Dia das Mães - o maior tratado de amor de um filho na literatura

DO TEXTO:

Cartas à mãe de Saint-Exupéry

                                                                                                                                  
Alda jesus
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A Edipro, com o selo Via Leitura, que publica os maiores clássicos da literatura, relança obra que é considerada um verdadeiro tratado de amor do filho para a mãe

Terceiro dos cinco filhos do conde Jean-Marc de Saint-Exupéry e da condessa Marie Boyer de Foscolombe, Antoine Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe, era um filho extremamente devotado, o lado que muitos não conheciam, até sua morte.

Após o desaparecimento do autor, em uma queda de avião ao ser alvejado no deserto da Tunísia, a mãe de Saint-Exupéry resolveu publicar as cartas que ele lhe escreveu entre seus 10 e 44 anos.

Os carinhosos textos enviados pelo autor estão todos compilados na obra Cartas á Mãe, que o selo Via Leitura, da Edipro, relança com uma nova tradução. A sensibilidade e agudeza da visão de mundo de Saint-Exupéry, transparecidas em O pequeno príncipe, podem ser experimentadas de forma mais tangível nesta obra, sem os filtros da ficção.

As mensagens das cartas escritas à matriarca tinham os mais diversificados assuntos, como as guerras das quais o autor participou, as leituras que fazia e os locais que visitou como aviador. E, a partir destas correspondências, é possível conhecer alguns dos mais íntimos momentos de Saint-Exupéry, como pequenas alegrias, medos, saudades e tristezas.

Chorei quando li seu bilhetinho tão repleto de sentido, porque eu chamei por você no deserto.

Estava cheio de raiva contra a partida de todos os homens, contra aquele silêncio, e chamava minha mãezinha.

É terrível deixar para trás alguém que precisa de você como Consuelo.

Sente-se uma imensa necessidade de voltar para proteger e abrigar, e arrancam-se as unhas na luta contra essa areia que o impede de cumprir seu dever, e somos capazes de mover montanhas. Mas era de você que eu precisava para me proteger e me abrigar, e eu a chamava com um grande egoísmo de cabrito.

Foi em parte para Consuelo que voltei, mas é por você, mamãe, que se volta. Você, tão frágil, você sabia que era a esse ponto anjo da guarda, e forte, e sábia e tão cheia de bênçãos, que a invocamos, sozinhos, na noite?

A obra é considerada um verdadeiro tratado do amor de um filho. Transborda o grande afeto que o autor sentia por sua confidente e protetora.

Cartas à mãe, de Antoine Saint-Exupéry, publicado pelo selo Via Leitura, da Edipro, não é apenas um registro histórico da vida de um dos maiores expoentes da literatura francesa, mas também uma peça comovente que eterniza o amor entre um filho e sua mãe.

Sobre o autor: Antoine de Saint-Exupéry (1900 – 1944) foi escritor, ilustrador e piloto francês. Aos 22 anos, já era piloto e subtenente da reserva da força aérea francesa. Como piloto comercial, chefiou um posto no sul de Marrocos, onde recebeu o apelido de senhor das areias. Nessa época, negociou com tribos mouras a libertação de pilotos detidos após aterrisagens forçadas. Em julho de 1944, partiu de uma base aérea na Córsega para uma missão de reconhecimento e não retornou. Os destroços de seu avião somente foram encontrados em 2004 na costa de Marselha. Seu corpo nunca foi encontrado.

Ficha técnica:
Editora: Via Leitura
Assunto: Correspondência/Memórias
Preço: R$ 36,90
Edição: 1ª edição, 2017
Tradução: Narceli Piucco
Tamanho: 14x21cm
Número de páginas: 160
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