AOS SÁBADOS – Conversas ao telefone com “Zé da Pipa”

DO TEXTO:

Por: Carlos Alberto Alves
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Alô, “Zé”, tudo nos conformes?

“Zé da Pipa” – Só vou falar porque não quero perder o meu salário.

Mas o que houve, chateado com quê?

“Zé da Pipa” – Li aquela crónica de ficção e não faço parte dos figurantes. Pouca vergonha...

Calma, “Zé”, pensamos que não tens idade para estas coisas...

“Zé da Pipa” – Só me faltava ouvi esta. Mas ainda vou perguntar ao Roberto se ele concorda com esta atitude?

É capaz de estar do teu lado, assim do género de te dar um “rebuçado” para não andares no seu pé 24 horas.

“Zé da Pipa” – Pois é. Por isso é que ele disse ao porteiro para ter cuidado com um “bicharoco” que o “espia” constantemente.

Não te preocupes porque o Roberto, bem vistas as coisas,  até aprecia o teu trabalho de “sem-vergonha”...

“Zé da Pipa” – Tinha que ouvir mais esta. E só gostaria de saber o que, também, pensa o gajo do carago?

Deve opinar que seria muito perigoso tu surgires no Sambódromo...

“Zé da Pipa” – Engraçadinho. Creio é que vocês, sobretudo tu e o gajo do carago, têm receio da minha concorrência com as borboletas...

Sabemos que és bonito, afável, cavalheiro com as borboletas, mas com nós dois, eu e o  gajo da Maia, não há quem consiga nos ultrapassar.

“Zé da Pipa” – Como esses gajos são convencidos. Presunção e água benta... O resto já sabem...

E que mais?

“Zé da Pipa” – Eu vi o rei na sacada do seu prédio, mas foi muito rápido. Até pensei que ele também queria “caçar” alguma borboleta...

Eh, eh, eh , meu caro amigo o rei não caça borboletas, mas sim é caçado por elas...

“Zé da Pipa” – Pois, entendi, e não faço mais comentários.
Espero que, na próxima, te apresentes com melhor humor...

“Zé da Pipa” – Vou fazer por isso, esquecendo a sacanagem...

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