Abril da Revolução dos Cravos

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves
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Hoje em Portugal o 25 de abril, da Revolução dos Cravos
Nessa noite, por coincidência, estava em Lisboa. Quando entrei no Rossio para subir a Avenida da Liberdade, fui logo confrontado com militares que me aconselharam a recolher aos meus aposentos, com a frase "isto é uma revolução". Óbvio que fiquei a noite toda acordado com o rádio e a televisão ligados. Mas, de notícias, naquele momento, nada. Apenas ouvia a canção Grândola Vila Morena, ao cabo o sinal para se dar início à revolução anti-salazarista. Claro que, naquele momento, muita coisa me passou pela cabeça. Porém, acabou mesmo por ser a Revolução dos Cravos, sem tiros, sem que ninguém fosse molestada por esses tais conhecidos militares de abril. Tudo bem. Nos dias subsequentes, cravos para os militares, festa por tudo que era canto de um Portugal amordaçado, nós pela Censura e o povo (de que também fazíamos parte integrante) sempre com o receio da PIDE, a polícia a mando do ditador António Oliveira Salazar.
Após a liberdade, seguiram-se vários processos para a formação de partidos políticos, eleições para governos, autarquias e por aí fora, não faltando, mais tarde, os tais referendos, um deles para adesão ao Euro.

Hoje, e na sequência do que muito de tristonho que tem acontecido, mormente nos últimos dois lustros, os portugueses, na sua maioria, ficaram saturados de eleições e outras coisas tais, falando por si os números significativos de abstenções.
Hoje, e volvidos 43 anos da Revolução dos Cravos, chegamos à triste conclusão de que o golpe militar que derrubou o regime de Salazar, serviu, sobretudo, para "engordar" políticos oportunistas e que pouco ou nada fazem pelo povo. E essa coisa de "o povo é quem mais ordena" foi uma autêntica fachada.

Para os políticos oportunistas, um VIVA AO 25 DE ABRIL! Agora, o povo que se lixe...

Zeca Afonso - Grândola, Vila Morena

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