A flor (da Beija) vai-se murchando

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves
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Não sou saudosista do que se ganhou em tempos mais recuados. Porém, em termos de títulos, e aqui falo expressamente do maior carnaval do mundo – Rio de Janeiro -, os números também falam por si. E eu sou Beija – Flor, não doente, mas vivendo e acompanhando o que a escola de Nilópolis faz através dos anos. Este ano virou-se para os índios e consequentemente apresentou-se de forma diferente. E o que aconteceu? Classificada, uma vez mais, na sexta posição. Inegavelmente que é uma escola com mística, com garra, situação bem expressa nas atuações do Neguinho.
Bom. A Beija – Flor foi campeã em 2011 com o tema “os 50 anos de carreira do rei Roberto Carlos”. Lá estive no sambódromo reportando para o Portal Luso – Brasileiro Splish Splash, para gáudio do carequinha que é o mesmo que dizer o seu administrador, um gajo do carago que vive na Maia (Porto), mas que divide, por via da sua paixão ao rei, o seu coração entre Portugal e o Brasil.
Estava eu com a cabeça no travesseiro (de lá saem muitas ideias) e lembrei-me de sugerir à diretoria da Beija – Flor que, para 2018, se apresentasse com a “versão 2 de Roberto Carlos”. Mas aqui, em termos de figurantes, o Roberto seria acompanhado por muitos dos seus fãs que circulam no Splish Splash e, sobretudo, aqueles que são o sustentáculo do maior e melhor portal do mundo. Por exemplo, o Bottari com a sua inegável boa disposição; o Derbson Frota que chamaria o pai Ivan Frota e seriam os radialistas da noite; as meninas Carmen, Alba e Alda iriam num carro vestidas de sereias, acompanhadas por marinheiros escolhidos do lote dos colaboradores. Outros colaboradores divididos em vários carros, fantasiados de pescadores de tubarões.
E que mais? Não iriamos deixar de fora o maestro Eduardo Lages que, em cima de um carro de quatro andares (mas este com toda a segurança), dedilhava no piano as mais românticas canções do Roberto, acompanhado por duas vozes do Portal Splish Splash, a Lilian Rocha e a Edna.
Claro que a fechar, teríamos um carro todo florido e cheio de borboletas com Roberto Carlos e o Armindo Guimarães com o estatuto de chefe do protocolo, vestido de ilusionista e acompanhado pelas suas famigeradas castanholas. Este carro transportaria uma caravela, aquela que deu continuidade à viagem de circum-navegação realizada pelos dois. Nas laterais, enormes exemplares de bacalhau, que muito comeram nessa dita viagem.


Mas, como o Portal Splish Splash, através da minha pessoa, é que escreveu o
tema “Roberto e Splish Splash a caminho de mais uma vitória para a Beija – Flor”, óbvio que o administrador, que nunca deixará de ser um gajo do carago, convidaria vários amigos do Splish Splash para sambarem, entre eles o Hubert Mágico que, pelo que se conhece, aplica artes de ilusionismo e de magia, nomeadamente para abrir a mente dos jurados para que a Beija – Flor, em todos os quesitos, apanhe nota 10.



Mas falta um da pesada? Eu próprio. Que missão para a minha pessoa? Andar pelos sectores e trazer para a pista, à frente do carro com a caravela Roberto-Armindo, as melhores e mais vistosas borboletas (peitudas e de bundas avantajadas de alcance à-distância) para dançarem ao som de um samba inédito preparado pelo maestro Eduardo Lages. Digam lá que a minha tarefa não era a mais difícil...

Portanto, tudo delineado, agora só falta o “SIM” da diretoria da Escola de Samba Beija – Flor. Não temos a menor dúvida de que, perante um naipe de excelentes figurantes, estaremos no sambódromo em 2018 e cantando vitória antecipadamente. Somos ou não somos os melhores do mundo e arredores?

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