2018, o Brasil continua, porém, a realizar jogos particulares, desta feita na Austrália com a Argentina e a seleção anfitriã que defrontará no dia 13.

Hoje, um sempre apetecido Brasil – Argentina e cuja rivalidade é por demais conhecida. Nem aos feijões brasileiros e argentinos querem perder. Se de um lado diz “mata” do outro “enforca”. Curiosamente, uma rivalidade em tudo que seja. Só o Papa Francisco conseguiu vergar os brasileiros aquando da sua visita a este país.

Acresce que, nos meses de setembro e outubro, o Brasil completa o ciclo de quatro jogos que faltam disputar para o Mundial de 2018 - Equador ©, Colômbia (f), Bolívia (f) e Chile ©.

Com alguns jogadores tidos como titulares (Marcelo, Neymar, Daniel Alves) de férias, Tite aproveita estes dois amistosos na Austrália para observar outros jogadores que foram chamados. Uma forma também do Brasil competir sem esses jogadores que estão de "vacations", indiscutíveis pedras-basilares.
Como nota de reportagem, a TV-BRASIL, que transmitiu o jogo, teve como comentaristas Pelé e Denilson, dois campeões do mundo.

Como disse o Pelé, e nós assinamos por baixo, Brasil-Argentina é sempre um jogo muito especial, mesmo tratando-se de um amistoso como foi o caso de hoje em Melbourn, Austrália. E, adiantando, na terça-feira o Brasil defronta a seleção anfitriã.

Voltando ao Brasil - Argentina, cerca de 100 mil espectadores. Sintomático! Argentina com novo técnico e contando com Messi e, pelo lado do Brasil, o retorno de Gabriel Jesus no ataque da "canarinha". E o slogan é: "torcida e seleção, gigantes por natureza".

O JOGO - Ao invés do Brasil, uma Argentina sem poupar jogadores. E até se compreende em função do novo treinador e, fundamentalmente, porque a Argentina procura a classificação para o Mundial de 2018 nos jogos que faltam disputar. Duas seleções marcando em cima, mas foi a Argentina que criou o primeiro "frisson" com um remate de Di Maria ao ferro.

Face ao sistema da Argentina em termos de marcações, os laterais do Brasil mantiveram-se mais presos no que concerne ao apoio ao ataque. De resto, o Brasil mantinha também uma estratégia de marcações fortes e estava muito bem no jogo, saindo em velocidade para o contra-ataque. E num desses lances o Brasil desfruta de enorme chance, mas Coutinho falhou na concretização. Um passe "adocicado" de William para Coutinho, ou seja, da esquerda para a direita.

Brasil - Argentina ou vice-versa, sem uma ou outra picardia não é clássico. É uma rivalidade que já tem "barbas brancas". Um ou outro caso, mas com o árbitro a evitar males maiores. Por outro lado e em termos de jogo-jogado, reduzido o número de finalizações, com  Messi a surgir pouco. Cansaço? Eficácia da marcação do adversário? Ficamos pela segunda hipótese. Mas há que sublinhar que a Argentina começou a apertar mais nos derradeiros 15 minutos, mormente quando utilizava o flanco esquerdo do seu ataque, com referência para Di Maria. Uma Argentina mais versátil no seu sector ofensivo e consequentemente mais perigosa e, em corolário, surge o golo aos 44 minutos por Mercado livre de marcação. Um golo que aflora no melhor período da Argentina. A bola beijou o poste da baliza de Everton e Marcado, em posição regular, só se limitou a empurrar a bola para o fundo da baliza.

O SEGUNDO-TEMPO - O Brasil reentrou com a disposição de equilibrar muito mais o jogo, com Tite alterando a posição de alguns jogadores em relação ao primeiro-tempo, sobretudo para um maior apoio a Fagner quando a Argentina atacava pelo seu lado esquerdo. E sabe-se que Di Maria é muito bom de bola, rápido e com os olhos postos na baliza adversária. Por isso mesmo, o que mais finalizou para a Argentina.

O Brasil começou a despertar mais a partir dos 10 minutos, visando mais a baliza confiada a Romero e, aos 17 minutos, consecutivamente, duas grandes chances de golo e em ambas com a bola a beijar o ferro da baliza de Romero. Foi pena, realmente, o empate não ter acontecido nestes dois lances de perigo iminente. Mas, na primeira, Gabriel Jesus teve tudo para fazer o golo. 

Tite faz a sua primeira alteração, entrando Douglas Costa (atacante) para o lugar de Renato Augusto (meia). Uma substituição para dar mais força ao ataque, para mais que o Brasil tinha melhorado substancialmente, com um futebol mais ligado e acutilante, sendo de lamentar aquelas duas oportunidades perdidas. Em segundos, duas bolas nos postes (direito e esquerdo) da baliza de Romero, lances protagonizados por Gabriel Jesus e William, respectivamente. 

À medida que o jogo decorria nos últimos 15 minutos, a intenção da Argentina consistiu na posse de bola, tentando, claramente, quebrar as iniciativas atacantes do Brasil que buscava o empate. Melhor empatar do que perder com a Argentina que, curiosamente, desde de outubro de 2015 que não derrotava o seu grande rival. Consequentemente, a primeira derrota do técnico Tite desde que assumiu o comando da seleção brasileira. Um dia isto  tinha que acontecer. Mas perder com a Argentina custa muito. Ó rivalidade acirrada!

Em conclusão: um clássico muito bem disputado, nomeadamente na etapa complementar em que o Brasil registou uma apreciável melhoria. Só faltou o almejado golo.

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