A bailarina Mariana Muniz encena 'Fados e Outros Afins'
IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
Em uma viagem a Portugal, a bailarina pernambucana Mariana Muniz teve um insight: "Era como se estivesse visitando papai e mamãe". A epifania, conta, surgiu ao mergulhar nos sons do fado, música típica de Portugal, mas, segundo algumas teorias, criada no Brasil e levada à Europa pela Corte lusa. Em "Fados e Outros Afins", em cartaz na SP Escola de Arte, Muniz faz a viagem reversa, de Lisboa para o Recife. Quase destino ("tudo isso é fado"), Muniz foi assistir à peça "Cabras", dirigida por Maria Thaís, quando começava a pensar em uma coreografia ligada ao gênero musical. "Vi que era pessoa perfeita para me dirigir". Além da origem comum nordestina (Thaís é baiana), a diretora tem o dom, diz Muniz, de misturar palavra e movimento de forma orgânica. Além de fados, a viagem coreográfica é acompanhada de músicas "afins", como "Cais", de Milton Nascimento, e poemas, como "Pregão Turístico do Recife", de João Cabral de Melo Neto, e trechos de Fernando Pessoa. Pessoa é a voz de fundo de todo o espetáculo, não só nos trechos declamados como em músicas, como "O Sino de Minha Aldeia", na voz do português António Zambujo. Os escritos do poeta português também influenciam o clima da dança, nada saudosista, segundo Muniz: "Pessoa escreveu que 'O fado não é alegre nem triste, é o cansaço da alma forte'".
FADOS E OUTROS AFINS QUANDO de 11/3 a 26/3; sáb. e seg., às 21h; dom., às 19h ONDE SP Escola de Teatro, pça. Roosevelt, 210, tel. (11) 3775-8600 QUANTO R$ 15; livre In:Folha.Uol
Em uma viagem a Portugal, a bailarina pernambucana Mariana Muniz teve um insight: "Era como se estivesse visitando papai e mamãe".
A epifania, conta, surgiu ao mergulhar nos sons do fado, música típica de Portugal, mas, segundo algumas teorias, criada no Brasil e levada à Europa pela Corte lusa.
Em "Fados e Outros Afins", em cartaz na SP Escola de Arte, Muniz faz a viagem reversa, de Lisboa para o Recife.
Quase destino ("tudo isso é fado"), Muniz foi assistir à peça "Cabras", dirigida por Maria Thaís, quando começava a pensar em uma coreografia ligada ao gênero musical. "Vi que era pessoa perfeita para me dirigir".
Além da origem comum nordestina (Thaís é baiana), a diretora tem o dom, diz Muniz, de misturar palavra e movimento de forma orgânica.
Além de fados, a viagem coreográfica é acompanhada de músicas "afins", como "Cais", de Milton Nascimento, e poemas, como "Pregão Turístico do Recife", de João Cabral de Melo Neto, e trechos de Fernando Pessoa.
Pessoa é a voz de fundo de todo o espetáculo, não só nos trechos declamados como em músicas, como "O Sino de Minha Aldeia", na voz do português António Zambujo.
Os escritos do poeta português também influenciam o clima da dança, nada saudosista, segundo Muniz: "Pessoa escreveu que 'O fado não é alegre nem triste, é o cansaço da alma forte'".
FADOS E OUTROS AFINS
QUANDO de 11/3 a 26/3; sáb. e seg., às 21h; dom., às 19h
ONDE SP Escola de Teatro, pça. Roosevelt, 210, tel. (11) 3775-8600
QUANTO R$ 15; livre
In:Folha.Uol
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