Projeto Olhos do Xingu leva atendimento clínico, oftalmológico e odontológico para quatro aldeias da região

DO TEXTO:

Primeira ação do ano contou com apoio institucional da ZEISS e promoveu cerca de 800 consultas gratuitas às aldeias Arayo, Moygu, Boa Esperança e Morená

                                                                                                                                   
Alda Jesus
Portal Splish Splash

O Projeto Olhos do Xingu, que tem como meta oferecer atendimento clínico e oftalmológico gratuito à população indígena, realizou recentemente sua quarta expedição histórica e primeira do ano de 2017. Idealizada pela Associação Médicos da Floresta e com o objetivo de mapear o Parque Indígena do Xingu, a Ação Pavuru aconteceu entre os dias 4 e 14 de fevereiro e atendeu quatro aldeias dentro do Parque, que fica localizado na região norte do Mato Grosso (Aldeia Arayo, Aldeia Moygu, Aldeia Ilha Grande, Aldeia Boa Esperança e Aldeia Morená, todas às margens do Rio Xingu).

A ZEISS, empresa líder mundial de tecnologias ópticas inovadoras, apoia o projeto desde sua idealização e, para esta expedição, cedeu novamente um IOLMaster e uma lâmpada de fenda SL 120, que foram utilizados ativamente durante os procedimentos médicos. “A Carl Zeiss do Brasil foi fundada em 1928, então nós temos profundas raízes brasileiras, mesmo sendo uma empresa multinacional”, explica Manfred Hanke, Diretor Geral da companhia. “Sentimo-nos no dever de contribuir com nosso o conhecimento, expertise e com a tecnologia dos nossos equipamentos para melhorar o bem estar da população brasileira.”


Durante os dez dias de expedição, a equipe de voluntários – composta por 11 profissionais dentre eles: oftalmologistas, clínicos gerais, dentistas e tecnólogos – realizaram consultas clínicas, oftalmológicas e entrega de óculos nessas aldeias. O objetivo dos participantes foi a realização de cerca de 456 consultas oftalmológicas, incluindo a triagem de pacientes com necessidade de cirurgia por conta da catarata e a distribuição gratuita de mais de 100 pares de óculos.

Além do atendimento habitual, essa expedição foi marcada por um projeto piloto de odontologia, intitulado “Sorria Xingu”. Uma equipe de dentistas também acompanhou os atendimentos, com o intuito de atender a grande demanda da região. Foram atendidos 103 pacientes, além da realização de mais de 220 procedimentos de alta complexidade.

População indígena – O oftalmologista Celso Takashi Nakano explica que a população indígena tem, por conta de seus hábitos, chances maiores de desenvolver problemas oculares. “A incidência solar é muito alta na região do Xingu e não existe o hábito de proteger os olhos ou a pele. Isso acelera processos de envelhecimento natural de estruturas dos olhos. A catarata e o pterígio aparecem mais cedo e de maneira mais agressiva.” Além de ter mais chances de desenvolver essas condições, a população tem menos acesso aos possíveis tratamentos. “Levando tudo isso em conta, percebemos que um projeto social que atendesse essa demanda seria relevante e positivo”, conclui o especialista.

Expedições – A ação intitulada Leonardo, primeira do projeto, aconteceu em maio do ano passado e possibilitou o atendimento e triagem de 65 pacientes cirúrgicos. A segunda, Ação Canarana-Kuluene, aconteceu em julho de 2016 e foi mais expressiva: 471 consultas oftalmológicas realizadas, 105 óculos entregues e mais de 30 cirurgias de catarata e pterígio realizadas. A terceira e última ação do ano passado aconteceu entre novembro e dezembro e possibilitou a realização de 466 consultas médicas e oftalmológicas, além da entrega de quase 60 pares de óculos. Em 2017, três outras viagens estão previstas: em abril, julho e setembro.


Médicos da Floresta – O Projeto Olhos do Xingu é uma iniciativa da Associação Médicos da Floresta e tem como principal objetivo proporcionar cuidados com equipamentos de alta tecnologia para a população indígena de cidades e aldeias distantes e de difícil acesso. Para chegar a essas áreas, é necessário o uso de barcos e pequenos aviões. Os atendimentos e exames acontecem nas próprias aldeias, onde é montada uma estrutura para a realização destas consultas.

A Associação Médicos da Floresta não tem fins lucrativos. Sua missão é contribuir para a melhoria das condições de vida e a participação social em comunidades remotas. “Nossa equipe, que participa de forma voluntária, depende do apoio de instituições privadas que se identificam com a causa e apoiam o nosso trabalho, como é o caso da ZEISS”, explica Dr. Celso Takashi Nakano, um dos fundadores da Associação, à frente do Projeto Olhos do Xingu.

Sobre a ZEISS
O Grupo Carl Zeiss AG é hoje um líder mundial de tecnologias altamente inovadoras nas indústrias médica, óptica, mecânica de precisão e sistemas microscópicos de visualização eletrônica. Há 170 anos a ZEISS contribui com o progresso tecnológico mundial ao promover a criação, medição, análise e processamento de dados nas mais diferentes áreas. A companhia está presente em mais de 40 países, com cerca de 40 unidades de produção, mais de 50 centros de assistência e distribuição e quatro centros de pesquisa e desenvolvimento. A multinacional foi fundada em 1846 na cidade de Jena e, atualmente, sua sede fica em Oberkochen, na Alemanha.

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