Na próxima quarta – feira – São Paulo comemora os 463 anos de existência

DO TEXTO:

Por: Carlos Alberto Alves
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Diz-se, e com toda a propriedade, que São Paulo é "outro mundo" e também se questiona se São Paulo é mais violento do que o Rio de Janeiro? Ora, vivi cerca de nove anos entre Niterói e Rio de Janeiro e, felizmente, nada me aconteceu. Andei um pouco por esse Brasil e continuei incólume nesse sentido. Mas terei passado por São Paulo? Não podia deixar de fazê-lo e, nos finais de 2014, rumei para São Paulo. Isto, paralelamente falando em relação ao todo brasileiro, se não acontecesse era o mesmo que (e aplicando esta velha e conhecida máxima) ir a Roma e não ver o Papa. Passei a quadra natalícia em São Paulo e, sinceramente, adorei andar pela Paulista, uma das grandes referências da cidade de São Paulo. E, amiudadamente, saia de Sacomã (onde estava a residir) para a Avenida Paulista. E que meio de transporte usava? O melhor e o mais rápido, ou seja, o metrô. Metrô? Quantas vezes em Lisboa andei de metrô? Conto-as pelos dedos de uma só mão, ao invés do que aconteceu em São Paulo, para a Paulista só metrô, inclusive quando, em 2015, Roberto Carlos assinalou os seus 74 anos de idade no Parque Allianz, zona Oeste. Foi a primeira vez que me desloquei para aquela zona. Mentiria se não dissesse que fui com alguma preocupação, mas nada aconteceu. Nada aconteceu? Claro que direi o mesmo no que concerne a todo o tempo que por lá passei até vir para João Pessoa em agosto desse mesmo ano.

De ônibus, também com muita frequência quando saia de Sacomã para a célebre e movimentadíssima Rua 25 de março que, pelo que vi recentemente na televisão, está a ficar “infestada” de assaltantes que procuram, fundamentalmente, as pessoas mais idosas. Nesse tempo, também andei mais de ônibus do que em Lisboa em todos os anos que por lá andava.

Com isto quero revelar que sempre ambicionei passar uns meses por São Paulo. E valeu a pena. Reafirmo que São Paulo é “outro mundo”.

São Paulo, 463 anos de existência na próxima quarta – feira. Que a efeméride seja assinalada com toda a dignidade, com pompa, circunstância e sem tumultos.