Eu e eles – O jornalista e os leitores

DO TEXTO:




Por: Carlos Alberto Alves
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Tenho constatado em alguns casos que há pessoas que não entendem o que escrevemos, o âmago da questão, enfim, aquilo que, através das palavras, se escreve e transmite em forma de opinião meramente pessoal na maioria dos casos.

Quando comecei a escrever tinha a mania de utilizar as denominadas “palavras caras”, também salpicadas com alguns latinados e afins. Porém, com o decorrer do tempo, eu próprio me apercebi que tinha que mudar para o que se dizia  de “leitura fácil”, ou seja, acessível a todos. Até aí tudo bem. Porém, com o decorrer dos tempos muita coisa mudou no jornalismo, sobretudo passarmos a uma fase de sintetização o que, na realidade, era difícil para alguns, eu próprio que, como dizia o saudoso Padre Manuel Coelho de Sousa, “escrevia ao quilómetro”. Mas entrei rapidamente no sistema – este sistema não tem nada a ver com o tal sistema relacionado com os árbitros de futebol - e, hoje, sempre procuro sintetizar o máximo que possa, exceto em reportagens que requerem uma maior amplitude.

Face ao exposto, chegou-se à conclusão que já chegava descermos aos leitores, até para uma melhoria deles próprios. Eles que, puxando pela sua capacidade, teriam que subir ao jornalista, procurando entender o que o escriba trazia à estampa. E é assim que as coisas têm funcionado. Quem não entendeu o problema já é dele, servindo de paradigma recentíssimo a matéria que escrevemos sobre Roberto Carlos como candidato à presidência da república. 

Claro que sabemos um pouco da vida de Roberto Carlos (já são sete anos a escrever sobre o rei) e, como tal, desse conhecimento resulta a consciência de que Roberto nunca entraria nessa de político. E aqui é que está o busílis da questão: se (repito se) ele enveredasse pela carreira de político neste momento, em função do seu carisma, da sua popularidade, da sua intocável honestidade e se (mais um se para ajudar os que não entenderam) apresentasse candidatura, teria todas as hipóteses de vencer. Obviamente que Roberto não é louco, não deixaria de fazer o que mais gosta, ou seja, entrar em palco para cantar para gáudio de milhões de fãs. Os tais milhões que, por certo, votariam nele. Fui explícito q.b. 


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