Mais antigo patrimônio histórico edificado do Brasil, o Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos, localizado em Santos, inaugura em abril o espetáculo História, Luz e Som: Memórias de um Velho Engenho. A atração consiste em uma projeção audiovisual mapeada (videomapping) de aspectos históricos do Engenho São Jorge dos Erasmos em suas próprias ruínas.
O evento de inauguração acontece para convidados em 27 de abril e a partir de maio serão oferecidas visitas gratuitas, sempre às 19h, sujeitas a cancelamento em caso de chuva. Serão oferecidas 40 vagas por sessão com inscrição prévia pelo telefone (13 3203-3901) ou pelo e-mail (ruinasengenho@usp.br).
Órgão administrado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, as ruínas do Engenho dos Erasmos, além de estarem entre os testemunhos mais antigos de colonização do Brasil, representam o modo de produção que possibilitou o assentamento dos colonos envolvidos na exploração de cana de açúcar. A coordenadora do projeto e diretora do Engenho, Vera Amaral Ferlini, é professora do Departamento de História da USP e especialista nas áreas de História Ibérica e História do Brasil Colônia, sendo responsável por estudos sobre o próprio Engenho dos Erasmos e temas como açúcar, escravismo, imigração, estrutura agrária e núcleos coloniais. Para a concepção do espetáculo, que mescla tecnologia, arte e história em sua narrativa, Vera contou com a parceria do arquiteto e arqueólogo Silvio Luiz Cordeiro, especialista em projetos audiovisuais ligados à educação patrimonial e arqueologia.
A exibição audiovisual mapeada – projeção de imagens em sincronia com trilhas musicais – será sobre todas as estruturas e alvenarias aparentes do Engenho. A narrativa se inicia com paisagens urbanas atuais, contrastando com a trajetória histórica colonial do Engenho mostrada em seguida.
Imagens que fazem referência às navegações portuguesas, às moendas de madeira dos primeiros engenhos e seus trabalhadores, além daquelas que remetem às tecnologias de produção de imagens, desde a xilogravura dos relatos quinhentistas impressos ao desenho digital das ruínas, compõem o repertório do projeto audiovisual.
De acordo com a professora Vera Ferlini, a apresentação em videomapping revela ao público temas essenciais relacionados à História do Brasil e do Açúcar, como a escravidão e os avanços tecnológicos. “O projeto propicia usufruto artístico dos remanescentes arquitetônicos do Engenho e do sítio arqueológico que abriga as ruínas quinhentistas, promovendo este importante testemunho histórico e arqueológico junto à sociedade”.
Sobre a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP:
A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) é o órgão que desenvolve as políticas culturais e de extensão da Universidade de São Paulo, funcionando como um canal aberto de diálogo da USP com a sociedade. A PRCEU tem ampla atuação, trabalhando na gestão de programas de fomento às iniciativas acadêmicas em cultura e extensão e no apoio às ações da comunidade universitária junto à sociedade. Fazem parte dessa estrutura: Núcleo dos Direitos da USP, Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, TUSP – Teatro da USP, Cinusp Paulo Emílio – Cinema da USP, OSUSP – Orquestra Sinfônica da USP, CoralUSP – Coral da USP, Centro Universitário Maria Antonia, Estação Ciência, CienTec - Parque de Ciência e Tecnologia da USP, Museu de Ciências, Centro de Preservação Cultural - Casa de D. Yayá e Engenho São Jorge dos Erasmos. Promove, ainda, ações próprias no âmbito da cultura e da extensão universitária, como os programas “Nascente”, “USP e as Profissões” e “Giro Cultural USP”.
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